Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!

Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!
Gostou de uma ideia, Clique na lâmpada e leia a nossa recomendação!

domingo, 14 de novembro de 2021

Datas Concurso de Enredos 17 - Datas da retomada!

 ENCERRAMENTO DAS INCRIÇÕES – 07/09/23 - Uma data patriota!

Início do julgamento – 12/09/23
Desfile – 12/10/23 e 13/10/23
Apuração - 02/11/23


segunda-feira, 26 de abril de 2021

JUSTIFICATIVAS – J4 - Humberto Mansur

JUSTIFICATIVAS – Humberto Mansur

 

CLOROQUINA

Título: 10

Não há problemas com o título, dada a proposta obviamente cômica do enredo.

Introdução: 9,5

Ver Exploração.

Apresentação: 9,1

O excesso de imagens, todas em péssima qualidade, compromete massivamente a apresentação do enredo. A maioria dos textos está muito desalinhada, sem coesão ou razão pelas escolhas de formatações, o que torna o resultado uma completa bagunça.

Argumento: 7,5

Ver Exploração.

Desenvolvimento: 7,5

Ver Exploração.

Exploração: 5,0

Esse é um enredo difícil de julgar pelo motivo de não ter intenção de ser sério. Quando você trabalha nessas esferas, os critérios normais de julgamento devem ser “jogados de lado” por um tempo, o que pode causar alguma revolta na hora das notas. Eu gosto da brincadeira feita, criticando os pontos ruins do Governo Bolsonaro. Mas ela não parece um enredo de escola de samba. Por mais que haja uma armação de alas e uma sinopse, o trabalho todo parece mais um texto de WhatsApp do que um enredo virtual. As brincadeiras são divertidas, mas são escrachadas em excesso a ponto de não terem graça. Não sei quais critérios seriam adequados para julgar esse enredo, então optei por julgar ele como um todo nos quesitos pertinentes, primeiro selecionando qual porcentagem do enredo seria considerável como um enredo propriamente dito e escalando essa porcentagem para as notas. Optei por 50%, portanto, todas as notas exceto a de Título e Apresentação são 50% da nota possível para o quesito.

O PROFETA

Título: 10

Simples, mas efetivo. É uma escolha segura.

Introdução: 9,3

Eu estava lendo e achando alguma coisa estranha. Li, reli, reli e reli até que eu percebi qual é o problema: é a mesma história do desfile da Grande Rio de 2001, mas com uma pegada mais religiosa. Tive que dar uma penalização alta.

Apresentação: 9,6

O uso excessivo de negrito causa problemas em alguns casos, então poderia ser evitado. Mas é um problema pequeno. O que realmente pesa contra é o uso excessivo de imagens, uma em cada ala, muitas delas em má qualidade, algumas das quais não têm nenhum propósito e/ou não fazem nada para ilustrar alas. Acredito que você deva dosar esses recursos em seus próximos enredos.

Argumento: 5,0

Não posso avaliar esse argumento com justiça quando ele é copiado da sinopse da Unidos de Padre Miguel de 2015.

Desenvolvimento: 8,3

Eu gosto de ver que seus enredos evoluíram no sentido de apresentarem narrativas minimamente coesas. Dito isso, graças à ausência de um argumento relacionado à sua narrativa, à história que você quer contar, é difícil acompanhar a história do enredo. As alas oferecem algum esclarecimento através das descrições, mas a narrativa geral fica incompleta. Não entende-se porque tal coisa aconteceu ou qual mensagem foi passada. Existe uma história aí, mas ela não é visível.

Exploração: 7,5

Essa nota foi baseada no que eu consegui compreender do enredo.

Eu não sei ver o mundo através dos seus olhos, Leo. Mas eu percebo que você demonstra vontade de melhorar e se esforça além do que suas capacidades normalmente aparentariam para continuar fazendo um bom trabalho. Então, eu vou sugerir alguns pontos onde você pode melhorar:

Trabalhe mais a sua escrita. A capacidade de escrever textos originais e coesos é muito importante para suceder no carnaval.

Tente descrever as suas alas ao invés de ilustrá-las com imagens da internet. Imagens prontas colocam um limite no quão criativo você pode ser.

Deixe claro qual é o tipo de narrativa que seu enredo passa: se é uma história real, fictícia, inspirada em uma obra, etc. Use a introdução para explicar esses detalhes, deixando a história do enredo pro argumento.

Boa sorte e saiba que estamos do seu lado pra tudo.

SAMBALANÇO

Título: 10

Acredito que o título deveria aparecer mais destacado no enredo, fora de uma imagem, mas isso não é penalizável. O título cumpre seu propósito.

Introdução: 10

Me incomoda um pouco o fato da introdução explicar mais sobre o enredo do que o argumento, mas os dois se complementam bem o suficiente.

Apresentação: 9,9

O modelo do Livro Abre-Alas para as alegorias não é adequado para um Concurso de Enredos. O espaço que isso cria entre as alegorias e o resto do enredo faz parecer que há partes apagadas do desfile, e até causar confusões em casos extremos.

Argumento: 10

Como eu falei na Introdução, talvez parte do texto dela devesse estar no Argumento, mas como ambos cumpriram sua proposta, a nota é dez.

Desenvolvimento: 10

Pelo nível da obra apresentado, ao menos no limiar do que é julgado no CBE, penalizar alguma coisa aqui seria procurar pelo em ovo.

Exploração: 10

Não sei se é a primeira vez de vocês aqui, mas espero que não seja a última. O enredo é muito bem-feito, bem escrito, traz uma temática interessante e está praticamente pronto para uma avenida real. Meus mais sinceros parabéns.

CANTO DAS LAVADEIRAS

Título: 9,9

O título parece bom. Porém, apesar do enredo se vender como passando pelas histórias das lavadeiras da região do Jequitinhonha (é isso?), ele fala muito mais sobre a história da própria região do que sobre as lavadeiras. Por isso, -0,1.

Introdução: 10

Não tenho motivos para descontar algo aqui.

Apresentação: 10

Impecável.

Argumento: 10

Eu cheguei a considerar um 9,9 porque me incomoda o fato dos últimos setores terem descrições razoavelmente menores do que os primeiros. Mas, no fim das contas, não acho que isso seja uma falha grande o bastante pro seu enredo ter a mesma nota de Umbu nesse quesito.

Desenvolvimento: 10

Alas bem-descritas com funções explícitas no enredo e um bom encadeamento tornam o enredo altamente visível na mente do leitor. Parabéns.

Exploração: 9,7

Essa nota talvez seja surpreendente, dados os dez que esse enredo recebeu em quase todo o resto. Mas esse desfile tem uma fraqueza incômoda, que eu vou explicar com o meu próprio trabalho.

Para a Edição Especial Milton Cunha do Carnaval Virtual LIESV, eu apresentei um enredo chamado “Uma cidade que você precisa conhecer”. Esse enredo é um enredo satírico que critica como muitos enredos CEP sobre cidades brasileiras seguem uma fórmula altamente genérica: começa-se falando dos índios que moravam na terra, depois chega o invasor europeu em busca de riquezas, os negros escravizados, o progresso, a mistura de culturas, os festivais... algo te parece familiar? O seu enredo segue essa fórmula quase perfeitamente! Por mais que a presença das lendas indígenas se estenda e torne o enredo mais interessante, a base dele é repleta de lugares comuns que já foram vistos milhares de vezes no Carnaval. Era preciso criar alguma coisa pra que ele se destacasse e não soasse como um enredo genérico, e você falhou nesse aspecto. Sem dúvida, o grande defeito desse enredo. Se a abordagem fosse menos genérica, seria digno de nota 10.

Além disso, também há a questão das Lavadeiras. O enredo se propõe a mostrar a história da região “sob os olhos das Lavadeiras”... mas cadê elas no enredo? Aparecem na comissão de frente e depois disso só aparecem pra valer lá na ala 23. Até lá, elas são mero detalhe. Uma possível solução pra isso seria utilizar as canções das próprias Lavadeiras pra embasar o enredo*. Não parece que elas têm uma presença significativa no enredo, que poderia ser tranquilamente alterado para “é sobre Jequitinhonha” e nada mudaria.

Mas, apesar de tudo isso, ainda é um excelente enredo. Faltou um pouco de apuro técnico, mas tem qualidade aí.

Nota: É possível que você tenha, de fato, usado as canções das Lavadeiras para embasar as alas. Mas se o fez, faltou explicitar no decorrer do enredo – tenha em mente que o jurado não é obrigado a conhecer e/ou pesquisar tudo sobre o enredo.

FOLIAS DE JUCU

Título: 10

Ok.

Introdução: 9,3

A introdução me parece copiada de algum lugar, assim como no caso anterior.

Apresentação: 9,6

Mesma nota de O Profeta pelos mesmos erros.

Argumento: 5

Mesmo problema do anterior, exceto que dessa vez foi Lins Imperial 1976.

Desenvolvimento: 8,3

Eu acabei repetindo a nota de O Profeta, mas a verdade é que eu não sei o que avaliar aqui. O desenvolvimento desse enredo é embasado em uma sinopse que não é sua e desenrolado de uma forma que eu não tenho como avaliar o quão verdadeiro ou bem-proposto ele é. Embora a história pareça mais sólida que a de O Profeta, a leitura dos setores é desconexa de tal maneira que eu, em certo momento, achei que você tinha copiado e colado setores de desfiles diferentes para juntar em um único desfile.

Exploração: 6,9

Seus enredos são difíceis de serem julgados, Leo. Um problema muito grande que eu vejo é que, apesar de serem histórias diferentes com temáticas diferentes, todos parecem ser iguais, por terem exatamente os mesmos tipos de problemas, sejam técnicos, sejam conceituais, sei lá. No caso do Profeta, eu até dei uma nota maior porque eu consegui ver mais da sua presença no enredo. Esse aqui não é o mesmo caso. Sem dúvida, o mais confuso dos três enredos que você apresentou no concurso.

UMBU SE TÃO

Título: 10

Eu considerei descontar porque o uso dos apóstrofos como aspas me confundiu sobre o título. Mas depois de analisar de novo, achei que eu seria muito carrasco se eu fizesse isso.

Introdução: 10

Minha única ressalva: cuidado ao associar a buceta ao sexo feminino. Hoje em dia, a associação excessiva da vagina com o sexo feminino pode ser considerada uma maneira de excluir as mulheres trans. De resto, não tenho reclamações.

Apresentação: 9,7

COMIC SANS AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Mesmo quando você é a Rainha Tartalla, o uso da Comic Sans é completamente inadequado. Copio e colo aqui uma parte de uma justificativa não-divulgada minha para outro Concurso:

“O seu enredo acabou contribuindo para um movimento que há muito tempo tira o sono da galera que trabalha com design gráfico e web design: o uso inadequado da Comic Sans. Sim, é uma fonte bonitinha e legal, já que ela não é como a maioria das opções de fontes que o Windows e os programas de escrita em geral te apresentam, mas ela é uma fonte que, como o próprio nome diz, é indicada para algo que relacione-se ao cômico. Você pode ler mais sobre o assunto aqui e aqui (o segundo link está em inglês).”

Embora seu enredo seja, de fato, cômico, ele não é condizente com o tipo de formatação que a Comic Sans oferece. Tinham opções melhores e mais... sensuais pra combinar com o enredo.

O resto da penalização é pela qualidade baixa das imagens apresentadas. São engraçadas, mas a baixa resolução polui o enredo.

Argumento: 9,9

Eu fiquei razoavelmente indeciso sobre se eu deveria penalizar a sinopse por algum motivo – apesar de eu ter vários poréns com ela, não dá pra negar que ela cumpre o proposto. No fim das contas, eu decidi descontar -0,1 pela maneira que você descreveu a história de Adão e Eva. Ou você refere-se sutilmente a uma história conhecida ou você conta ela toda – esse “meio-termo” que você botou não ficou legal.

Desenvolvimento: 8

Aqui, faltou a Tartalla ser Tartalla. Seu estilo é claro – enredos curtos e com muito bom-humor e deboche. Mas as alas são descritas de tal maneira que elas são quase impossíveis de visualizar. Havia muito espaço pra você colocar mais e mais do seu estilo e fazer esse enredo ser ainda melhor, mas o que se vê são vazios enormes, que passam uma sensação de que o enredo está incompleto (o que não é ajudado pelo erro de enumeração na Velha Guarda).

Exploração: 8,5

Ironicamente, o maior defeito desse enredo também é a sua maior qualidade - é um enredo da Tartalla. Isso significa uma temática leve, descontraída e deliciosa de se ler. Mas também significa que a exploração do enredo tem um teto de qualidade que não é superável a menos que os planetas se alinhem e você decida “jogar sério” no Concurso. Só que aí, não é Tartalla. Sim, seria lindo ver um enredo completo sobre o tema que você propôs. O potencial é imenso – você só tocou nas histórias bíblicas e em algumas celebridades, mas tem coisas como Scheherazade, Bill Clinton e etc. que poderiam aumentar esse enredo. Dava até pra encaixar uma parte falando sobre “como pode o pau do umbu ser tão gostoso” pra contornar o problema da possível leitura transfóbica que eu mencionei. Mas mesmo assim, ainda achei divertidíssimo e espero ansiosamente o dia em que vou descobrir como pode o umbu se tão gostoso.

HISTÓRIA DAS PENAS

Título: 10

Qualquer crítica que eu tenha aqui é exagerada ou questão de “poderia ser assim”. Não há erros.

Introdução: 10

Acredito que a escrita poderia estar mais polida, mas o texto está compreensível o suficiente e cumpre seu papel.

Apresentação: 9,9

Eu tenho pequenos incômodos com a falta de centralização das imagens e com a falta de uma formatação nas alas que ajude a separar o ala a ala. Mas o real problema é que, da metade pra baixo do enredo, ele começa a degringolar no uso das imagens, colocando elas em alas aleatórias e poluindo o desfile. Dica: mantenha padrões – uma imagem no começo de cada setor pra ilustrá-lo é uma boa ideia.

Argumento: 9,9

Embora a sinopse narre bem a intenção do enredo, sou forçado a descontar um décimo por causa da descrição curtíssima do setor do carnaval. O fato de ele ter menos da metade do comprimento dos outros dá a impressão que faltou criatividade ali.

Desenvolvimento: 9,1

Aqui, houveram muitos erros que infelizmente custaram caro ao enredo. Embora o desfile esteja bem-organizado na questão de alas e setores, as descrições individuais das alas são, no mínimo, irregulares, e no máximo, extremamente confusas. Alguns exemplos:

“Como estará a nossa Comissão de Frente: Os 15 componentes estarão vestidos com um tipo de borracha e escondido na roupa estarão diversas estruturas epidérmicas que aparecerão durante a sua coreografia.”

Que estruturas seriam essas? Eu sou de exatas, não consigo deduzir como seria essa fantasia.

“Como estará o nosso casal: Nosso casal estará com uma roupa multicolorida com diversos tipos de penas e cores.”

Ok, então vamos fazer um joguinho. Eu pensei num número. Tente adivinhar qual é ele. Uma dica: é um número que é escrito com algarismos arábicos.

(ou seja, essa descrição foi tão vaga que poderia se encaixar em 99% das fantasias de MSPB)

“Como estará a ala: Nossa ala utilizará duas camadas de tecido, uma aparente sem penas representando os dinossauros e outra com penas escondida representado as aves. Em certo momento da coreografia os dinossauros se transformarão em aves na avenida de desfile.”

Tenho dificuldades em imaginar como seria feita essa fantasia. Além disso, se a ala é coreografada, é bom sinalizar (e dar uma ideia mais geral de como seria a coreografia).

“Carro irá compor uma tribo indígena com diversas ocas, representado toda a variedade e beleza da arte plumária indígena.”

Primeiramente – nas alas anteriores, simplesmente não há descrição do que a fantasia representa, o que é um erro grosseiro e dificulta a compreensão do enredo como algo além de alas aleatórias (felizmente, a sinopse embasa bem essa parte para que ela não comprometa o enredo em excesso). Segundo: um carro com uma tribo indígena com diversas ocas? Esse carro alegórico poderia aparecer em uns 500 outros enredos. Não tem nada sobre penas descrito nesse carro. É importante que você faça fantasias e alegorias que sejam para ESSE enredo, e não para qualquer enredo com uma mínima sobreposição de temáticas.

“Ala 16 - O possível sofrimento das animais - Pena sem pena

Componentes vestidos com várias aves que sofrem sem suas penas. A fantasia não terá quase penas, predominara borracha para simbolizar a pele das pobres aves.”

Isso aqui me incomoda profundamente. Então, nessa ala há uma preocupação em demonstrar que os animais sofrem com a extração de penas, mas nas 15 alas anteriores, não tinha problema nenhum em usar penas de animais? Eu vejo isso como uma falta de coerência imensa – TODAS as penas do desfile deviam ser, explicitamente, sintéticas, sem nenhuma exceção, mesmo por motivos históricos. Existem jeitos melhores de representar o uso das penas do que simplesmente usar o mesmo tipo de pena.

Exploração: 9,6

A temática desse enredo me agrada muito. É fácil de relacionar com o carnaval, não vista com frequência e tem bastante conteúdo em várias esferas. O grande erro foi na execução final. Mas é algo que dá pra consertar com o tempo. Bom trabalho.

FESTA DA PENHA

Título: 10

Ok.

Introdução: 9,2

Mesma história dos outros dois enredos, exceto que com um décimo a mais de desconto porque ela parece recortada (o começo dela refere-se a um tema que deveria ter sido apresentado antes).

Apresentação: 9,6

Continuar falando nessas justificativas seria chover no molhado.

Argumento: 5

Viradouro 2004. Come on, Léo, não vamos tornar minha avaliação um jogo de “adivinhe de qual enredo essa sinopse foi plagiada”.

Desenvolvimento: 8,6

A boa notícia é que eu consigo ver muito mais da história e do seu “dedo” do que nos outros dois enredos. A má notícia é que todos os outros problemas permanecem.

Exploração: 7,7

Acho que essa terceira justificativa vai servir mais como uma outra sugestão: pare de tentar enviar três enredos apressados por concurso. Escolha um enredo só e foque-se nele. Use suas palavras, sua mente e sua voz pra se expressar. O resto vai vir naturalmente. É o melhorzinho dos seus enredos, mas ainda tem muito chão pela frente.

BRASIL CAFÉ

Título: 10

É um título bom.

Introdução: 9,9

Eu quase dei o dez aqui. Mas eu reli ela várias vezes e continuei achando ela muito prolixa. “Vó Iaiá” aparece quatro vezes, “memórias” aparece duas vezes em frases consecutivas, “Negro Rei” idem, “história(s)” aparece várias vezes em múltiplas frases... precisava de tudo isso?

Apresentação: 9,9

A parte inicial do enredo não tem formatação de enredo. Ela dá a impressão de que o “corpo” do enredo é simplesmente o Livro Abre-Alas da LIESV com as páginas referentes à LIESV cortadas.

O outro problema é o posicionamento das imagens das alegorias no começo dos setores quando as mesmas aparecem no fim. Isso força o leitor a botar o scroll pra trabalhar desnecessariamente. Não é problema você colocar imagens da alegoria perto da sua descrição pra ilustrá-la – contanto que isso não crie um problema de consistência.

Argumento: 10

Impecável.

Desenvolvimento: 9,9

Lembra do que eu disse sobre o Livro Abre-Alas ali em cima? Então, aqui ele volta a pesar. Porque as descrições das fantasias claramente foram feitas para um ambiente onde você tem a imagem dela do lado para orientar. Porém, o CBE não funciona desse jeito. O resultado é que as descrições das fantasias variam muito no quão bem elas ficam visíveis na mente do leitor – algumas perfeitamente, algumas com detalhes faltando e algumas que simplesmente causam confusão.

Exploração: 10

Ter visto aqui um enredo que eu já vi na JJ30 é uma experiência... curiosa, para dizer o mínimo. Como enredo puro, ele tem pequenas falhas. Como desfile de carnaval virtual, por outro lado, ele me surpreendeu positivamente, especialmente comparado ao que a Leões havia apresentado no ano anterior. Meus cumprimentos à agremiação e meu sincero desejo de sorte para 2021... agora que competiremos no mesmo grupo novamente.

URIHI

Título: 10

Simples e satisfatório.

Introdução: 9,9

A função da introdução de um enredo é ser a primeira impressão pro leitor. Ajudar a resumir pontos focais, dar uma base a quem lê e, principalmente, chamar atenção. É nesse último ponto que tem uma pequena falha. A falta de polimento no começo do texto combinada ao excesso de descrição de setores (algo que se encaixa melhor no corpo do enredo) faz com que ele pareça mais um spoiler do que virá do que um começo propriamente dito pro enredo.

Apresentação: 9,8

Normalmente, eu criticaria o uso da fonte Papyrus, que tem um problema similar ao da Comic Sans (ver justificativa de Umbu), mas um enredo indígena é exatamente o tipo de lugar onde esse tipo de fonte pode ser usado. O que não dá pra deixar passar é a irregularidade com a qual o enredo é formatado – algumas alas têm títulos completamente minúsculos, outras possuem maiúsculas, tem imagens em posições aleatórias, tem um espaço em branco enorme depois da ala 14 (desfile virtual com buraco é novidade pra mim)... muito estranho.

Argumento: 9,9

Novamente, meu maior problema aqui é com a falta de esmero. Nos outros enredos que eu vi aqui, os erros na escrita ou eram pouco incômodos ou eram propositais (excluindo-se dessa conta os enredos do Leo Vidal). Não é o caso aqui. A impressão que dá é que você realmente não teve cuidado na hora de finalizar o enredo. De resto, a sinopse está OK.

Desenvolvimento: 9,8

Em certas alas, a descrição da fantasia é excepcional e dá pra entender todos os detalhes e motivos. Em outras alas, como as alas 8, 13 e 14, você só descreve as cores, e no caso da ala 15, nem isso. Mais um quesito em que a falta de regularidade e de cuidado pesou.

E outro décimo sai por causa dos setores. Não existe esse treco de “setor zero” ou “setor de abertura” – é o primeiro setor e ponto final. Não é porque ele é mais curto ou tem uma proposta diferente dos demais que ele deixa de ser um setor.

Exploração:

Sabe, enredos indígenas são uma coisa curiosa. Eles seguem fórmulas repetitivas e são visualmente muito similares, com as diferenças partindo da tribo que embasa o enredo, em geral. Mesmo com isso, eles nunca vão deixar de existir. Por quê? Porque um desfile de escola de samba é composto por três fatores principais: festa, expressão e espetáculo. Enredos indígenas são a parte da “expressão”, onde um povo que sofre até hoje com ataques à sua cultura ganha um palco para gritar suas dores. A parte da festa não é muito relevante para o CBE, então pulemos ela. Sobra o espetáculo. É aqui que você precisa ser carnavalesco acima de tudo, mostrar seu talento. Fazer seu enredo indígena não ser “um” enredo indígena, mas ser “O” enredo indígena. É isso que diferencia uma Rosa Magalhães de um Fábio Ricardo, por exemplo. É isso que diferencia um Tupinicópolis de um Kararaô. O seu enredo tem seu melhor momento no penúltimo setor, onde você demonstra o fim do mundo na visão Yanomami, justamente porque essa é a parte que é menos “batida”, a parte em que seu enredo chama mais a atenção e se destaca. Ali, ele não é uma mensagem vazia de “salvem os índios” que já foi repetida ad nauseam no carnaval, e sim uma demonstração de como o mal trazido aos índios é uma coisa caótica. E é isso que falta no resto do seu enredo – algo que torne ele um enredo indígena de destaque. É nessa parte que você precisa trabalhar. Seu enredo é bom, não se engane. Mas faltou o dedo de um carnavalesco de verdade. Descubra como fazer isso e você será um ótimo carnavalesco.

E tenha mais cuidado com a apresentação. Revise melhor a grafia do seu enredo para ele ser mais agradável de ler.

 

 


Justificativas - JEXTRA - Júlia Rodrigues

 

JUSTIFICATIVAS CONCURSO DE ENREDOS

Jurada: Júlia Rodrigues

 obs: As notas dela não valeram, pq ela só julgou 5 enredos. E isto seria uma grande desvantagem para quem foi julgado e quem não foi. 


1601 — A saga da cloroquina patriota

Título: 10

Introdução: 9,8

A introdução não nos fornece uma delimitação temática ou fio condutor, mas se limita a exaltar o medicamento de forma caricata, mas over.

Apresentação: 9,9

Não existe um padrão nas fontes ou cores utilizadas para apresentar o enredo. O documento também apresenta um excesso de imagens que não acrescentam muito ao que é apresentado.

Argumento: 9,3

Neste momento, a autoria do enredo é mais feliz em trazer de fato um enredo (diferente de tema) e apresenta o fármaco como salvador de um país. A proposta de trazer a sinopse em forma de poema é bem-vinda. A autoria envereda por caminhos perigosos em dado momento do texto e se perde. As três últimas estrofes em nada acrescentam à compreensão do enredo e, além disso, não se saem bem no intuito de serem descontraídas ou irônicas.

Desenvolvimento: 9,0

O desenvolvimento passa por diversos lugares-comuns dentro do universo Jair Bolsonaro. É importante lembrar que o enredo tem como foco a cloroquina, e não o presidente. Por isso, alguns elementos — como a presença da ministra Damares — não são descabidos, mas carecem de uma amarração melhor. O roteiro reproduz meramente imagens marcantes da política nacional do último ano, sem que haja necessariamente uma carnavalização. Algumas alas são tão literais que me lembram o desfile da Tijuca de 2014, e não de uma forma boa.

Exploração: 9,0

A proposta de trazer um tema menos óbvio é ousada e deve ser apreciada, mas o objetivo de trazer um enredo debochado e crítico do enredo não foi atingido, e o enredo tornou-se uma reprodução pouco elaborada dos mandos e desmandos do atual governo.

 

 

1602 — O profeta da Gehena

 

Título: 10

Introdução: 10

A introdução é simples, enxuta, mas precisa. Tive uma dúvida em relação ao início do segundo milênio acontecer na era medieval, mas me questiono se é uma licença poética e, por isso, não despontuei.

Apresentação: 10

Autor muito cuidadoso com o aspecto visual do documento. Parabéns.

Argumento: 0

Infelizmente não encontrei o argumento delimitado no texto. Aceito recorrigir e atribuir nota a ele, caso o organizador o aponte e me reenvie.

Desenvolvimento: 9,9

O desenvolvimento é cronológico, bem descrito e sólido. Os setores finais do enredo conferem um tom profético e esperançoso ao texto e isso é coerente e desejável na atual conjuntura. Despontuo 0,1 por crer que a descrição dos poderes dos cavaleiros tornou-se um pouco repetitiva pela forma como foi redigida. Além disso, nem sempre a ideia de níveis (algo ascendente, que a cada nível ganha mais poder) pareceu coerente com o que estava descrito.

Exploração: 10

Obs: esse enredo precisa ter uma penalização em 2 pontos por apresentar, como primeira imagem, o pavilhão da escola, em vez de algo relacionado ao enredo. Não sei onde despontuar!

 

 

1603 — Sambalanço, a bossa que dança

 

Título: 10

Introdução: 10

Introdução excelente. Cumpre o papel de nos fazer compreender o enredo e nos instiga a conhecer o sambalanço. Traz história, nos apresenta nomes da música que são referência no gênero. Como se diz por aí: introdução feita com o regulamento embaixo do braço.

Apresentação: 10

Argumento: 10

Samba muito bem construído. Vale destacar o seguinte trecho “Estrelas que me traduzem tantas saudades, ah saudades.../passeiam... sagradamente sob a luz de um canto imortal/Prazer, meu nome é Sambalanço, minha raiz é o carnaval!”, que me chamou a atenção positivamente.

Desenvolvimento: 10

O desenvolvimento do enredo traz elementos culturais e históricos, mas mantém o tom lúdico. A compreensão do enredo é fácil, a leitura é fluida. Não se pretende inventar a roda aqui, e é tudo muito bem executado.

Exploração: 10

A dupla de enredistas opta por um caminho seguro e com amplas possibilidades de carnavalização. Isso não é demérito, mas sim uma inteligência. Ao falar sobre um gênero musical pouco conhecido na atualidade, a dupla torna seu enredo relevante e rico.

 

 

1604 — O canto das lavadeiras

 

Título: 10

O título é simples, mas correto. Feita a leitura da introdução, compreende-se que ele é certeiro.

Introdução: 10

A introdução está bem redigida e com todos os elementos necessários para uma primeira compreensão do enredo. Sugiro apenas atenção para que troque, por exemplo, o uso da palavra “índio” pela palavra “indígena”.

Apresentação: 10

Argumento: 9,9

O detalhe de iniciar e finalizar a escrita da sinopse com o mesmo trecho traz uma noção de ciclicidade, e aqui o autor foi muito feliz. Senti falta de uma maior caracterização do início daquele povo, antes da chegada dos males. Além disso, fiquei confusa com esse trecho: “Porém, num certo dia, ouviu-se o rugido de criaturas. O barulho atraiu os males do mundo para a beira do rio. O carneiro secou as águas; o urso queimou as matas; o cachorro entupiu os rios com areia; e o gavião surgiu para se aproveitar dos humildes.”. Não compreendi se as criaturas são os animais presentes no antigo mundo e se o rugido (inesperado? Desencadeado por algo?) atraiu os males do mundo ou se o rugido das criaturas já seria um presságio dos males que estavam por vir.

Desenvolvimento: 10

Nota-se que o autor fez uma pesquisa cuidadosa para desenvolver o enredo. A representação do surgimento das rezadeiras é muito bem-feita e a caracterização do Vale do Jequitinhonha está riquíssima, com menções a artistas de Kiau (Araçuaí) e Almenara. O Vale não é meramente descrito como um local de miséria, apesar de ter sido ressaltado o uso do termo Vale da Fome (um termo correto e infelizmente real). A arte e cultura próprias da região são retratadas. Sendo moradora do Vale do Mucuri, fico extremamente satisfeita.

Exploração: 10

 

1605 — Folias de Jucú

Título: 10

Introdução: 9,8

Confesso que tive certa dificuldade em enquadrar o enredo no tempo e espaço. Faltou uma contextualização melhor, e isso afetou a compreensão do texto.

Apresentação: 10

Argumento:

Desenvolvimento:

Exploração:

 

Obs: esse enredo também precisa ter uma penalização em 2 pontos por apresentar, como primeira imagem, o pavilhão da escola, em vez de algo relacionado ao enredo. Não sei onde despontuar!

 

 

J2 Wallace Paiva - Justificativas 16

 

1601 - A SAGA DA CLOROQUINA PATRIOTA

 

Q3

TÍTULO

9,9

O termo saga não condiz com o desenvolvimento proposto, em que as críticas mais se aplicam a uma “farra”. (-0,1)

 

INTRODUÇÃO

9,4

Confuso na delimitação do tema: seria a Cloroquina (personagem) ou a cloroquina (substância)? A imagem, com referência à vilã Arlequina nos remete ao personagem, mas o texto não firma essa defesa e, de certa forma, se perde em algumas referências a passagens do governo bolsonarista. Corre o risco de despertar interesse apenas daqueles mais afeitos aos acontecimentos políticos.

 

APRESENTAÇÃO

9,5

A escolha nos tamanhos das fontes não propicia localizar as informações. Poderia se valer de fontes e tamanhos diferentes para dar mais clareza à separação dos setores. (-0,3)

As imagens escolhidas, na maioria das vezes, agregam ao entendimento da proposta. Mas há passagens em que as referências não ficam claras, nem em texto, nem em legenda. Por exemplo, a elaboração da Cloroquina reúne imagens de Michelle Bolsonaro e Gabinete do Ódio, sem que isso acrescente ao entendimento da cloroquina. (-0,2)

 

ARGUMENTO

SINOPSE

7,0

Ao iniciar a leitura do argumento, tem-se a impressão de que teremos configurada a história da tal Cloroquina Patriota e a sinopse assim entrega em suas primeiras passagens. Entretanto, depois da brincadeira com as letras que formam a palavra C-L-O-R-O-Q-U-I-N-A, o texto se perde em gracejos e trocadilhos com ditos populares que não se justificam e pouco ou nada agregam à proposta da saga da Cloroquina.

 

DESENVOLVIMENTO

ROTEIRO

7,0

O roteiro não defende a proposta de uma “saga” da personagem Cloroquina. A se destacar o não encadeamento dos setores, começando com a “Chuva de Cloroquina”, passando pela “História da Cloroquina” e pelo “Encontro com o Capitão” e chegando ao “Bloco da Cloroquina”. Mesmo quando se define um setor voltado à história, não há um sequenciamento das ideias. (-1,0)

Outro ponto que compromete o desenvolvimento do enredo é o tamanho desproporcional do último setor, representado da ala 09 à ala 23. Os três primeiros setores, passados rapidamente, buscam referências em passagens políticas aplicando um tom de sátira aos fatos e aos personagens. É uma abordagem arriscada, por depender do conhecimento das notícias a que se referem, mas muito válido, pela provocação e pelo convite à reflexão. (-1,0)

Outro pecado na roteirização do desfile é que a profusão de alusões à cloroquina em diversos ditos populares muitas vezes não se justifica, como os casos em que referem aos animais (cachorro que ladra, cada macaco no seu galho, ...). (-1,0)

 

EXPLORAÇÃO

CONJUNTO E CRIATIVIDADE

8,5

Em que pesem alguns pontos a serem melhorados na apresentação e na amarração do roteiro, não se pode negar e se deve louvar a criatividade da abordagem. Todos sabemos quão folclórica se tornou a defesa do presidente para uma substância sem comprovação científica acerca de eficácia. Entendo que a concepção do enredo tem uma motivação interessante ao se buscar satirizar a política, ms o enredo se perde em seus setores finais.

 

1602 – O PROFETA DA GEHENA

Q3

TÍTULO

9,9

Acredito que o título fique no “quase” pelo fato de “Gehena” não ser uma expressão conhecida, ficando a dever no “convite” a explorar o tema. Um subtítulo ou complemento, que referencie a “grande guerra e a Era de Aquarius”, por exemplo, poderia expandir a ideia e o interesse pelo enredo.

 

INTRODUÇÃO

9,8

Assim como o título, a introdução peca por nunca esclarecer do que se trata a GEHENA, não dando motivo para que as pessoas se interessem pelo tema e queiram se aprofundar. Não é necessário entregar mais detalhes, mas falta algum argumento que explicite a ideia aos que não são tão afeitos a essas histórias.

 

APRESENTAÇÃO

9,9

A diagramação do texto é um acerto do autor, colaborando bastante para a sua leitura, pela facilidade de localizar as informações. A opção pela fonte “Arial Black” torna o texto pesado, mas não compromete. Sinto falta do texto “justificado”, não alinhado à esquerda.

 

ARGUMENTO

SINOPSE

5,0

Nota mínima correspondente ao zero por não apresentar a seção de argumento ou sinopse.

 

DESENVOLVIMENTO

ROTEIRO

9,0

Vejo dois grandes desalinhos na roteirização. De um lado, uma enumeração de personagens não tão conhecidos do leitor e, de outro, a associação de algumas metáforas que, apesar de belas passagens, não dão muita clareza de como vão se resolver no desenvolvimento do enredo. Por exemplo, a passagem que diz “(...) E para sangrar ao cavaleiro, arremeteu sobre seu pai o deboche do Assamita, banhando-o em tenra idade com baldes de sangue e de saudade. E a cavaleiro na batalha tentou tomar-lhe a alma da infância com as garras de sua maldade.”. Não é possível identificar como essa descrição remeta à representação na avenida.

 

EXPLORAÇÃO

CONJUNTO E CRIATIVIDADE

9,0

Mitologia entrelaçada à história sempre tem potencial para bons enredos, pela curiosidade e pela aposta visual. Entretanto, por essa mesma segmentação, corre o risco de agradar a uns e desagradar tantos outros em função do entendimento ou não. Por esse motivo, convém que os setores, as alas e as alegorias tenham clareza na estruturação das ideias e na escolha das imagens que vão render interpretação. Não pode ser um enredo que compete à leitura dos jurados e/ou daqueles que tem o roteiro de desfiles em mãos.

1603 – SAMBALANÇO: A BOSSA QUE DANÇA

Q3

TÍTULO

10,0

Gosto da composição do título formado por uma expressão direta e um aposto que lhe confere explicação.

 

INTRODUÇÃO

10,0

Cumpre muito bem o papel de situar o enredo em um contexto e pinçar suas características.

 

APRESENTAÇÃO

10,0

Todos os aspectos da apresentação (diagramação, fontes, tamanhos e cores) contribuem para a leitura do enredo. As ilustrações também agregam muito valor a todo o trabalho. O enredista soube destacar a qualidade de seu trabalho com uma bela embalagem, que torna a leitura fluente e agradável.

 

ARGUMENTO

SINOPSE

9,9

Sinopse bem competente, convidativa, esclarecedora, mas não curto a opção de apresentá-la em forma de “letra de sambalanço” – entendo que nada acrescenta se o leitor não for um conhecedor do ritmo e possa mentalizar a letra com uma suposta melodia.

 

DESENVOLVIMENTO

ROTEIRO

10,0

A estrutura do roteiro é bem dividida e desenvolvida, permitindo associar as imagens pensadas pelos enredistas. A utilização de tripés, representativos, dá volume e substância ao enredo, sendo um recurso bem empregado.

Acredito que as alegorias, hoje dispostas num ficha ao final do documento, pudessem ser incorporadas ao texto, em seus respectivos setores, assim como é feito com as fantasias. Facilitaria a leitura, sem necessidade de navegação entre seções do documento. Fica como sugestão, não justificando a perda de décimos.

 

EXPLORAÇÃO

CONJUNTO E CRIATIVIDADE

10,0

Gosto da ideia de resgatar um ritmo trazendo sua conotação histórica, trazendo tintas desse contexto e homenageando seus ícones. Isso sempre garante um belo trabalho coroado por emoção, sempre bem vinda ao desfile das escolas de samba.

1604 – O CANTO DAS LAVADEIRAS

Q3

TÍTULO

9,9

Gosto do apelo de um título curto e objetivo. Aqui, porém, sinto falta de algo que qualifique ou localize as lavadeiras em uma região. Pelo argumento e pelo roteiro, percebe-se que vai “Do ciclo do Diamante ao Coral das Lavadeiras”, uma jornada entre lendas, rezas e garrafadas. Uma extensão do título daria mais viço à maravilha de desenvolvimento que se tem pela frente.

 

INTRODUÇÃO

10,0

A introdução se estende em generalidades sobre a formação da região e rende pouco espaço para o que de fato é tema-enredo do desfile. O canto das lavadeiras, aliás, é apenas citado, podendo ser apresentado de uma forma mais convidativa.

Lendo todo o desenvolvimento do enredo, entretanto, fica claro que a introdução é adequada, o que confunde é o título focado nas lavadeiras. Para ser justo, vou concentrar os descontos no título e reconhecer na introdução a qualidade de apresentar com bastante competência o material desenvolvido.

 

APRESENTAÇÃO

10,0

Belo trabalho de apresentação, na setorização e em toda a diagramação do texto. Qualifica e valoriza a obra do enredista. Todo o material é muito bem elaborado e sustentado por uma pesquisa muito consistente.

 

ARGUMENTO

SINOPSE

9,9

Achei muito boa a solução de iniciar e concluir a sinopse com um mesmo trecho que indica que “lá se vão as lavadeiras” a “iniciar a cantoria”. As estórias parecem passar diante dos nossos olhos como uma embarcação que cruza o Jequitinhonha. Pra mim, o único senão dessa sinopse é que o encadeamento de “cantar o passado, os tempos de mulheres virtuosas que viram o desenrolar da história” não fica muito claro nos parágrafos seguintes. Quer dizer, vamos lendo uma série de acontecimentos sem que nos seja vendida a condição de que são casos e causos contados e cantados pelas lavadeiras.

 

DESENVOLVIMENTO

ROTEIRO

10,0

Um roteiro detalhado para um enredo ricamente explorado. O único senão é que o canto das lavadeiras a que o título se refere pouco aparece. Ou fica restrita ao último setor. Isso me leva a crer que o título, sim, não comporta toda a riqueza do que será apresentado, ficando o desconto direcionado para o título: o roteiro é primorosamente bem trabalhado e consistente em suas ideias.

 

EXPLORAÇÃO

CONJUNTO E CRIATIVIDADE

10,0

Curti a amarração de ideias para dar viço e originalidade a um enredo CEP em meio ao Vale do Jequitinhonha. Um conjunto bem estruturado, consistente e que defende muito bem a proposta.

Vou insistir apenas que o título não empacota bem o conteúdo. É o ponto de ajuste a ser calibrado, com boa criatividade, para que toda a engrenagem flua com a riqueza e o detalhamento da pesquisa.

1605 – FOLIAS DE JUCU

Q3

TÍTULO

9,9

Gosto do apelo de um título curto e objetivo. Aqui, porém, sinto falta de algo que qualifique Jucu.

 

INTRODUÇÃO

9,9

Carece à introdução localizar geograficamente o Rio Jucu, de modo a despertar no leitor um maior interesse pela cultura de uma determinada região.

 

APRESENTAÇÃO

9,8

Excelente diagramação do texto, contribuindo para a localização das informações. Um senão para o uso excessivo de negrito, que torna a apresentação pesada. Poderia ter sua utilizada reservada às passagens que merecessem maior destaque. Outro senão para o texto não justificado e alguns pequenos erros de português, provavelmente causados por correção automática, como “sem do as suas cantigas bárbaras”, e a fala de letras maiúsculas nos nomes de personagens, como “Jesus Cristo”.

 

ARGUMENTO

SINOPSE

5,0

Nota mínima correspondente ao zero por não apresentar a seção de argumento ou sinopse

 

DESENVOLVIMENTO

ROTEIRO

8,4

Faltou clareza de como a comissão de frente fará a apresentação de 3 elementos. (-0,2)

Luz se repete como elemento do casal MS&PB e Ala das Baianas. (-0,1)

Confusa a apresentação do abre-alas como “Presépio” com a descrição do reisado e a ilustração a seguir. (-0,3)

O texto apresenta uma série de personagens ligados às marujadas, mas as representações se remetem à fauna e a flora marinha, excessivamente, optando-se mais pelo efeito visual que pela contribuição ao enredo. (-0,5)

No setor dedicado ao Bumba-meu_boi também fica a sensação de que o tema foi sub-explorado, ao se contrapor a apresentação da história e dos personagens e a opção de representação das alas no roteiro. (-0,5)

 

EXPLORAÇÃO

CONJUNTO E CRIATIVIDADE

9,2

São sempre bem-vindas as representações que se propõem revelar aspectos da cultura popular pouco ou nada conhecidos de forma geral. A setorização clássica (uma manifestação por setor) contribui para o entendimento, mas há alguns pecados na escolha dos elementos a serem representados nas alas, sobretudo nos setores finais.

1606 – UMBU SE TÃO

Q3

TÍTULO

9,1

Um décimo pela criatividade e irreverência, demais descontos pela opção chula na escolha.

 

INTRODUÇÃO

9,6

Começa o texto destacando em demasia o fruto nordestino para no final do terceiro parágrafo descarta-lo e se apegar aos trocadilhos.

 

APRESENTAÇÃO

9,5

Tecnicamente, descontos pelo excesso de negrito, pela fonte em cor inadequada à leitura e o texto não justificado (formato). (-0,3)

Demais descontos pela escolha de um vocabulário muito específico, que dificulta o entendimento de quem não frequenta o meio das gírias. (-0,2)

 

ARGUMENTO

SINOPSE

9,8

Ao contrário da introdução, que dá voltas ao redor do tema, a sinopse é bem direta ao elencar as personagens que entraram para a história por seu poder de sedução. Ganharia corpo se conduzisse a argumentação por colocações de contexto, não uma mera sucessão de personagens.

 

DESENVOLVIMENTO

ROTEIRO

7,3

O desenvolvimento do enredo comprova a opção pela irreverência, mas a série de intervenções do enredista em falas que remetem a outros personagens, torna o entendimento um pouco confuso. (-0,2)

O setor 1 apresenta uma configuração cênica voltada ao paraíso e ao mito da maçã e da serpente, ok. Entretanto, a sucessão de personagens nos setores 2 e 3 não justifica a separação O autor poderia ter dedicado um setor a personagens históricas e outro, a intervenções da sedução na cultura pop, por exemplo. Na estrutura atual, não se entende a colocação de Cleópatra na último setor e não junto à Dalila, Rainha de Sabá e outras passagens históricas. (-2,0)

A descrição das alas e dos carros parece mais interessada em divertir o leitor do que propriamente apresentar o desenvolvimento do tema. (-0,5)

 

EXPLORAÇÃO

CONJUNTO E CRIATIVIDADE

5,0

Obviamente, a irreverência e a malícia são opções interessantes para desenvolver um enredo. O título, ao fazer opção por uma expressão “de gosto duvidoso”, divide opiniões. No fim das contas, acho que mais gera críticas que agrega valor à obra.

Somado a isso, embora se entenda o fio condutor do enredo pelas personagens que entraram para a história por seu poder de sedução, acredito que o tema peca pela conotação sexual dada à condição da mulher, exclusivamente. Não há como se ver essa abordagem com olhos isentos à luz do contexto atual, em que as conquistas e os direitos das mulheres se veem atacados pela onda ultraconservadora.

Acredito que o enredo renderia mais se fosse aliado à Luxúria dos Sete Pecados, misturando homens e mulheres nessa abordagem. Ousadia e irreverência são bem vindas, mas não convém que se transformem em uma arma para que o Carnaval seja atacado como festa menor.

1607 – HISTÓRIA DAS PENAS

Q3

TÍTULO

9,9

Um título correto, claro, objetivo, por mérito. O termo “do nosso carnaval” parece restringir algo bem mais amplo, que seria a história das penas até chegar ao carnaval. Carece de um quê de atração/carnavalização. (-0,1)

 

INTRODUÇÃO

9,7

Falta foco à introdução para que dê um recado adequado. Começa destacando que é uma homenagem à arte plumária e ao nosso carnaval, passa por uma série de citações que levam a perceber uma expansão do tema mas se encerra de forma contraditória, afirmando que “não vamos contar a história de tudo que se relaciona com a pena como um assunto geral, mas vamos viajar do surgimento das penas até a sua chegada nos desfiles”. Afinal, é tudo ou é nada?!

 

APRESENTAÇÃO

9,9

Opção correta pela apresentação, comprometida apenas por alguns erros de português (concordância e ortografia), como a referência “Aja pena” (de agir) em vez de “Haja pena” (de haver) já na introdução do roteiro.

 

ARGUMENTO

SINOPSE

10,0

Sinopse com cara de sinopse, limitando-se a apresentar a linha de argumentação do enredo, do surgimento das primeiras penas em espécie, passando por toda evolução e utilização, até chegar ao Carnaval e seus desdobramentos.

 

DESENVOLVIMENTO

ROTEIRO

9,6

A opção pela roteirização é a mais clássica e linear possível, bem fiel à proposta de contar a história das penas. A introdução com elementos primitivos promete um belo efeito e a passagem para as conquistas das aves com seus voos nos reserva uma bela metáfora encerrando o setor, com a água altaneira em cima de uma montanha. Isso já é carnaval, conectando-se à forte imagem do símbolo maior da Portela.

Gosto particularmente do último setor, que traz o Carnaval e sua pompa sem deixar de provocar à reflexão com a utilização das penas sintéticas e o jogo de significados com a palavra pena.

Um pequeno desconto pela forma sucinta com que se pretende descrever alas e carros, sobretudo nos setores finais. Algumas descrições pouco acrescentam à imaginação de quem lê, ficando muito vaga a ideia em relação ao nome da fantasia.

 

EXPLORAÇÃO

CONJUNTO E CRIATIVIDADE

9,2

O tema é interessante, o enredista faz opções marcantes pelas imagens escolhidas para contar sua história, contribuindo para a identificação do público. Os setores são bem delineados e as reflexões propostas num carnaval entre a pompa e a consciência ecológica fazem pensar no futuro da festa e suas alternativas sustentáveis.

1608 – FESTA DA PENHA

Q3

TÍTULO

9,3

O título é convidativo, mas foca num aspecto que, no desenvolvimento do roteiro, fica restrito apenas ao último setor da escola.

 

INTRODUÇÃO

9,4

Confuso na delimitação, pois dá muitas voltas pela geografia capixaba, sua arte e sua gastronomia, e estrangula as referências à maior festa em homenagem à padroeira do Espírito Santo.

 

APRESENTAÇÃO

9,8

Segue o padrão do enredista para diagramação do texto, sempre contribuindo para a localização das informações. Um senão para o uso excessivo de negrito, que torna a apresentação pesada. Poderia ter sua utilizada reservada às passagens que merecessem maior destaque. Outro senão para o texto não justificado e alguns pequenos erros de português. Muitos substantivos próprios grafas sem iniciais maiúsculas.

 

ARGUMENTO

SINOPSE

5,0

Nota mínima correspondente ao zero por não apresentar a seção de argumento ou sinopse

 

DESENVOLVIMENTO

ROTEIRO

8,0

O roteiro proposto renderia mais se o desenvolvimento do enredo se voltasse aos cantos e encantos da Grande Vitória. Neste sentido, como capixaba e ex-morador da Ilha, identifico claramente o valor a representatividade das imagens escolhidas. Entretanto, sendo o tema a “Festa da Penha”, o roteiro peca por diluir as informações em meio às manifestações das artes e da gastronomia, deixando de fazer alusão ao Penhasco como origem do nome da santa “Penha”. (-1,5) A simbologia do convento poderia ser melhor explorada, em toda a religiosidade e sua localização à entrada da Baía de Vitória. (-0,2)

Um outro equívoco é geográfico, com a referência ao rio Jucu banhando a ilha de Vitória, o que não acontece, pois o Jucu deságua em Vila Velha. (-0,3)

 

EXPLORAÇÃO

CONJUNTO E CRIATIVIDADE

8,0

Um belo tema que não rendeu – ou se perdeu em uma série de propostas que fugiam ao tema. Vejo um belo potencial de desenvolvimento, pela riqueza a ser explorada. As referências citadas indicam uma pesquisa consistente. Entendo que a concepção foi interessante, mas acabou-se perdendo na realização, dada a diluição do enredo.

1609 – BRASIL CAFÉ

Q3

TÍTULO

10,0

Curiosa a expressão “Brasil Café”, dando a dimensão do enredo e sua importância para o país. Gosto também da composição do título formado por uma expressão direta e um aposto que lhe confere explicação.

 

INTRODUÇÃO

10,0

Apresentação direta e eficiente ao justificar/convencer o valor do tema e seu desenvolvimento peculiar.

 

APRESENTAÇÃO

10,0

Uma apresentação caprichada que só agrega valor à obra. Acerto na diagramação, na distribuição do texto, na opção por tamanhos e cores. Tudo soma à localização das informações e à fluência da leitura. Ilustrações de altíssima qualidade.

 

ARGUMENTO

SINOPSE

10,0

Sinopse eficiente e criativa, ao fazer de vó Iaiá, narradora da história, a voz mestra da apresentação. Um tema clássico com um tratamento adequado ao argumento.

 

DESENVOLVIMENTO

ROTEIRO

9,8

Uma roteirização muito feliz em sua proposta, tendo como fio condutor as histórias entremeadas de causos de vó Iaiá.

A roteirização é clássica e serve muito bem a contar a história e se fazer acompanhar por quem lê. Acho que o roteiro poderia ser menos lúdico na exploração da mão-de-obra que sustentou esse ciclo econômico e, conservada a licença poética da leitura que vó Iaiá faz da Política, acho que o painel acerca da República Café-com-Leite “quase chega lá”, mas poderia ser mais claro em certas representações de personagens.

 

EXPLORAÇÃO

CONJUNTO E CRIATIVIDADE

9,9

A História do Café já passou várias vezes pela avenida e acaba sendo interessante a conexão entre os desfiles com a figura de vô Dodô remetendo ao “preto velho mandingueiro” do Salgueiro, em 1992, uma das imagens icônicas daquela década. A Leões da Casa Verde promete, agora, fazer história com Vó Iaiá. Que belo enredo!

Um pequeno desconto apenas pela forma como foram abordadas as passagens da mão-de-obra nas lavouras e da Política do Café-com-Leite.

 

 

1610 - URIHI

Q3

TÍTULO

10,0

Gosto também da composição do título formado por uma expressão direta e um aposto que lhe confere explicação.

 

INTRODUÇÃO

10,0

O enredista acerta na mensagem, ao delinear o seu enredo em homenagem aos yanomamis por sua visão mística do mundo. Lendas indígenas são sempre muito bem vindas ao carnaval, por sua brasilidade e por sua riqueza visual.

 

APRESENTAÇÃO

10,0

Outra apresentação caprichada que só agrega valor à obra. Acerto na diagramação, na distribuição do texto, na opção por tamanhos e cores. Tudo soma à localização das informações e à fluência da leitura. Ilustrações de altíssima qualidade.

 

ARGUMENTO

SINOPSE

9,9

Como a sinopse é nosso primeiro contato com a obra, a profusão de expressões yanomami situa e contextualiza o enredo, mas não contribui para fixar certos argumentos. Excluindo-se esse pequeno senão, é uma sinopse competente.

 

DESENVOLVIMENTO

ROTEIRO

10,0

Um desenvolvimento muito bem amarrado, passeando pelas principais referências e curiosidades da cultura yanomami. Os temas apresentados de forma abrupta na sinopse vao sendo bem encadeados ao longo do roteiro, ajudando a clareza das ideias, sempre com foco na preservação.

 

EXPLORAÇÃO

CONJUNTO E CRIATIVIDADE

10,0

Gratificante a leitura de uma proposta criativa e consistente que aborda uma cultura indígena. Não tem sido muito comum nos desfiles atualmente, mas sempre rendem bons sambas, belas imagens e desfiles que muito contribuem à cultura carnavalesca.

O enredista demonstra gosto pelo que faz e deve seguir com seu trabalho, nos brindando com novas apresentações.

 


j3 - Danilo Guerra - Justificativas 16

 

Justificativas:

Enredo 1601 - A SAGA DA CLOROQUINA PATRIOTA.

Quesito: Título do Enredo (notas entre 9,0 e 10). Título debochado, satírico, bem-humorado, que nos permite entender o tom crítico que o autor irá adotar em seu enredo. Nota 10.

Quesito: Introdução (notas entre 9,0 e 10). O autor não soube aproveitar uma boa ideia de fazer uma crítica bem-humorada com a situação do nosso país com o presidente. As coisas não ficaram claras, tudo muito jogado, desconexas. Não há uma cronologia/ordem nesta saga. Nota: 9,4.

Quesito: Apresentação (notas entre 9,0 e 10). Não possui uma apresentação limpa, é tudo muito jogado, sem seguir um padrão de formatação, com o uso demasiado de figuras. Nota 9,4.

Quesito ARGUMENTO: Sinopse (notas entre 5,0 e 10). Novamente tudo muito jogado, ideias desconexas, falta de sequência lógica, uso repetitivo de palavras (cloroquina é uma delas), a utilização nos ditados populares ficou forçado. Nota: 8,7.

Quesito DESENVOLVIMENTO: Roteiro (notas entre 5,0 e 10). As coisas não são claras, as ideias podem ser até criativas ou tentativas somente, mas não tem uma boa construção do todo para facilitar o seu entendimento, não tem uma ordem lógica/cronológica. O autor deveria fazer o uso das aspas “” quando ele se refere a uma crítica/ironia (Ex. Índios “vagabundos e preguiçosos” ou Nosso presidente “amado”...). É tudo, mais uma vez repito, jogado, daqui um pouco coloca a ala das baianas de Ana Amélia Lemos e Louro Jose, fantasia Senhoras do Bem, qual a relação disso??? Nota: 8,9.

Quesito EXPLORAÇÃO: Conjunto e Criatividade (notas entre 0,0 e 10). Enredo divertido (dei boas risadas, confesso), de algumas boas sacadas (a CF de frente, por exemplo), mas que poderia ter rendido muito mais (tinha muito potencial). Faltou uma cronologia para essa saga, uma ligação das coisas, transformou-se numa verdadeira colcha de retalhos, pareceu-me que o autor fez as pressas para entregar no prazo (e não me venha me chamar de “bolsominion” heheheheh). Nota: 9,5.

_______________________________________________________________

Enredo 1602: O PROFETA DA GEHENA

Quesito: Título do Enredo (notas entre 9,0 e 10). O título instiga o leitor em querer saber quem é esse profeta (Giuliano Gutemberg) e suas aventuras. Nota 9.8.

Quesito: Introdução (notas entre 9,0 e 10). A cronologia do enredo não ficou clara na introdução, mesmo assim o autor tentou traduzir a ideia central do enredo, com uma certa lógica, por se tratar, de um enredo extremamente vanguardista. Nota: 9,3.

Quesito: Apresentação (notas entre 9,0 e 10). O texto tem uma boa apresentação. O autor só precisa cuidar em manter o mesmo tipo de fonte e tamanho em todo o texto (por ex a introdução pq ele optou em usar uma fonte menor que as demais partes?). Sugestão: Use a formatação de texto do tipo justificado para dar um cuidado/embelezamento maior ao texto. Mas o enredo está bem dividido, está limpo, usou figuras na medida certa. Dica: Não repetir demasiadamente informações do tipo Carnavalesco, Presidente etc, concentre essas informações num local apenas, pra não poluir o texto. Outra coisa, o autor não precisa destacar coisas que não irá ter no seu desfile, ex Guardiões de Casal de MS & PB – 0 (se não vai ter não precisa dizer que não teremos guardiões), outro Destaques de Chão – 0, mesma coisa, ressalte aquilo que terá no desfile. Cuidado na escolha das figuras também. Nota: 9,7.

Quesito ARGUMENTO: Sinopse (notas entre 5,0 e 10). Texto extremamente truncado, sem uma sequência de ideias claras, de difícil compreensão. A sinopse foi subdivida em partes e ficou posicionada junto ao Roteiro, fora de seu local habitual. Nota: 8,4.

Quesito DESENVOLVIMENTO: Roteiro (notas entre 5,0 e 10). Roteiro muito melhor construído que a Sinopse, com todos seus elementos presentes, descritivos na explicação das alas, mas faltou uma maior descrição de fantasias, maior descrição de alegorias e dos materiais utilizados. Nota: 9,2.

Quesito EXPLORAÇÃO: Conjunto e Criatividade (notas entre 0,0 e 10). Percebe-se uma evolução do autor. Parecia estar num jogo de RPG, uma viagem delirante entre real e imaginário. O autor usou de muita criatividade, mas que em muitos momentos não ficaram claros ao leitor e requer maior atenção à Sinopse e a descrição de informações no roteiro. Nota: 9,4.

_______________________________________________________________

Enredo 1603: Sambalanço – A Bossa que Dança

Quesito: Título do Enredo (notas entre 9,0 e 10). Título que chama atenção por despertar a curiosidade do que se trata o enredo. Nota: 10.

Quesito: Introdução (notas entre 9,0 e 10). Está muito bem escrita a introdução, delimita muito bem o assunto e valorizou ainda mais o enredo. Poderia ter sido um pouco mais sintética, mas nada absolutamente que prejudique sua avaliação. Nota 10.

Quesito: Apresentação (notas entre 9,0 e 10). Texto agradável, limpo. Achei o tipo e o tamanho da fonte um pouco pequena, na sinopse foi reduzida ainda mais o tamanho da fonte (será que foi proposital ou simples esquecimento? Mas não comprometeu). Nota 10.

Quesito ARGUMENTO: Sinopse (notas entre 5,0 e 10). Sinopse criativa, pensada/escrita, genialmente, em forma de uma letra de música do ritmo homenageado e na ordem do desenvolvimento do enredo. Parabéns aos autores que souberam sintetizar muito bem o tema na sinopse. Nota: 10.

Quesito DESENVOLVIMENTO: Roteiro (notas entre 5,0 e 10). Tudo muito bem pensado, muito detalhamento, inclusive nas fantasias, um capricho. Os autores tiveram o cuidado com alas chaves como a dos compositores (A Mão de Ouro), passistas. Não localizei a ala de crianças, mas não é obrigatória. Roteiro muito bem escrito, bem dividido, show. Nota: 10.

Quesito EXPLORAÇÃO: Conjunto e Criatividade (notas entre 0,0 e 10). Confesso ter sido surpreendido pelo enredo, que foi me conquistando ao ir lendo em que pude conhecer esse ritmo que eu desconhecia. Não vi a bibliografia utilizada na pesquisa do enredo. Parabéns a dupla de enredistas. Nota 10.

_______________________________________________________________

 

Enredo 1604: O Canto das Lavadeiras.

Quesito: Título do Enredo (notas entre 9,0 e 10). Título poético, que poderia ter sido destacado também o Rio Jequitinhonha, para melhor delimitar o tema. Não realçou o título com letras em maiúsculo. Nota 9,9.

Quesito: Introdução (notas entre 9,0 e 10). Texto muito bem escrito, com clareza e de forma sintética. O autor utiliza das Lavadeiras do rio para contar a história mineira do Vale do Jequitinhonha, um ótimo fio-condutor. Nota: 10.

Quesito: Apresentação (notas entre 9,0 e 10). Boa utilização de figuras, texto com boa formatação, texto justificado que dá uma qualidade ao texto, com boas escolhas tanto no tamanho quanto no tipo de fonte. Nota 10.

Quesito ARGUMENTO: Sinopse (notas entre 5,0 e 10). O autor fez um belo trabalho, sinopse clássica, descritiva. Nota 10.

Quesito DESENVOLVIMENTO: Roteiro (notas entre 5,0 e 10). Roteiro foi bem elaborado, cuidadoso, detalhista. Além da descrição das alas, tinha a das fantasias tb. Foi o único, a colocar um segundo casal. Nota: 10.

Quesito EXPLORAÇÃO: Conjunto e Criatividade (notas entre 0,0 e 10). Enredo bastante pesquisado, cultural, muito bom. Nota 10.

_______________________________________________________________

 

Enredo 1605: FOLIAS DE JUCÚ.

Quesito: Título do Enredo (notas entre 9,0 e 10). O título não me conquistou a primeira vista, causando certa estranheza, podendo induzir a interpretações erradas, o autor não soube valorizar o seu título de um assunto tão interessante e não soube delimitar melhor o Rio Jucu, não se sabia se era um pessoa, se tinha um tom pejorativo, etc. Nota: 9,5.

Quesito: Introdução (notas entre 9,0 e 10). A Introdução surpreendeu-me muito positivamente, pois aqui eu fui descobrir realmente do que se tratava o enredo e para minha alegria o autor soube delimitar muito bem sua proposta, de forma clara de um tema tão rico e cultural. Poderia ter sintetizado um pouquinho a parte da marujada e do bumba-meu-boi, mas nada, absolutamente, que comprometa o texto, parabéns ao autor. Nota: 10.

Quesito: Apresentação (notas entre 9,0 e 10). O texto tem uma boa apresentação. O autor só precisa cuidar em manter o mesmo tipo de fonte e tamanho em todo o texto (por ex a introdução pq ele optou em usar uma fonte menor que as demais partes?). Sugestão: Use a formatação de texto do tipo justificado para dar um cuidado/embelezamento maior ao texto. Mas o enredo está bem dividido, está limpo, usou figuras na medida certa. Dica: Não repetir demasiadamente informações do tipo Carnavalesco, Presidente etc, concentre essas informações num local apenas, pra não poluir o texto. Outra coisa, o autor não precisa destacar coisas que não irá ter no seu desfile, ex Guardiões de Casal de MS & PB – 0 (se não vai ter não precisa dizer que não teremos guardiões), outro Destaques de Chão – 0, mesma coisa, ressalte aquilo que terá no desfile. Soube escolher melhor as figuras. Nota: 9,8.

Quesito ARGUMENTO: Sinopse (notas entre 5,0 e 10). A sinopse foi subdivida em partes e ficou posicionada junto ao Roteiro, fora de seu local habitual. Nota: 9,7.

Quesito DESENVOLVIMENTO: Roteiro (notas entre 5,0 e 10). O roteiro é bem feito, requer atenção em pequenos detalhes, como no maior detalhamento de fantasias, de matérias e elementos das alegorias. Nota: 9,6.

Quesito EXPLORAÇÃO: Conjunto e Criatividade (notas entre 0,0 e 10). O enredista surpreende em trazer um tema sobre a cultura regional e soube desenvolver muito bem, precisa ficar atento a alguns detalhes, principalmente na confecção da Sinopse e no maior detalhamento, mas no geral evoluiu muito. Nota: 9,5.

_______________________________________________________________

 

Enredo 1606: Como é que pode umbu ‘se’ tão gostoso

Quesito: Título do Enredo (notas entre 9,0 e 10). Título deixa muito a desejar, com duplo sentido, de conotação sexual, chulo, como não pode dar menos nota, fica barato. Nota: 9,0.

Quesito: Introdução (notas entre 9,0 e 10). O autor ser citado no texto da introdução é super vanguardista kkk. A introdução é bem escrita, apesar do trocadilho do título ser chulo, um tanto rala demais. Nota: 9,6.

Quesito: Apresentação (notas entre 9,0 e 10). Texto justificado daria mais qualidade ao texto, mas tem boas soluções de cor, de escolha da fonte e do seu tamanho. Apresenta poucas figuras que não poluíram o texto. Nota 9,9.

Quesito ARGUMENTO: Sinopse (notas entre 5,0 e 10). Texto debochado, escrito de forma peculiar do autor (ou seria autora kkk). Algumas coisas bem repetitivas, chave pra cá, chave prá lá, umbu pra cá etc, outras difíceis de compreender heheheh, mas no geral é bem-humorado. Nota 9,7.

Quesito DESENVOLVIMENTO: Roteiro (notas entre 5,0 e 10). O roteiro é ralo, peca na descrição de algumas fantasias, nos materiais e nos elementos das alegorias. Nota 9,3.

Quesito EXPLORAÇÃO: Conjunto e Criatividade (notas entre 0,0 e 10). O ENREDO é leve, debochado, criativo, mas o tema poderia ter sido mais pensado (preguiça né “mor”), explorado, mais descritivo, mais pesquisado. Não colocou a bibliografia utilizada. Conheço a Tartalla de outros carnavais hahahaha e ela parece que não quer ganhar essa bagaça. Nota: 9,5.

_______________________________________________________________

 

Enredo 1607: A história das penas do nosso carnaval.

Quesito: Título do Enredo (notas entre 9,0 e 10). Título bastante direto que merecia um pouco mais de criatividade, faltou maior inspiração ao autor. Não realçou o título com letras em maiúsculo no texto. Nota: 9,6.

Quesito: Introdução (notas entre 9,0 e 10). Apesar do autor delimitar o tema na introdução, achei repetitiva (pena, pena, pena, pena, pena) e simplória demais. Nesta parte não faltou o “te”? (“Penas pra que te quero”). Nota: 9,6.

Quesito: Apresentação (notas entre 9,0 e 10). Tem boa apresentação, limpa. O autor esqueceu de formatar todo o texto da sinopse com o justificado (não que seja obrigatório, mas já que começou), idem ele fez com o roteiro, uma parte estava justificada e outra não. As figuras centralizadas valorizam mais o texto a minha opinião. A logo do enredo, que é bonita, parece ser sobre a arte plumária indígena tão somente. Nota: 9,8.

Quesito ARGUMENTO: Sinopse (notas entre 5,0 e 10). A Sinopse não é criativa, faltou maior inspiração, maior pesquisa, parecia que estava lendo um livro de biologia ou a Wikipedia, não tinha um fio condutor. Não vi as estolas e leques de plumas fantasias comuns no carnaval. Nota: 8,7.

Quesito DESENVOLVIMENTO: Roteiro (notas entre 5,0 e 10). O roteiro é bem dividido, proporcional, mas senti falta de alguns elementos tradicionais do carnaval, a Velha Guarda, os Passistas, os Compositores, as Crianças e de um maior detalhamento de elementos (Ex alegoria 5 vão vir os destaques e o que mais? O símbolo da Apoteose para representar que é do carnaval, máscaras carnavalescas, faltou o autor detalhar mais). Destaco o 6º e último Ato que é parte mais criativa e inspirada no que se refere a nome das alas. Novamente o autor se tornou repetitivo e cansativo (a explicação das partes é uma colagem tal qual da sinopse em muitos casos), com algumas soluções não tão felizes (não consigo visualizar a fantasia da CF por ex., a ala da decoração em ocas). Nota: 9,2.

Quesito EXPLORAÇÃO: Conjunto e Criatividade (notas entre 0,0 e 10). O tema enredo é bastante frágil, de difícil de carnavalização e que faltou maior inspiração e criatividade para ser desenvolvido. Nota: 9,3.

_______________________________________________________________

 

Enredo 1608: Festa da Penha.

Quesito: Título do Enredo (notas entre 9,0 e 10). Simples, direto. Deu destaque ao título com o uso de todas as letras em maiúsculo. Nota: 9,9.

Quesito: Introdução (notas entre 9,0 e 10). Ficou muito bem delimitada a setorização do enredo, de forma clara, lógica, cronológica. Nota: 10.

Quesito: Apresentação (notas entre 9,0 e 10). Por coerência, vou repetir os mesmos pontos levantados dos enredos do autor pq eles estão presentes. O texto tem uma boa apresentação, mas o autor só precisa cuidar em manter o mesmo tipo de fonte e tamanho em todo o texto (por ex a introdução pq ele optou em usar uma fonte menor que as demais partes?). Sugestão: Use a formatação de texto do tipo justificado para dar um cuidado/embelezamento maior ao texto. Mas o enredo está bem dividido, está limpo, usou figuras na medida certa. Dica: Não repetir demasiadamente informações do tipo Carnavalesco, Presidente etc, concetre essas informações num local apenas, pra não poluir o texto. Outra coisa, o autor não precisa destacar coisas que não irá ter no seu desfile, ex Guardiões de Casal de MS & PB – 0 (se não vai ter não precisa dizer que não teremos guardiões), outro Destaques de Chão – 0, mesma coisa, ressalte aquilo que terá no desfile. Nota: 9,8.

Quesito ARGUMENTO: Sinopse (notas entre 5,0 e 10). A Sinopse feita num texto único e não juntamente com o roteiro, facilita a sua leitura. Nota: 9,7.

Quesito DESENVOLVIMENTO: Roteiro (notas entre 5,0 e 10). Roteiro com todos os elementos presentes. Faltou um maior detalhamento das fantasias, dos materiais e elementos utilizados. Cuidado: O Mestre-Sala e Porta-Bandeira não fazem parte de 1 Ala. Nota: 9,8.

Quesito EXPLORAÇÃO: Conjunto e Criatividade (notas entre 0,0 e 10). O enredista surpreendeu em trazer esse tema, seu melhor enredo neste concurso. Enredo muito bem construído, cronologicamente pensado, parabéns ao autor, requer um cuidado maior em pequenos detalhes (principalmente na Sinopse), mas a evolução do autor é incrível! Nota: 9,8.

_______________________________________________________________

Enredo 1609: BRASIL CAFÉ: A HISTÓRIA DO NEGRO REI

Quesito: Título do Enredo (notas entre 9,0 e 10). Tem uma pequena dubialidade no título (se o enredo irá tratar da história do café em si ou sua história no Brasil especificamente), mas com a leitura da Introdução, ela se desfaz rapidamente (coerência com o enredo). Cuidado ao detalhe: Valorização ao título do enredo, na parte “A História do Negro Rei” deveria ter sido escrita em maiúsculo, pelo menos a primeira letra de cada palavra para valorizá-lo e não tudo em minúsculo como foi escrito. Nota: 9,9.

Quesito: Introdução (notas entre 9,0 e 10). A Introdução / Justificativa delimita o tema (apresenta a história do Café no Brasil) através de um criativo fio condutor utilizado pelo autor para narrar o enredo (“segundo o imaginário lúdico de Vó Iaiá, a baiana mais antiga da Casa Verde”). Cuidado: Como se trata de apenas um único parágrafo (texto curto) a repetição da mesma palavra me incomodou bastante, tente usar sinônimos, enriquece o texto (Ex. de repetições de palavras: histórias, sua mãe, memórias, Hoje, Negro Rei). Nota: 9,9.

Quesito: Apresentação (notas entre 9,0 e 10). Texto com uma apresentação limpa, com excelentes configurações do autor, seja de tamanho de fonte, tipo de fonte, coloração de fonte, espaçamentos, texto justificado (o que eu, particularmente, acho muito agradável, mostra o capricho, esmero, cuidado do autor), o que facilita a sua leitura. Inserção de poucas figuras, apenas os desenhos de alegorias foram colocados, o autor poderia ter feito o uso desse recurso para ilustrar um pouco mais o seu enredo, mas não comprometeu em nada. Nota 10.

Quesito ARGUMENTO: Sinopse (notas entre 5,0 e 10). O autor faz uso sagazmente de uma forma de linguagem própria, simples-brejeira, ao personagem fio-condutor da história brilhantemente, humanizando a mesma (a ideia de colocar ao longo de todo o texto o sujeito em discordância com seus complementos e, principalmente com os verbos foi genial, 1 ex: os homem branco dizia). Utiliza de legendas de palavras no rodapé do texto o que facilita a leitura e o seu pronto entendimento. Logo no início do texto, ao mesmo tempo que o personagem diz “...Vô abrir a janela cadiquê tá saindo um”, ela também diz: “Sente como é bom esse aroma que perfuma a casa”, se ela for abrir a janela o aroma do cheiro do café, que é uma coisa boa, irá cessar, não há uma divergência/contradição de ideias aqui? Repetição de mesma palavra muito próximas uma da outra (aroma). Era melhor ter citado o nome da antiga colônia de Guiana Holandesa, pois somente passou a ser conhecido como Suriname, em 1975, após a sua independência, isto é, bem mais recentemente (mas é somente uma observação, não haverá desconto aqui por causa disso). Nota: 10.

Quesito DESENVOLVIMENTO: Roteiro (notas entre 5,0 e 10). Roteiro muito bem escrito, descritivo, muito caprichado, parabéns ao autor. Gostei muito da fantasia do casal e de seus guardiões (Terra roxa e a Flor do Café, e os semeadores), passistas (Panhadoras e peneiradores do Café), entre outras, percebe-se o cuidado/atenção do autor nos detalhes, muito bom. Nota: 10.

Quesito EXPLORAÇÃO: Conjunto e Criatividade (notas entre 0,0 e 10). Enredista está de parabéns em trazer um enredo clássico muito bem formulado, estruturado, agradabilíssimo de lê-lo. Com uma bela ideia de fio-condutor, uma sinopse genial, criativa, e um belo roteiro bem elaborado, bem descritivo e pesquisado. Nota: 10.

_______________________________________________________________

Enredo 1610: URIHI - UM CONTO YANOMAMI

Quesito: Título do Enredo (notas entre 9,0 e 10). Título instigante, que desperta o interesse em querer ler o enredo, delimita o tipo de enredo, neste caso, indígena. Nota 10.

Quesito: Introdução (notas entre 9,0 e 10). Introdução muito bem escrita, direta, descritiva, impulsiona o leitor ainda mais o interesse em continuar lendo o enredo. O autor traz a cronologia que ele vai seguir de forma clara, tem um início, um meio e um desfecho clássico, positivo, tudo muito bem pontuado e com a delimitação dos seus setores, você já consegue visualizá-lo na avenida. Para mim o 1º parágrafo já bastava, o segundo parágrafo poderia ter sido mais sintético, mas nada, absolutamente, que interfira na qualidade do texto, só uma questão pessoal. Nota 10.

Quesito: Apresentação (notas entre 9,0 e 10). Texto com uma apresentação limpa, com excelentes soluções do autor, seja de tamanho de fonte, tipo e coloração de fonte, espaçamentos, texto justificado (o que eu, particularmente, acho muito agradável, mostra o capricho, esmero, cuidado do autor), o que facilita a sua leitura. Inserção de figuras e desenhos muito bem escolhidos/apropriados o que valoriza ainda mais o texto. Nota 10.

Quesito ARGUMENTO: Sinopse (notas entre 5,0 e 10). Texto muito bem escrito numa forma mais poética, que seguiu a linha cronológica traçada na Introdução. Poderia ter usado um glossário para facilitar a leitura e o entendimento de algumas palavras (ex. nirvana imanente, xapono, wixia, hekuras, Xapirípë, napëpë, Xawara, Kopanawa), mas isso não desqualifica em absolutamente em nada o resultado. Nota: 10.

Quesito DESENVOLVIMENTO: Roteiro (notas entre 5,0 e 10). O capricho nos detalhes do autor impressiona, a preocupação na colorímetria, no uso de materiais e soluções, mostra o cuidado do todo. Colocar a bateria de “sinfonia da floresta” é muito perspicaz, gosto muito deste tipo de atenção em todas essas minúcias, essa sagacidade, está de parabéns. O uso dos desenhos das alegorias valorizou ainda mais o roteiro. Atenção: dar aquela última revisada (ex: grande cora? Deve ser grande coral. Outro caso: “As plantas existentes em urihi, estão representadas na ala 5 do desfile...” mas estamos na ala 4, a ala 5 são as crianças que representam os animais, ficou confusa essa parte a escrita. Na mesma ala 4 o adereço de cabeça é são flores, temos um probleminha de concordância singular/plural. A Ala 5 inicia “A quarta ala retrata”). Não localizei a presença da Velha Guarda (poderia ser tranquilamente “os senhores celestiais”), nem da Ala de Compositores (mas acredito não ser obrigatória) no roteiro do desfile. A observação de usar penas artificiais no desfile muito pertinente ao tipo de enredo proposto. No geral achei um roteiro muito bem construído, bem pensado, bem estruturado, gostei bastante. Nota: 9,9.

Quesito EXPLORAÇÃO: Conjunto e Criatividade (notas entre 0,0 e 10). Enredo clássico, de um tema atual, pertinente, de alerta, com uma mensagem positiva no final, excelente, levaria ele tranquilamente para avenida (e ainda poderia tentar um patrocínio junto ao governo estadual ou internacional, hehehe). 1 Curiosidade: A escola vem com 2.000 ou 3.000 componentes? O autor está de parabéns. Nota 10.

 

Marcadores