Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!

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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

ENREDO 1212: CIÇO, MEU PADIM!

CIÇO, MEU PADIM!
Douglas Quinto/Email: Douglasquointo10@gmail.com
           


Introdução
Padre Cícero Romão Batista, Padim Ciço para os íntimos. Foi uma figura singular da religião sertaneja, dono de uma relação quase nunca vista de um Padre e seu povo. Disso nasceu uma legião de fieis que até hoje o acompanham. É o personagem principal do milagre da Hóstia, teve suas ordens sacerdotais suspensas, mesmo assim teve o povo a seu favor. Tornou-se prefeito de Juazeiro e fez daquela terra uma terra santa. Até hoje milhões de fieis visitam aquela cidade em busca de reverenciar a figura do Santo Padim Ciço, não foi canonizado pela Igreja, mas pelo seu povo! É uma das pessoas mais biografados no mundo, e o enredo mostrará toda a trajetória desse homem, desde sua infância até os milhões de fieis que acreditam no poder milagroso.




Sinopse
           
Ciço, meu Padim!

Debaixo do pé de Juá
Pisando no chão de terra rachado
Sob o sol do sertão do Cariri
É o cenário da historia, formado
E temos como personagem, um menino
Que teve seu destino eternizado

Filho de D'Quino e Seu Joaquim
 brincava com passarinhos
Fazia casinhas de barro
E ainda lia uns livrinhos
Fez o voto de castidade
E logo seguiu os seus caminhos

Com tristeza, voltou pra casa
Seu pai parte para a gloria
Tem agora responsabilidade
 Dividas é só o que teria
com a ajuda dos seus
Pôde voltar a ter alegria

Segue então seu intuito na “capitar”
No seminário da Prainha educação
Para se torna Padre
Consegue a ordenação
Com muita felicidade
É Padre Cícero Romão

De volta, recebe uma nova missão
Rumo a missa num povoado distante
e da capela se torna o capelão
E tem um resultado brilhante
Com as beatas e reformas feitas
Faz de sua história marcante

Até que sangra a hóstia na boca da beata
O povo crer, o bispo não
Tem-se o inquérito
E para o Padre coube a suspensão
Atende da janela de casa
Seu povo em busca de bênção

Parte para Roma
Com a intenção de se defender
É julgado pelo santo oficio
Reza uma missa para agradecer
Vê o papa por poucos minutos
Levando alguns objetos pra benzer


Nada continua como deveria
E agora tem outro destino
Torna-se político e é prefeito
Do juazeiro e com raciocínio
Traz o progresso, obtém gratificações 
 E encontra-se com Virgulino

Seu poder começa enfraquecer
Enfrenta enfermidades
E na sua velha rede
Faz a passagem e deixa saudades
No cortejo que leva ao céu sertanejo
O “Padim” e suas religiosidades

É reconciliado e tem até hoje
Seu nome lembrado
São orações e canções
Que embalam a Romaria em seu agrado
Com muita fé e alegria
Meu santo “Padim Ciço” é festejado

E no alto do Horto
O altar do povo
Padim está vivo!
Padim não esta morto!*
Com alegria, emoção e gloria
Finalizo esta história


*Adaptação da canção Viva meu Padim
Colaboração: Pagina Literatura de cordel.
Livro consultado: Padre Cícero – Poder, fé e guerra no sertão 








GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA DE ENREDO
DQUINTA

·        Presidente e Enredista: Douglas Quinto.
·        Fundação: 12 de Setembro de 2015.
·        Símbolo: Barco Amazônico.
·        Cores: Vermelho, verde, azul e branco.
·        Bateria: D’quinta cadência.
·        Escola Madrinha: GRESV 18 KLTs.
Apresenta no 12º Concurso Brasileiro de Enredos:
Nº de alas: 35
Nº de setores: 7
Nº de alegorias: 7 e 2 tripés + o tripé de comissão de frente
Nº de componentes: 3900




Roteiro do desfile
Setor 1 (abertura)| O cenário da história, a infância do menino

O primeiro setor remonta o cenário da infância de Cícero Romão Batista, o sertão do Cariri, nesta área localizada ao sul do estado do Ceará é composto por vários municípios, entre eles o Crato onde Cícero nasceu e viveu a infância.  O setor lembrará as brincadeiras do menino Cícero e seus pais e irmãs.

Comissão de frente: Nasce do Juá
Nossa historia começa em baixo da arvore do Juá, o Juazeiro. Juá é uma fruta que dá no Juazeiro, arvore essa que é típica da caatinga e do cerrado chega a um tamanho médio de 12 metros. O Juazeiro deu nome à vila em que Cícero Romão se fez na vida e logo se tornou um município, conhecido hoje como Juazeiro do Norte.
Entendemos que Cícero é filho do pé de Juá, ele nasce do Juá e faz toda sua trajetória no Juazeiro, quando Cícero nasceu ele já era daquela região do Cariri. A comissão de frente mostra de uma maneira lúdica, carnavalesca e usa tal fato criado para iniciar sua historia, mostrará o nascimento do menino Cícero do pé do Juá. Trazendo 15 componentes e 1 tripé.
O tripé representa a árvore do Juazeiro, tendo um tamanho médio. Predominando a cor verde das folhagens o tronco e os frutos.
Os 15 componentes são a representação do povo do nordeste daquela época com a roupa em farrapos, encardidas, mulheres e homens na lavoura. Lembrando dos causos sertanejos.  
Os componentes através de uma armadura que vestem se tornam anjos e no tripé de dentro de um Juá nasce o menino Cícero, finalizando a apresentação.

1° Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira: O sol e chão do sertão
Representando o sol de rachar no sertão e chão de terra batida, nosso casal faz sua evolução. O mestre sala representa o sol, tendo no costeiro plumas na cor amarela, no chapéu em outro tom de amarelo, calça em paetê nas variações das cores amarelas. A porta bandeira apresenta na barra da saia plumas em cor de terra, no corpo da saia até a altura do peitoral textura em isopor imitando a terra assim como paetês enfatizando os caminhos.  No costeiro plumas em tons de marrons e na tiara penas de faisão marrons.
Guardiões do 1º Casal: Entre o sol e o chão
Representando o ar do sertão, fantasia em panos com cores claras, azuis e brancos, sobre a cabeça pena de faisãos branca, e maquiagem no rosto branca. 

Ala 1 (velha guarda): Progenitores, Dona Quinô e Seu Joaquim
Representando os pais de Cícero.
As fantasias apresentam coletes e saia para as senhoras com a Costa bordadas na foto de dona Quinô. E para os senhores temos terno e calça com a foto de Seu Joaquim.

1 º Carro (Abre alas): Retratos do Sertão do Cariri – Cícero menino
O sertão do Cariri é uma localidade que fica ao sul do estado do Ceará, composta por vários municípios, inclusive o Crato, e o Juazeiro. Lá é o berço de toda a história de Padre Cícero, do nascimento e infância no Crato, onde costumava brincar de casar passarinhos e fazer casas de barro.  Até ser acolhido no povoado e depois ser peça principal do crescimento de Juazeiro (historia pra mais a frente). Temos na alegoria, um acoplamento. Na primeira parte temos na frente a lojinha da família, onde temos artigos que eram vendidos lá, ferraduras de latão, chapéus, parafusos e gravatas de seda. A seguir num plano maior, grandes cactos em verdes tendo todo assoalho e saia revertida em cor de terra, assim como na segunda parte também. No meio do carro temos um sol que de altura grande sendo o ponto mais alto do carro. Ainda na segunda parte temos passarinhos, representação das brincadeiras de Cícero quando menino. Tendo casinhas de barro. Nos lados representação de duas meninas, Maria angélica e Angélica Vicência, irmãs de Cícero.  A iluminação é na cor amarela valorizando o trabalho de arte do carro.
Destaque: Vegetação do sertão
Representa a vegetação do sertão, a fantasia busca mostrar o verde dos cactos em plumagens.

Setor 2 | A vocação

A Nesse setor, vemos o despertar do interesse de Cícero por leituras e pelo evangelho, e a opção de ser padre, além de enfrentar alguns percalços da vida.

Ala 2:  Leituras de São Francisco de Sales
Tendo como inspiração as leituras de São Francisco de Sales, Cícero aos 12 anos fez o voto de castidade. As fantasias trazem uma bata em cor branca com frases escrita, como se um livro ganhasse vida.

Ala 3:  Os estudos lá longe
Cícero é mandado à Cajazeiras pra continuar a estudar pra se tornar Padre. A cidade paraibana localizada na beira do Rio dos peixes. A fantasia é composta por uma placa na mão escrita Cajazeiras tendo uma malha branca e por cima uma malha em forma de rede de pescar com peixes em espuma pregados e no adereço de cabeça também plumas em azul claro.

Ala 4: Vida tinhosa
Cícero com 18 anos recebe a notícia da morte de seu pai e imediatamente retorna ao Juazeiro. A fantasia apresenta cor preta com uma cruz desenhada e bordada, no adereço de cabeça uma coroa de flores.

Ala 5: Recebendo apoio
A ala representa a ajuda que a família de Cícero recebeu, e que logo depois ele pode continuar seus estudos na capital do estado. Na vestimenta vemos a cor de dinheiro e moedas da época.

Ala 6: A "capitar"
Cícero chega em Fortaleza pra dar prosseguimento aos seus estudos. Fortaleza é capital do estado sendo a cidade mais desenvolvida da região na época. Na ala temos casais homens de terno e gravata e mulheres de vestidos rodados com leques nas mãos, fazendo referencia a cidade de Fortaleza na época. 

2° Carro: No seminário da Prainha à ordenação
Cícero começa seus estudos no seminário da Prainha e recebe a ordenação, se tornava Padre em 1870.  A alegoria apresenta a fachada do prédio onde funcionava o seminário da Prainha, com uma praça à frente, árvores e cores amarronzadas e brancas. Um chafariz na frente e componentes vestidos de estudantes do seminário.
Destaque : A ordenação sacerdotal
Representa a autorização da Igreja para que Cícero se tornasse Padre, a partir de agora poderia confessar fieis, rezar missas e afins, a fantasia traz traços em dourado em cruzes e tons branco nas plumagens.

Setor 3 |
O Juazeiro

O setor busca mostra a chegada dele ao lugarejo, sua escolha como Capelão e suas primeiras atitudes frente à pequena capela de Nossa senhora das Dores.

Ala 7: Entre a Rua Grande e Brejo
Era o que se tinha por ali por aqueles lados. Joazeiro na grafia da época eram essas duas ruas, servia principalmente de dormitório pra aqueles que queriam chegar ao Crato. Lugarejo com suas casas de taipa e três pés de Juazeiro. Nas fantasias temos um pano pelo corpo rememorando as casas de taipa nas cores de barro. Temos no adereço de cabeça árvores Juazeiro.

Ala 8:  Missa do Galo num povoado distante
Foi a missa do Galo, em um pequeno povoado do Crato, chamado Juazeiro que Cícero teve o primeiro contato com aquela parte do sertão do Cariri. A fantasia apresenta no adereço de cabeça um galo. Tendo pulseiras de panos nos braços com uma armação no peitoral em dourado e saia dourada.

Ala 9:  O sonho da proteção do povo
Cícero, Então tem um sonho, onde visualiza a Santa Ceia e Jesus lhe diz pra "tomar conta daquela gente". As fantasias têm nos ombros cálices, tendo no adereço de cabeça representação de pães. No corpo estampas quadriculadas em cor de vinho, vermelho e marrom.

Ala 10: O capelão do Juazeiro
Até que Cícero é nomeado o capelão do povoado. A fantasia tem adereço de cabeça a pequena capela que o Padre assume. Tendo parte de baixo em pano branco com pulseiras brancas.


2° Casal de mestre sala e Porta bandeira: Instrumentos litúrgicos
Representando os instrumentos que Cícero usava em suas celebrações. A fantasia do casal apresenta cálices, patena, velas e Âmbulas.

Ala 11 (coreografada): A grande seca - Orações e promessas
Entre 1877 e 1880 o sertão vive uma das maiores secas da história, dias de muito sofrimento para aquele povo, com doenças que avançavam com falta de chuvas. Cícero fazia vigílias e orações com pedidos para acabarem os dias de tormento e a escassez de água e comida e abonar o sofrimento daquele povo, ele prometeu erguer uma igreja ao sagrado coração caso a seca tivesse o fim. A fantasia apresenta um coração na altura do peito, com uma malha e penas nas cores marrons no peitoral. A coreografia apresenta uma vigília com os componentes se ajoelhando e pedindo aos céus que olhem por eles.

Ala 12: As beatas
Foram mulheres recrutadas por Cícero a ajudar ele em sua missão pastoral com o povo de Juazeiro. Temos na fantasia um manto na cor preta, da forma que cada uma delas usava em suas missões junto do Padim.

3° Carro: Transformação da capela em Igreja
Quando chega ao Juazeiro, Cícero começa a planejar a reforma da pequena capela de Nossa Senhora das Dores, que já estava deteriorada e a partir disso, em regime de mutirões, o povo é convocado a erguer a edificação, que se torna numa grande Igreja, foi um feito inimaginável para uma cidade pequena de um povo tão sofrido e sem nenhum auxílio oficial da Igreja. Era uma igreja com duas altas torres e três naves. A alegoria tem na frente à fachada da Igreja toda vazada, tendo do meio pra frente como tinham a construção, temos na altura dos telhados componentes vestidos como se fossem do povo com roupas simples chapéus de palhas sujos, colocando tenhas na alegoria. Na parte de traz da alegoria temos a imagem de Nossa Senhora das Dores, que foi diretamente trazida de Portugal. 
Destaque: Nossa Senhora das dores
Representando a graça que agora, Igreja que Cícero está a frente tem. A fantasia apresenta manto em cores azul, num cenário com plumas e penas brancas, e flores por todo redor.

Setor 4 | O milagre da hóstia – Por que Jesus deixaria a Europa pra fazer milagre no sertão?

O setor fala de toda a ocorrência que se deu durante o acontecimento do milagre da hóstia, diz se que a beata Maria de Araújo teria feito a hóstia sangra em sua boca e que tal sangue seria divino. Por conta do acontecido, após a investigação Cícero teve suas ordens suspensas por continuar a versar sobre o assunto, chegou até a ir a Roma recuperar seus direitos sacros porem, mas não obteve sucesso, quem acreditava na hipótese de embuste, dizia que jamais Jesus deixaria a Europa pra fazer milagre no sertão Brasileiro. 

                Ala 13 (baianas): A hóstia vira sangue na boca da beata
Quando da comunhão dada pelo Padre Cícero, a beata Maria de Araújo estranhamente começou a colocar sangue pela boca, o fato foi visto como um sinal dos céus era sangue de Cristo.  As senhoras baianas tem em sua fantasia, a cor preta, com plumagens brancas no costeiro e barra da saia tendo um relicário de Maria de Araujo na saia e uma listra vermelha por toda a fantasia.

Ala 14 (bateria): A medalhinha símbolo da crença do povo
O povo de Juazeiro e arredores tinham a crença de que o acontecimento coma beata Maria de Araujo era sinal dos senhores e Cícero era o interlocutor com as energias divinas. Lá pela região ficaram famosas as medalhinhas com a cara do Padim Ciço, já era visto pelo povo alguém que tinham algum pode a mais. As fantasias da bateria apresentam um macacão com varias medalhinhas costuradas cobrindo todo o pano, e um chapéu tal qual Cícero costumava usar.

Ala 15: O bispo mandou investigar
O bispo do Ceará, Dom Joaquim, não gostou nada da historia do Tal milagre, mandou que se investigasse, se era ou não verdadeiro os fenômenos que se ocorriam naquela cidade. A fantasia apresenta casula, mitra, como cíngulo na cintura. Roupas usadas por bispos.
Ala 16: O decreto: suspensão das ordens
Padre Cícero tem suas ordens suspensas, pois após duas investigações o Bispo não se convenceu e suspendeu as ordens de Cícero, o culpando por ele ter orquestrado todo o tal milagre.  A fantasia apresenta a cor branca com papeis em espuma no costeiro representando o decreto que suspendeu as ordens de Cícero, nas mãos uma caneta de tinta.
Tripé 1: A janela da casa do Padim
Após a suspensão de suas ordens Padre Cícero fala agora com o povo através de sua casa. O tripé apresenta uma rua e uma janela onde vemos Cícero pintado. Não temos componentes.
Ala 17 (Passistas): No rumo de Roma
Cícero embarca de navio do Recife com destino a Roma. A idéia é ir à busca de sua defesa e busca recuperar os direitos a sua ordem. A fantasia apresenta inspiração na bandeira de Roma tendo na fantasia um macacão cor de vinho com asas de águia no costeiro em dourado e uma tiara com cabeça de águia. Fantasia Unisex.
Ala 18: Encontro com o Papa Leão...
Cícero se encontra com o Papa Leão XIII num momento de êxtase pessoal, o santíssimo padre benzeu alguns crucifixos que Cícero daria Dom Joaquim, arcebispo do Ceará e Dom Manoel arcebispo de Olinda. Na fantasia temos na cabeça um solidéu branco, com uma bata branca e uma casula vermelha, palio no pescoço em branco e férula na mão. Tendo na altura do peitoral uma pintura de arte com a imagem de Leão XIII. 
4° Carro: O julgamento e a missa na Igreja de San Carlo al Corso
Cícero consegue e é julgado pelo santo oficio inquisidores lhe atendem e ele vai depor sobre todas as questões envolvendo o milagre da hóstia. Além de conseguir sua reconciliação ele reza uma missa na Igreja de San Carlo al Corso em Roma. Na alegoria em primeiro plano observamos uma mesa de tamanho grande com uma livros fazendo a saia do carro. Na parte de traz a fachada da Igreja de San Carlo al Corso.

Destaque: Santo Ambrosio e São Carlos
A Igreja de San carlo al Corso é em homenagem a Santo Ambrosio e São Carlos. A fantasia do destaque faz a referencia a traços dos dois Santos que tem na Igreja em que Cícero rezou a missa em solo romano.

Setor 5 |
Por outro caminho segue a missão de ajudar

Sem poder dirigir a paróquia do Juazeiro, Cícero através do respeito que emprega com o povo, povo esse que jamais o abandonou, e entra na política. Apóia a emancipação do município e se torna prefeito, trazendo pra cidade novas tecnologias e tendo o respeito até do temido Lampião.

Ala 19: Emancipação do Juazeiro
Padre Cícero teve o papel mais importante da revolução que emancipou o Juazeiro como município independente do Crato, através de discussões entre o povo, se via a necessidade de se haver tal fato, através de revoluções, boicotes houveram o fato consumado. A fantasia apresenta um estandarte com o brasão da cidade, tendo representações no adereço de cabeça representação do Jornal "o Rebate" que apoiou todo o movimento.

Ala 20: O prefeito Padim
Ao todo Cícero foi Prefeito de Juazeiro por mais 15 anos. Foram pelo menos 5 mandatos. E como marca, foi o primeiro prefeito do lugarejo que se transformou em município. Na fantasia temos uma malha na cor de chão de terra, a cor representa o povo, de quem Cícero era ligado durante seus governos, com a faixa de prefeito.

Ala 21: Entre os "coroné”
Cícero se  tornava figura frequente nas reuniões dos coronéis da região. A fantasia apresenta roupas de coronéis, chapéu casaco, botas calças.

Ala 22: Presentes ao Padim
Padim Ciço, costumeiramente ganhava presentes de seus fies mais endinheirados, fazendas, casas, terrenos ou mesmo dinheiro. Cícero chegou até ganhar um Boi de Delmiro Gouveia, que foi dito ser milagreiro. Na fantasia representações no adereço de cabeça do Boi mansinho, dito como milagreiro. Representação de terra, da mata e dinheiro por todo o corpo.

Ala 23: Artesãos
Haveria privilégio ao trabalho dos artesãos, uma terra onde já se tinham grades movimentações de romeiros atrás de uma bênção do Padim Ciço. A fantasia apresenta cor branca, tendo pincéis e ferramentas de escultores no esplendor. Nas mãos uma escultura de Padim Ciço, que eram sempre bem vendidas.

Tripé 2:  Ecologia sertaneja
Em seus discursos era frequente haver citações à ecologia, plantar árvores, não cortar as que já se tinham. O tripé apresenta arvores sendo plantadas e outras que já se tornaram grandes. Um componente faz encenação de plantar arvores.

Ala 24:  O tal do encontro com lampião
Diz-se sobre uma visita que Lampião fez ao Juazeiro teria encontrado o Padre Cícero durante sua estadia naquela Cidade. Há muitas versões sobre a tal visita. Mas a mais famosa é que Cícero teria dito pra Lampião se arrepender dos seus pecados e seguir uma vida digna. Temos a fantasia chapéu, com cantis amarados na cinta que traça o peitoral, fuzil nas mãos, lenço no pescoço camisa manga comprido e calça com, alpercatas, típica vestimenta de Virgulino.

5° Carro: Progresso de Juazeiro
O Juazeiro fazia seu progresso, coisas que pra época eram vistas como grandes calcamentos das ruas, automóveis circulando pela cidade, cinemas, trem e fabrica de relógios e até energia elétrica. O progresso da cidade foi todo conseguido com a assinatura do padre Cícero. A alegoria apresenta uma rua nas laterais e frente com poste que tem iluminação tendo a visão de geradores, automóveis e um trem. E na traseira vários relógios e uma visão de um telão que reproduz imagens da época. 

Destaque: A luz elétrica
Através do uso de energia elétrica se usava agora luz elétrica no lugar da lamparina. O destaque veste a roupas com lantejoulas em amarelo, tendo no esplendor a cor amarela nas plumas e pena além da representação de fios e cabeamentos elétricos. 
Setor 6 | Dolorosos dias

Cícero já não é mais o mesmo, teve seu poder reduzido quando sua foto é retirada da prefeitura, sua saúde que sempre se mostrou forte também começa a apresentar instável e assim ele parte para luz, luz essa que não é qualquer uma.  o céu que Cícero é recebido é um céu onde ele se vê, vê sua gente, sua terra, é um céu sertanejo.

Ala 25: A queda da foto oficial
Em 1932, é retira do prédio da prefeitura a foto oficial de Cícero, estaria ele sem nenhum vinculo com o poder da Região, era como se perdesse algum poder. A fantasia tem a foto de Cícero num quadro em forma oval, em dourado com uma malha preta e adereço de cabeça em plumagens brancas e douradas. 

Ala 26: Enfermidades
Cícero começa a sentir o peso da idade. Apresenta problemas nos olhos, catarata, suas aparições começam a serem menos vistas. A fantasia apresenta olhos, com tampões detalhes em dourado e cor de vinho.


Ala 27: A velha rede
Cícero jamais abandonou a rede de dormir, foi nela que passou sua vida e seus últimos momentos também. Nas fantasias temos no costeiro uma rede com adereço de cabeça em plumas cor de terra peitoral e calça em panos sujos.

Ala 28: Luto em Juazeiro
Em Juazeiro tem o luto, o Padim está morto, diz-se que faltou roupa preta na Cidade e até produtos para tingir panos ficaram em falta. A fantasia apresenta bata preta com detalhes em ouro.

Ala 29: O cortejo sertanejo (coreografada)
O sertão faz seu cortejo pra despedida do Padim, que no juazeiro foram mais de 80 mil pessoas que realizaram o cortejo dele. Roupas com motivos sertanejos. Vai pela avenida em filas pra despedida de Cícero

6° Carro: O Céu sertanejo
O Céu sertanejo em que Cícero é recebido, depois de ter cumprido sua missão terrena ele vai ao rumo dos céus e chegando lá se vê naquele espaço, é sertão do Padim lá, sua juazeiro, sua vida, seu povo sua família, seu nordeste. O carro é todo em preto e branco fazendo uma referência as xilogravuras, pinturas em madeira comum no nordeste, tendo cactos ao na traseira um Juazeiro, esculturas de anjinhos nordestinhos observando também temos escultura de anjos sertanejos, a saia do Carro temos livrinhos de cordel, referenciando o nordeste e as historia que Cícero deixou aos cordelistas. As esculturas centrais são de nordestinos que fazem a grande festa no céu sertanejo: Mestre Vitalino, Frei Damião, Luiz Gonzaga, Delmiro Gouveia e Ariano Suassuna. Trazemos essas grandes personalizes para saudar o Padim de forma a usar uma espécie de “licença poética”, pois se sabe que as datas de mortes de alguns são bem depois da data de morte do Padre Cícero, isso também é carnaval.
Destaque: O preto e branco de cultura popular
Representando as xilogravuras, a fantasia apresenta essa corres com visões dos povos nordestinos.
Setor 7 | Romaria a Padim Pade Ciço
Encerramos o desfile com a representação de uma romaria, das quais acontece no Juazeiro até hoje. Relembrando também a reconciliação de Cícero com a Igreja.
Ala 30: Reconciliação com a Igreja
A igreja se reconcilia com Padre Cícero e o perdoa pelos ditos pecados cometidos, quando dos milagres de Juazeiro. Na fantasia temos um pano branco com manga longa e cussifiquicos em dourado, na altura do ombro ferros em dourado com o adereço de cabeça em plumas brancas.

Ala 31: Orações
Orações ao Padim até após sua morte, através das orações se pedem graças se pede que o Padim olhe por aquele povo que ele jamais deixou, aqui relembramos duas orações que são mais proferidas na Igreja católica, o Pai Nosso e a Ave Maria. As fantasias apresentam uma coroa na cabeça em lembrança de Maria com relicário nos ombros de Jesus e uma cruz em espuma nas costas.


Ala 32 (compositores): Canções
Canções sobre o Padre Cícero embalam os romeiros, com zabumba, triângulo, sanfona a Romaria dele é animada. Na fantasia temos calça branca e chapéu panamá e camisa a estampa dos instrumentos que levam o povo no rumo de sua devoção.


Ala 33: Pedidos e Graças - ex votos
Chegam ao Juazeiro, muitos romeiros com pedidos de curas e outros que já ganharam suas graças. Temos na ala representação dos mais diversos objetos levados pelos romeiros ao Juazeiro, cabeça, pés, mãos, braços, pernas, para serem curados e terem suas bênçãos atendidas.


Ala 34: Romeiros
Romeiros que lotam as ruas de Juazeiro do Norte. Por lá á um verdadeiro roteiro pra se seguir em devoção ao Santo Padim pade Ciço. Desde a igreja de nossa senhora das dores, a casa em que morreu a estátua no Horto e a casa usada por ele como refúgio. Na fantasia temos a representação dos locais por onde os romeiros passam, no chapéu a referência a Igreja de Nossa Senhora das dores, no peito a igreja do Perpétuo Socorro. As casas de Cícero nos ombros.


Ala 35: Viva Padim Ciço!
O “viva Padim Ciço" é a frase mais entoada por aquelas bandas, sinal das homenagens que recebe esse dito Santo pelo povo. Ninguém que vai até Juazeiro com o Intuito de pedir bênçãos, nega que ele que está lá no Horto é um Santo. Sem qualquer necessidade de formalidades quanto a Igreja. Na fantasia a foto do Padre em pintura de arte numa bata branca, chapelão e o cajado. Afinal Cícero é e está vivo em cada um dos seus fiéis.


7° Carro: No alto do Horto o altar do Santo do povo
O altar é um local sagrado, e local sagrado no Juazeiro é no morro do Horto, onde está localizada a estátua do Padre Cícero com 27 metros de altura feita em 1969. Ali é o altar de todo povo nordestino devoto do Padim Ciço. Na alegoria temos no centro a estátua do Padre Cícero com escadarias nos lados e frente onde trazemos um grupo com coreografias em homenageado o Padre como uso de chapéus de palha, tendo também velas com luz artificiais, toda a sai do carro é revertida em fitinhas que comumente são encontradas no Juazeiro com inscrição: Lembrança do Padre Cícero O carro joga pétalas de rosas brancas.

Destaque: A luz ao Padim
Representando a luz das velas acesas em fé e devoção ao Padim Ciço.  Tem cor branca e amarela.







































































































































































































































































































































































Observações

•          As imagens são meras ilustrações do que foi dito nos trechos que estão acima delas.
•          As imagens foram todas coletadas na internet.
•          As cores citadas na descrição de fantasias e alegorias são totalmente livres, podendo ela ser mudada por uma pessoa que entenda melhor do trabalho plástico que o carnaval tem, sintam-se livres para imaginar as alas e alegorias como desejarem, ou se quiser levar em consideração a imaginação que eu tive, porém lhes digo que sou leigo no assunto plástico do carnaval.


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