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sexta-feira, 10 de março de 2017

Enredo 1104: Dandara, O Espírito da Floresta e suas 20 Guerreiras !


Dandara, O Espírito da Floresta e suas 20 Guerreiras !
por Carlos Eduardo Rangel de Azevedo
adaptação para enredo: Fatima Teixeira Figueiredo

Bom queridos, não irei me basear em datas precisas ok?
No século retrasado, existia uma fazenda chamada Vila Rica, seu proprietário era um homem truculento e arrogante. Tratava seus escravos de uma forma desumana.
Em uma negociação (1838 aproximadamente) ele comprou uma escrava. Era uma princesa africana muito bonita, de uns trinta anos , que sabia ler e escrever. Foi educada para trabalhar na Casa Grande.
Portanto, foi levada para ser escrava doméstica, onde exercia a função de cuidar diretamente dos senhores da fazenda e administrar os serviços domésticos, Nesta fazenda  conheceu um escravo com quem tivera uma filha.
O fazendeiro enlouquecia a cada dia tomado por raiva e ciúmes, a proximidade e sua beleza nutriam uma paixão doentia, que nem a maternidade afastou de sua mente, tornando-se uma obsessão tê-la nos braços como sua amante. A escrava não cedia à suas investidas e assédios. No auge de sua ira pediu aos feitores que a levassem ao local de morte e punição. Escolheu como tortura  uma das mais cruéis. Empalaram a mãe de Dandara, uma técnica com requintes de crueldade que consistia em enfiar um tronco pelo anus  saindo pela boca, desta forma a deixaram apodrecer para que servisse de exemplo aos outros escravos.
Sua filha Dandara, muito bonita como a mãe, foi criada pela filha do fazendeiro, aprendeu a ler, escrever, tocar piano, sentar a mesa com hábitos finos, gostava muito de ler, pois a filha do fazendeiro era professora, tinha muitos livros, ela gostava da literatura contemporânea.
Nunca esqueceu o que fizeram com sua mãe. Conquistou o direito de sair, assim pôde, durante vários anos,  conhecer a arte da magia e ser iniciada nos ritos dos afrodescendentes. Seu Orixá era Iansã Moru Foru Balé, a Grande Rainha, que veste branco e carrega 21 Eguns na barra de sua saia,. Aprendeu a arte da luta (capoeira) e outra luta secreta e desconhecida, que usava adagas nas duas mãos (totalmente letal).
Por estudar muito. em suas leituras aprendeu várias estratégias, era uma ótima mateira, sabia andar por trilhas alternativas, com a ajuda dos encantados.
O filho mais velho do fazendeiro era apaixonado por ela, ambos se evitavam. A jovem Dandara, tinha um trunfo a seu favor a irmã do jovem fazendeiro que a tinha sobre sua proteção direta.
Os anos se passaram, mesmo desfrutando de uma condição privilegiada para uma escrava nesta fazenda, tinha um objetivo e uma grande missão a cumprir como resgate pelo sofrimento de sua mãe: fugir e criar uma cidadela. Várias amigas, igualmente, escravas de dentro (20 mulheres / as 20 guerreiras), somadas à alguns escravos que a admiravam e respeitavam participariam ativamente desta corajosa empreitada.
Aproxima-se o grande dia!!!!
Dandara já tinha 20 anos, uma bela mulher com um corpo escultural.
Uma  iniciada na Nação Ketu, portadora do conhecimento de fundamentos de outras nações, como Angola, Jeje e outras.
Uma Yarorixá, que sabia e praticava,  com total domínio, os segredos dos jogos de adivinhação, tinha consultado seus búzios e Oxossi Ibualama (Rei do Ketu) lhe apontava onde seria construído sua cidadela (Kilombo).
Tudo combinado com suas amigas e amigos. A fuga seria naquela noite,
Pediu para as que exerciam a função de cozinheiras que colocassem uma erva (sonífero), na comida.
Na época as pessoas jantavam cedo, e quando todos adormeceram em sono profundo, recolheram, utensílios domésticos, panelas, pratos, talheres etc, uma grande quantidade de livros, panos e provisões, ferramentas, Partiram, eram 20 vinte mulheres e quinze homens, tiraram suas roupas, ficaram nus, sua pele negra ajudaria a protegê-los, logo pegaram as trilhas alternativas, sabiam como andar na mata sem deixar rastro, e logo estavam no interior da Floresta da Tijuca.
Quando amanhece, o efeito do sonífero vai passando. Com um tempo maior e um sono totalmente profundo tiveram o tempo necessário para evadirem com total segurança. Ao acordarem já estariam fora do alcance das perseguições. O pessoal da casa grande e os capatazes, capitães do mato acordam e constatam a Grande Fuga.
O Fazendeiro possesso, chamou seu pessoal de deu a ordem:
"- encontre-os e matem todos".
Toda esta perseguição foi em vão, os mateiros não acharam o rastro. Como os outros escravos não sabiam da fuga, nada falaram, muitos foram torturados e alguns mortos.
Quando o grupo  chegou ao local indicado para a cidadela foram descansar  no tempo lhes restou da noite para repousar, ao amanhecer, se reuniram e Dandara falou:
- Somos livres, aqui construiremos nossa cidadela.
Em seguida, comandou um ritual mágico, pedindo permissão aos encantados, para cortar algumas árvores e erguer suas casas.
Como lia muito, foi influenciada pela cultura Europeia e passou grande parte destes ensinamentos para o grupo e seus descendentes.
Foram construídos inicialmente uma grande salão onde seria os alojamentos, fizeram beliches de três camas. Tinham as ferramentas  levados da fazenda, alguns escravos aprenderam a arte da marcenaria.
Além do grande salão tinham um refeitório coletivo, e em outro alojamento teriam uma espécie de escola adaptada aos ensinamentos essenciais para instrução do grupo e de seus descendentes.
Trabalharam duro quase 6 meses, enfim estava tudo pronto, nesta primeira fase, construíram quatro guaridas, para os sentinelas, que faziam turno de seis horas.
Dandara parecia uma engenheira, arquiteta, era perfeccionista mandou construir uma espécie de quiosques, onde, os casais mantinham relações, não existia casamento e todos se respeitavam.
As guerreiras tinham um ritual secreto, se banhavam em uma cachoeira, pedindo proteção aos orixás.
Seus corpos eram esculturais,  eram todas raspadas, inclusive Dandara, só permanecendo as sobrancelhas e cabelos, usavam apenas uma espécie de tampa sexo, para proteger a vagina.
Quando escurecia, as 20 Guerreiras comandada por Dandara, saiam com sua adagas para resgatar escravos da fazenda Vila Rica e outra fazenda próxima, não eram muitos, isso aconteceu durante quase um ano, elas eram totalmente letais, não faziam prisioneiros.
Assim a Cidadela foi crescendo, mas sempre com muita ordem e respeito.
Dandara uma grande líder era muito respeitada!!!!
Em 1888, abolição!!!!
Dandara já está com 40 anos, mas continua parecendo uma menina, bonita, com um corpo escultural, educada e gentil, mas muito respeitada e temida pelos machos, totalmente letal.
Agora não são mais as 20 Guerreiras e sim um legião de mais de 400 mulheres altamente treinadas por Dandara.
Quando os escravos foram libertos, sua legião de Guerreiras Negras, invadiram a fazenda Vila Rica, libertaram seus companheiros, mataram os mateiros, capitães da Mata, destruíram toda a Casa Grande da fazenda. O fazendeiro já tinha fugido, mas de seus descendentes só foi poupada, a filha do dono, amiga de Dandara, que aceita partir com ela para a cidadela.
Bom chegou a hora de povoar o Andaraí Grande!!! Assim Dandara determinou que muitos deixassem a Floresta e, assim,  começarem o povoamento da região.
Dandara viveu até 70 anos, nunca saiu da Cidadela, teve dois filhos, o menino se tornou um Babalaô e a menina uma Guerreira, na Cidadela quem dava as ordens eram as mulheres!!!
Quanto a Cidadela, continua existindo e é habitada. Não sou autorizado a indicar o local exato, só posso dizer que é um local Mágico no interior da Floresta da Tijuca.
Queridos, hoje, Dandara só não tem um corpo físico, mas junto com suas 20 Guerreiras continua aqui pois essa é sua missão proteger a Floresta da Tijuca em toda sua grande extensão por grande parte do litoral do Rio de Janeiro em especial, a maior Floresta Urbana do Planeta que abriga A Magia da Natureza!
Cuidado, não a contrarie, ela continua letal!!!!
Viram ? Nossa região tem uma linda história. Gente, alguns tentam repagina-la ou melhor distorcê-la, por mera conveniência, ou por se acharem poderosos, esquecem que o poder é EFÊMERO" indivisível !
"NADA NEM NINGUÉM PODERÁ MUDAR ESSA HISTÓRIA!!!
"JUNTO COM DANDARA, ESTAREMOS ALERTAS"
GUERREIRO GUARDIÃO


PROPOSTA DE APLICAÇÃO DESTA LINDA HISTÓRIA PARA ESCOLAS
DO GRUPO DA INTENDENTE MAGALHÃES.
Os Desenhos detalhados das fantasias serão apresentados para a Escola que irá desenvolver este enredo de acordo com as possibilidades financeiras de quem irá executar a viabilização deste enredo.
O objetivo é a apresentação básica do potencial deste tema  que permite um desenvolvimento com beleza e qualidade tanto para Escolas com maiores possibilidades de investimentos, quanto as que tenham uma verba mais modesta para sua montagem.
Apresentamos descritivos e a configuração básica do personagem Central deste enredo, Dandara, transmutada em Espírito da Floresta.
Negra com tampa sexo apropriado,  que poderá ser complementado por detalhes de folhagens  e Asas compostas a partir de galhos e folhas de material brilhante (para enriquecer o colorido poderá acrescentar flores). A personagem se confunde e se integra à floresta que ela Jurou proteger.

FORMAÇÃO DAS ALAS
COMISSÃO DE FRENTE: DANDARA e  guerreiras, caso seja possível, 20 guerreiras junto com homens vestidos como mateiros pois deverão fazer UMA APRESENTAÇÃO DE DANÇAS SIMULANDO  LUTAS.
Mulheres, se possível, apenas com tampa sexo, No  corpo ramos de folhagens como se fossem todas a integradas e parte da floresta. AS CABELÇAI DAS MULHERES GUERREIRAS PODERÃO SIMULAR CABEÇAS RASPADAS, OU COM TRANÇAS, onde poderão ser agregadas folhagens nos cabelos. como se confundindo com parte da própria floresta.
O colorido deverá ficar por conta das folhagens.  Dandara deverá se destacar trazendo um facão ou adaga com gestos de quem abre espaço por entre a mata, se for possível, deverá ser o componente feminino mais alto de todos. Sua postura será o grande diferencial como o de uma deusa / rainha. Em suas costas Asas montadas a partir de folhagens, bonito colorido, mas que seja leve e permita a movimentação necessária.
ALA DAS BAIANAS CHEGADA DO CAFE NO RIO DE JANEIRO
Saias verdes com muito babados,  colares de café e na cabeça folhagens com grãos de café que poderão ter um tom entre o marrom e o vermelho.
BATERIA FLORESTA DA TIJUCA: Calças verde e marrom, blusas com panos de folhagens e na cabeça podem ter um leve esplendor de folhagens.
COMÉRCIO DE ESCRAVOS - A COMPRA DA MÃE DE DANDARA - componentes trazem correntes nas mãos, roupas semi rasgadas, mas cobertos por saias de pano barato, Os homens podem vir apenas de calças rasgadas na altura do joelhos.
FAZENDA VILA RICA
Tripé um grande Portão respeitando o tamanho permitido para a alegoria que tem por traz  um grande Mural Pintado com a imagem da Fazenda Vila Rica.
A ala vem vestida de catadores de café trazendo cestos repletos de grãos. Se for natural deverá aberto os sacos de café bem próximo ao início do desfile, assim, aproveitando este aroma.
CASA GRANDE E OS ESCRAVOS DE DENTRO: vestes tradicionais saias simples e com aventais coloridos trazendo sua caracterização complementada com os panos que usavam na cabeça com cores correspondentes aos orixás aos quais pertenciam, conforme explicado na narrativa do fato por Carlos Eduardo Rangel.
NASCIMENTO DE DANDARA:  Os componentes deverão trazer bonecos (bebes) negros em seus braços com gestuais de quem embala uma criança. Esta Ala poderá ser em escolas menores a finalização ou complementação da ala anterior.
 MORTE E TRISTEZA - TORTURA E MORTE DA MÃE DE DANDARA - todos vestem preto, roupas iguais em modelo ao da ala da Casa Grande e Escravos de Dentro, mas os panos de suas cabeças deverão ser pretos representando o Luto da Morte.
UMA GRANDE AMIZADE
Duplas de mulheres com modelo de roupa semelhante uma com um pouco mais de requinte, preferencialmente uma branca e uma negra.
Deverão se apresentar de mãos dadas representando a amizade entre a Jovem Sinhazinha e Dandara.
DANDARA E A GRANDE FUGA - Os componentes se apresentam com suas vestes, mais leves e fechadas com velkro que facilite a remoção da roupa. No ponto alto  da apresentação se descobrem e se apresentam desnudos com tampa  sexos.
Dependendo do potencial da Escola poderá ser uma Ala única QUILOMBO E CIDADELA
NASCE O QUILOMBO  muitas tábuas (claro não precisa ser madeiro, mas deve dar clara ideia deste material) envolvendo os corpos na frete e na parte de traz como se todos juntos formassem as construções do quilombo.
2º TRIPÉ ALEGORIA DE DESTAQUE  DUPLO CENARIO  SUGIRO ESTAR ENTRE AS duas Alas
MURAL NA FRENTE REPRESENTA O QUILOMBO
MURAL DA PARTE DE TRAZ  REPRESENTA A CIDADELA.
Serão painéis duplos que se montam durante a apresentação. Portanto, podem vir no chão.
Este Cenário representativo de um Quilombo e de uma Cidadela é uma excelente oportunidade para artistas das Comunidades participarem desta criação.
NASCE A CIDADELA Adereços serão diversos painéis pintados com imagens de casas simples e coloridas.
DANDARA SE TORNA O ESPÍRITO DA FLORESTA - negras vestidas por folhagens.
CARRO DA ESCOLA: Deverá acompanhar a Ala. Montagem de uma grande floresta , ao centro uma grande árvore com uma linda copa de duas camadas uma de folhas e a outra de flores vermelhas que, de alguma forma, lembram a chama vermelha do orixá de Dandara. Complementado com uma caverna que em seu formato pode lembrar o Pico do Perdido. Por que uma abertura simulando uma caverna ? O Pico do Perdido torna-se o grande corpo da Magia da Floresta à qual a história mística deste enredo está conectado.  Poderá ser opcionalmente grande o bastante, sem concorrer com a árvore central, para que Dandara possa coreografar entradas e saídas de dentro da caverna.
Neste momento Dandara já é espírito e parte integrante da floresta.
Grande e  único destaque: Dandara com suas Asas  deverá ser uma das mais belas montagens da escola. Podem ser galhos trazendo flores coloridas. Sua pele pode estar lindamente pintada como se o seu corpo fosse parte da floresta.
Esclarecendo: A roupagem da abertura (comissão de frente) com galhos e folhagens da abertura deverá ser algo bem mais simples, embora seja dado, o destaque maior para o personagem central da história deste enredo, como descrito no início do detalhamento das Alas.
Descritivo detalhado, tridimensional, acompanha esta apresentação.
 A GRANDE FLORESTA  E OS ENCANTADOS - representação dos Orixás,  de acordo com o numero de componentes das escola apresentaremos diversas sugestões.
 A CIDADELA DESCE PARA POVOAR E DEIXAR OS DESCENDENTES DAS GUERREIRAS ENTRE NOSSA POPULAÇÃO:  GUERREIROS QUE LUTAM PELA PRESERVAÇÃO DA MAIOR FLORESTA URBANA DO PLANETA.
Podem estar vestidos de verde e amarelo trazendo folhagens como adereço.
Os componentes devem, de alguma forma,  se misturar com o povo. Pode ser combinado que alguns foliões estejam na plateia e saiam para se juntar na Escola, ou que alguns dos componentes saiam se misturando na avenida ao invés de sair para a dispersão.
Imagens associadas ao tema:
Esclarecendo o tipo de folhagem e grãos de caté, pois para colorir a escola poderá alternar entre a cor do café moído e o vermelho.

Descritivo detalhado, tridimensional do Carro Principal em seus diversos ângulos:



Cenário Histórico deste Enredo
Processo de Abolição da Escravatura
·       Lei Eusébio de Queirós de 1850
·        Lei do Ventre Livre de 1871,
·       Lei dos Sexagenários de 1885
·       finalizada pela Lei Áurea em 1888 projeto de lei apresentado por Rodrigo Augusta da Silva (Ministro da Agricultura) à Câmara Geral, atual Câmara do Deputados em 8 de maio de 1888. Votado e aprovada nos dias 9 e 10 de maio, na Câmara Geral.
Fazenda Vila Rica 
Pico do Perdido:  Caminho do Marumbi (significa Mosquito em tupi)  acesso a antiga Fazenda Vila Rica, que no início do século XIX pertenceu à Viscondessa de Alcântara. Encontramos, neste local, uma das maiores ruínas da Floresta da Tijuca, grandes muralhas de uma casa de dois pavimentos, com engenho, oficina de forja e pátio de secagem de café, além de vestígios de roda d’água e represa.


Cronologia:
Fundação da cidade do Rio de Janeiro em 1565 e a consequente expulsão dos franceses.
Primeira providência de Estácio de Sá, foi à abertura de um poço de água para satisfazer as necessidades dos novos habitantes.
A sesmaria do Iguaçu, doada aos jesuítas por Estácio de Sá onde criaram  as   fazendas    do   Engenho Velho,   Engenho  Novo e  São Cristóvão.
Século XVII época do Rio de Janeiro agrícola com os engenhos de açúcar divisão das terras nas primeiras glebas. A cidade rompe os limites do   morro    do Castelo:
- exploração das florestas e a derrubada de árvores.
Século XVIII, século do ouro. Através   do   Rio   de   Janeiro,   sairia   o   ouro   em   direção   a Portugal.
Em 1763, Rio de Janeiro  torna-se capital da colônia e com isso transforma-se no seu centro político administrativo. Tinha cerca de 40 mil habitantes .
Cidade com potencial de enchentes pela própria situação de grande proximidade do nível do mar.
O abastecimento de água inicia-se através das fontes ou chafarizes.
Principal manancial: o  Rio  Carioca, suas águas eram transportadas pelo aqueduto que passava sobre os   Arcos   da   Lapa,   entre   os   morros   de   Santa  Teresa   e   Santo   Antonio.
Século XVIII chegada da cultura do café, mas precisamente em 1760, despontando como uma atividade econômica.
No século XIX temos o apogeu do século do café. É na Tijuca que o café mais prosperou, chegando até a floresta e deixando suas marcas de destruição.
Tijuca: nome de origem tupi:  ty-iuc, lama, brejo, atoleiro.
Os índios, já naquela época,  temiam   suas montanhas e acreditavam que suas florestas era povoada de espíritos.
Para a Mata Atlântica, a introdução do café significou uma ameaça mais forte que qualquer outra anterior.  A crença de que o café deveria ser plantado em “mata virgem” consolida a ameaça de nossa Mata Atlântica.
A cada ciclo produtivo de 30 anos do pé da café velhas plantações do Rio de Janeiro eram abandonadas e novas áreas de floresta nativa iam sendo devastadas.
1808 chegada da Família Real Portuguesa proporciona um crescimento do Rio de Janeiro como potencial econômico tendo seu auge em 1850.
É neste período com boa parte do Maciço da Tijuca é ocupado pelas plantações de café e, com o que restava de sua floresta, proliferam os quilombos.
Sua área montanhosa, coberta por matas facilita estes esconderijos. Por outro lado a busca e destruição deste focos de liberdade sofrem grandes perdas e perseguições.
Neste contexto surge Dandara e suas 20 Guerreiras, defensoras da liberdade e do que resta de nossas Matas e que, na narrativa de Carlos Eduardo Rangel, torna-se, um Espírito da Floresta e se perpetua como um Ser Encantado que protege o que restou da maior Floresta Urbana do Planeta e que se estende a quase todo o litoral de nosso estado.
Somente um ser tão cheio de luz tem sido capaz de preservar o que resta de nossa Natureza.
Apresentam este projeto:
Carlos Eduardo Rangel de Azevedo - único detentor de direitos sobre a história
Fundador e Diretor da Rádio Verde é Vida.
Fatima Teixeira Figueiredo - Produtora Multimídia e Designer Gráfica
Adaptação, autorizada para construção das bases de redação  e pesquisa histórica que fundamentam este projeto de forma que possa ser aplicado como Enredo de Escola de Samba, além de especificar, com a orientação das descrições visuais do autor, a identidade visual do conjunto da escola.
História: Carlos Eduardo Rangel de Azevedo e Enredo: Fatima Teixeira Figueiredo


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