Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!

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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Enredo 1004 : Qualquer semelhança não é mera coincidência

“Qualquer semelhança não é mera coincidência”
Cleiton Almeida
cleiton.falmeida04@gmail.com




            Apresentação
            Nosso enredo apresenta uma história fictícia sobre uma nova galáxia criada por um ser chamado “Javalícius”. Ao ver seu mundo ser destruído por demônios no carnaval, ele resolve recriar um novo mundo. Para a criação dessa nova galáxia, ele se inspira no antigo mundo. Assim, quando ela está finalmente pronta ele se muda para ela, dando continuidade à história do enredo. Ao final, muita coisa parece estar errada, e qualquer semelhança não é mera coincidência.
            Sem ter compromisso com a realidade, o enredo busca alertar os riscos que determinadas situações podem trazer para nosso mundo. Se ninguém trocar a fita, todo o filme passa de novo e o povo fica com a sensação de já ter visto aquilo. É a mensagem de alerta, abre o olho com seu Javalícius!

Sinopse
Brasil, ano de 2016. O chão começa a se abrir e demônios emergem do fogo. É carnaval, eles querem sambar e se divertir antes do mundo acabar na quarta-feira de cinzas. A população amedrontada apenas obedece às ordens dos tenebrosos. E entre confete e serpentina, o Brasil se transforma num verdadeiro inferno.
            Quarta-feira de cinzas, o mundo vira cinzas. Acabou-se. O caos social engoliu Javalícius e o imperador Satã dominou a Terra com seus soldados demônios. Acabada a festa, eles retornam para o submundo. Então, o todo poderoso Javalícius tem a difícil missão de criar o mundo em seis dias, para descansar no sétimo. Então, ele cria a luz, a terra, o céu e o mar. Da prata, faz o homem; e do ouro, a mulher. De diversos elementos radioativos cria os animais e os coloca num paraíso de encantos mil. Abençoado por Javalícius e bonito por natureza. Que beleza! No sétimo dia, Javalícius deixa sua galáxia e desce do universo, desembarcando com treze naves nas novas terras.
            Em 3500, quando desce de sua nave, Javalícius vê o homem nu! O ser humano era índio sem o menor conhecimento da palavra. Então, ele tem a difícil missão de catequizar o índio e fundar sua Igreja Galaxiananessas terras. Quando já tinha o índio em seu poder, começou a explorar as riquezas da região, e viu que aquele lugar podia gerar riquezas para o resto do universo, mas para isso precisava de reforços. Javalíciusencomendou os saturnafricanos, diretamente da Saturnáfrica, para fazer o trabalho e assim escravizaram-nos. Com o país já desenvolvido, Javalícius voltou para sua galáxia.
            Porém, muitos problemas começaram a surgir. Revoltas e pessoas querendo liberdade e direitos eram cada vez mais comum. O principal foi o seu Zé do Dente, que acabou sendo enforcado em 3792 pelos soldados demônios de Javalícius. Certa vez, Javalícius estava enfrentando problemas com suas galáxias vizinhas, então reuniu sua corte e veio para essa nova galáxia, em 3807, em busca de refúgio. Ganancioso, cansado de ser explorado por outras galáxias, Javalícius pede a independência da galáxia em 3822, que passa a ser uma galáxia autônoma. Entediado do mesmo sistema de ser o Imperador Javalícius, ele decide proclamar a república, em 3889, e recebe a faixa de Presidente Javalícius. O povo tenta entender onde está o direito a voto, mas aceita calado.
            O tempo passa e Javalícius fica cada vez mais rico e poderoso, e o povo cada vez mais pobre e reprimido. Javalícius aplica um golpe na população e decreta a ditadura. O povo perde a liberdade e expressão, se é que um dia teve. Cansados e revoltosos, eles fazem manifestações e pedem o direito a voto. Não querem mais Javalícius no poder, querem a democracia. E eles conseguem, mas no fim, Javalícius é eleito presidente. Porém, Javalícius tenta agradar o povo. Dá direito a voto, incrementa os direitos trabalhistas e faz uma Constituição. Javalícius cria uma política dando bolsas e cultura para o povo. Mas, a cada ano os escândalos só aumentam, é mensalão, é petrólão e tudo só acaba em pizza. O povo não aguenta mais tanta corrupção, mas no fim, Javalícius está novamente no poder.
            Ano de 4016, e novamente é carnaval. A galáxia está em festa, afundada na imundice, na corrupção, na poluição, na destruição, mas nunca sem brincar o carnaval. O povo estranha a situação, tem a sensação de que já viram aquilo em algum lugar. Talvez nos livros de história, talvez seja apenas Déjà vu, embora pareça tão real. A galáxia vê Javalícius sendo levado pelo caos social. Os demônios emergem e o mundo se acaba na quarta-feira de cinzas. Satã assume o poder e domina o mundo novamente. E depois que a poeira abaixar, Javalícius entrará em cena e tentará criar uma nova galáxia. Mas, o final dessa história a gente já conhece.
            Javalícius mandou o recado, qualquer semelhança não é mera coincidência.

            Roteiro:
         1º setor: O fim do mundo
            O setor de abertura do desfile mostra a invasão dos demônios à Terra e a destruição do mundo.
            2º setor: A criação de uma nova galáxia
            O segundo setor mostra o passo a passo da criação de uma nova galáxia por Javalícius. Ao fim, ele desce com suas naves e coloniza o novo paraíso.
            3º setor: Imposições de Javalícius
            O terceiro setor conta o desenvolver da história a partir da colonização de Javalícius. Ele decide morar na nova galáxia e coloca nela algumas regras a seu próprio gosto.
            4º setor: Javalícius, novamente e sempre, no poder
            O quarto setor mostra que mesmo com a insatisfação dos morados da galáxia, Javalícius misteriosamente continua no poder.
            5º setor: O fim do mundo
            O setor de encerramento do desfile transmite uma sensação de que a população já viu aquilo acontecer em algum lugar. A galáxia se afunda no caos e só mesmo os demônios para salvá-la.

Comissão de Frente – “Os demônios na folia”
Nossa comissão de frente se apresenta como os demônios que invadiram a Terra. Em sua coreografia, executam símbolos ocultos e convidam a plateia a participar da nossa folia.





Alegoria 1 – “O fim do mundo – Satã domina a Terra”
O abre-alas da escola apresenta Satã dominando a Terra com seu exército de demônios. As composições representam os demônios que tomam posse de edificações humanas, enquanto o destaque é Satã, que comanda toda a destruição.
Ala 1 – “E que haja a luz”

Javalícius, personagem fictício do enredo, como forma de reconstruir o mundo, criou a luz. A cor dourada faz alusão ao Sol.
Ala 2 – “A terra e suas maravilhas”
Logo após, ele criou a terra; e dela fez brotar vegetações para enriquecer a vida.

Ala 3 – “O céu infinito"
Acima da Terra, Javalícius criou o céu, com suas nuvens e pássaros. A beleza do céu se perdia na imensidão.
Ala 4 – “O mar azul”
Abaixo do céu e entre a terra, foi criado o mar. Suas águas refletiam o infinito do céu em tons de azul. Suas ondas balançavam pra lá e pra cá.
Rainha de bateria - “Lanterninha Déjà vu”
A rainha de bateria vem vestida como lanterninha de cinema, observando atentamente as coincidências do nosso desfile.
Ala 5 (Bateria) – “Já vi esse filme”
A bateria vem vestida com rolos de filme de cinema, representando a expressão “já vi esse filme”, que significa que qualquer semelhança não é mera coincidência.
1º Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira – “E da prata fez o homem, do ouro a mulher   
Após concluir a parte estrutural do mundo, Javalícius o habitou. Então, ele criou o homem da prata, um nobre metal. Mas, vendo o homem sozinho, criou a mulher do ouro, um metal ainda mais nobre.
Ala 6 – “Dos metais radioativos criou os animais”
Para fazer companhia ao homem e à mulher, foram criados os animais. Coloridos e excêntricos, eram de metais radioativos diversos.
Alegoria 2 – “Um paraíso abençoado por Javalícius”
Com tudo criado, pôde-se observar um paraíso bonito por natureza. Assim, Javalícius desceu de sua galáxia com suas naves espaciais e desembarcou nas novas terras, abençoando suas criações. O destaque representa toda a magia do processo criativo. As composições na parte frontal é a turma de Javalícius chegando com suas naves, enquanto as composições traseiras representam o homem e a mulher criados por Javalícius.
Ala 7 – “Os nativos despidos”
Quando aterrissaram com suas naves, viram que os habitantes ainda andavam despidos, sem o menor pudor. Tinham as cores da natureza no corpo, mas precisavam ser censurados.
Ala 8 – “Catequese – a Igreja Galaxiana
Então, os nativos foram reeducados dentro dos padrões da Igreja de Javalícius, que pregou sua doutrina e ignorou a cultura local.
Ala 9 – “Colonizadores poderosos”
Os colonizadores vestiam trajes imponentes, e passaram a explorar sem dó e nem piedade das riquezas do mundo recém-criado.
Quadripé – “Saturnáfrica
Os colonizadores precisavam de mão de obra barata para explorar as riquezas, então foram buscar ossaturnafricanos, do outro lado do mar, para trabalharem como escravos no paraíso.
Ala 10 – “O revoltado Zé do Dente”
Com o passar das décadas, a população foi ficando revoltada com a situação que a galáxia se encontrava. Líder de um desses movimentos, Zé do Dente foi enforcado e considerado herói nacional.
Ala 11 – “A corte de Javalícius”
Enfrentando problemas com as galáxias vizinhas, Javalícius trás toda a sua corte para a galáxia criada por ele. Assim, são trazidos todo o luxo e toda riqueza artificial para o paraíso.
Ala 12 – “Independência galáctica”
Com todos os problemas enfrentados, Javalícius resolve mudar seu título e o esquema de governo. Ele então pede a independência do paraíso, que passa a ser uma galáxia autônoma, comandada por ele.
Alegoria 3 – “A república é instaurada”



Com a independência, a galáxia passa a ser uma república democrática, comandada pelo presidente Javalícius. A velha guarda forma o quadro de composições do carro, representando as damas e os nobres da época. O destaque representa o status de Javalícius como presidente, emoldurado na história.
Ala 13 – “A opressão da ditadura”
Com o passar dos anos, o presidente tirou a liberdade da população, e proclamou uma ditadura horrível. O povo sofria calado.
Ala 14 – “O povo não se cala – movimento popular”
Porém, a situação de inércia da população não durou muito tempo, e eles foram à luta pelos direitos que tinham. A galáxia não se calou e buscou derrubar a ditadura.
Ala 15 – “Enfim, o povo consegue direitos”
Cedendo à pressão, Javalícius implanta o voto secreto e democrático. É eleito então presidente da galáxia, mas dessa vez, eleito popularmente.
2º Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira – “Uma nova roupagem é constituída”
A galáxia ganha uma constituição recheada de direitos à população. Direitos até o plano dois, qualquer semelhança não é mera coincidência.
Ala 16 – “Malotes de dinheiro”
A corrupção na galáxia começa a ser desmascarada, ao descobrirem que o comandante roubava o dinheiro da população e o carregava em malotes.
Ala 17 – “Escândalos políticos”
E os escândalos foram ficando cada vez mais frequentes. Até dinheiro na cueca Javalícius levou. Foi uma roubalheira sem fim, denunciada e abafada.
Ala 18 (Baianas) – “E tudo só acaba em pizza”
Todos os escândalos de roubo de dinheiro acabaram em pizza. Nada foi resolvido, ninguém foi punido. Javalícius apenas se deliciou com a culinária adotada pela galáxia.
Alegoria 4 – “Javalícius novamente no poder”
Mesmo com todos os escândalos políticos envolvendo seu nome, Javalícius consegue ser eleito presidente. Nessa altura dos anos, a galáxia parece um cabaré sem grife, lavado por rios de dinheiro sujo. As composições no chão representam o povo da galáxia, que tenta se revoltar, mas não tem cacife para isso. Nos queijos, as composições representam a sujeira que toma o país. O destaque representa Javalícius blindado no poder, de lá ele não sai e de lá ninguém o tira. A escultura ao fundo não tem um dedo, não por mera coincidência.
Ala 19 – “A imundice toma conta”
A cada ano a situação só piora, a imundice toma conta dos poderes da galáxia, tudo são confusão e sujeira.
Ala 20 – “Poluição e desgraças”
E se não bastasse a situação política, a galáxia já não era mais um paraíso. Suas belezas foram destruídas pela própria criação, que a matou com seus lixos e caprichos. O mundo se afundava em trevas.
Ala 21 – “Caos Social”
Com tudo indo de mal a pior, a galáxia virou um caos, a sociedade virou uma estrutura decadente, sem alicerces. A galáxia que antes era paraíso, agora se assemelhava a um inferno.
- Retorno da bateria
A bateria retorna para a pista em um ponto estratégica. Já vi esse filme. Qualquer semelhança não é mera coincidência.
Ala 22 (Passistas) – “Quarta-feira de cinzas”
É carnaval novamente, e a ala de passista vem com bebidas, se embebedando e se banhando com confete e serpentina, pois o carnaval não acabou. Antes se afogar na alegria carnavalesca do que viver a realidade suja da galáxia. (Masculinos com chapéu)
Ala 23 (Ala cênica) – “Os demônios na folia”
Com toda a situação caótica da galáxia, os demônios voltam a terra e fazem sua festa novamente.
Alegoria 5 – “O fim do mundo – Satã domina a Terra”
A alegoria que encerra o desfile é o fim do mundo. Talvez você já a tenha visto em outra oportunidade, não por mera coincidência. Satã comanda o seu exército de demônios (composições alegóricas) na destruição daquela sociedade corrompida. A galáxia transforma-se num inferno, onde alegria e destruição misturam-se em um fim. É carnaval, se a situação se repetir, não será mera coincidência.

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