Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!

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sábado, 6 de maio de 2017

J7 - Justificativas - Wallace Paiva

1131  Chapecoense, tu és sempre Chapecó
Quesito
Nota
Justificativa
Título
10,0

Bela sacada a utilização de um verso do hino da Chapecoense para homenagear o povo (chapecoense) e o time (Chapecoense)

Apresentação
9,9

Alguns erros de ortografia (do tipo “Sinópse”) não comprometem a apresentação da proposta. Entretanto, a estrutura das frases pode ser revisada de modo a não truncar a leitura, agregando assuntos em um mesmo parágrafo (coordenação de ideias).

Introdução
9,9

Texto bastante objetivo e claro quanto à proposta, enumerando os temas abordados no enredo. Poderia ter aplicado um pouco mais de emoção à apresentação, não apenas citando os assuntos. A primeira frase, embora adequada à essa pegada emotiva, soa deslocada e poderia ter melhor efeito se utilizada como uma “conclusão” da introdução, uma ênfase aos valores defendidos.

Argumento (Sinopse)

9,7

Uma boa abordagem do enredo, para que se tome conhecimento da proposta e que se inspire a ala de compositores. A utilização de versos de forma destacada ajuda a romantizar a apresentação. Como pontos de atenção, podem-se destacar:
(1)    A acentuação indevida do nome da seção (Sinópse);
(2)    A utilização de algumas expressões de forma repetida mas muito genéricas (“terra disputada entre estados e países”, “território que dividiu estados e países”), dando-se a entender que seja fato relevante, mas sem situar a informação. O “dualismo mitológico” também é citado de forma muito genérica;
(3)    A utilização de parágrafos com uma frase só deixa o ritmo truncado, embora não comprometa o entendimento das ideias;
(4)    Falta alguma clareza no trecho em que se afirma que “Chapecó que, durante o governo Vargas, foi base para a guerra do Paraguai”;
(5)    A utilização de expressões heroicas e romantizadas valoriza o texto, mas corre o risco de influenciar e direcionar os sambas.

Desenvolvimento (Roteiro)
9,7

Enredo bem roteirizado, com uma apresentação bem clássica de enredo CEP/homenagem. A explanação dos conceitos abordados nas alegorias e fantasias é bem interessante. Os senões ficam por conta da descrição um tanto vaga das fantasias, o que não agrega ao entendimento, e a utilização de ilustrações apenas para apresentar as musas, também não agregando ao roteiro propriamente dito.
Exploração Temática
9,5

Em se tratando de enredo CEP/homenagem, a abordagem é bem clássica (correta) e abrange os setores tradicionais de formação histórica, social e econômica da região. Um belo setor inicial de tradição Kaingang e um setor emocionante de homenagem à Chapecoense.

Conjunto Artístico
9,4

Um enredo correto, em concepção e execução (desenvolvimento). Não prima por originalidade na abordagem mas, embora tenha a configuração clássica de enredo homenagem, a proposta consegue trazer à tona informações desconhecidas até então. Isso valoriza a função da escola de samba, e faz uma justa homenagem ao time da Chapecoense, buscando em suas referências e tradições a paixão de um povo, o que encerra a apresentação com uma clara mensagem de solidariedade e esperança.



1132  As Reviravoltas do Medo
Quesito
Nota
Justificativa

Título
9,9

O termo “reviravoltas”, assim, no plural, sugere um encadeamento de circunstâncias não previstas, ao passo que o enredo tem uma apresentação linear de “superações” até a conversão de Caronte.

Apresentação
9,8

Os senões da apresentação ficam por conta da utilização de fonte 14 em algumas seções, erros de ortografia (por exemplo, “pensam que mimenganam”, “não sei aonde é isso”) e construção de frases com economia de pontuação.

Introdução
9,7

Em se tratando de um tema abstrato, a introdução poderia ter uma estrutura mais objetiva, para situar e vender a proposta. O trecho que apresenta o confronto entre “medos” e “fobias” poderia ser tomado como a introdução da ideia do enredo, de modo a partir do senso comum para os esclarecimentos e superações que o enredo propõe.

Argumento (Sinopse)
9,0

O tema é denso e a sinopse é correta em sua defesa. Entretanto, pesa em algumas frases de construção mais longa. A menção a setores do desfile até ajuda a estruturar as ideias, mas ainda assim peca por certa abstração em muitas das colocações. Fica difícil realizar em imagens o que se pretende objetivamente com certas passagens do enredo (vide o caso das “políticas vergonhosas” e os “opressores da natureza”), de associação mais confusa com “medo”.

Desenvolvimento (Roteiro)
9,1

Divisão original de setores para um enredo original que, entretanto, não resolve bem a conexão das alas e das alegorias com a proposta de “medo” e de “superação do medo”. Correta em sua forma, mas confusa na defesa das informações. Acredito que pese a subjetividade da interpretação: há muitas metáforas associadas. Pesa também a adoção de um personagem mais associado à Morte e a roteirização de passagens não muito claras em relação ao tema principal.

Exploração Temática
9,0

Não fica clara a opção por certas escolhas na representação dos sub-temas: por que certas guerras (Troia, Guerras Púnicas) foram escolhidas para serem carnavalizadas em detrimento de outras? A proposta não deixa claro em que aspecto pesam e/ou tem significado em relação ao “medo”. A propósito, a exposição do medo deixa de ser fio condutor em vários momentos – ou pelo menos o enredo não explicita a relação. Vide caso do tripé do Muro de Berlim e a alegoria dos Vilões da História. Onde estão o medo e/ou a reviravolta, na mensagem? O texto não trabalha essa questão com clareza.

As mesmas considerações podem ser feitas às escolhas e às mensagens de medo referentes aos “flagelos da história brasileira” e aos marcos da “política vergonhosa”. O setor de “opressores da Natureza” também não tem clara conexão com os medos.

Conjunto Artístico
9,1

O enredo é original, em concepção e apresentação, com forte peso autoral e isso merece elogios. Entretanto, como toda criação conceitual e abstrata, demanda clareza de recorte e fio condutor para que se possa apreender a proposta do carnavalesco. Algo se perde na apresentação das “inglórias do passado”, nos “flagelos brasileiros” e na “política vergonhosa”, em que a proposta do “medo” parece suplantada por outras passagens. A “conversão” de Caronte soa interessante, a princípio, mas merece uma melhor resolução em termos de proposta, dado tratar-se de um personagem mais próximo à Morte que ao Medo propriamente dito.




1133  Amazônidas: uma vida em comunhão com a floresta
Quesito
Nota
Justificativa
Título
10,0

Apresentação
9,8

Uma boa diagramação do texto, porém pecando pela utilização de um tamanho de fonte exagerado (deveria ser 11 ou 12) e de cores de fonte que podem causar certo cansaço visual (verde e azul sobre um fundo cinza) e alguns problemas com pontuação truncada (utilização indevida de vírgulas e pontos, causando prejuízo ao ritmo do texto).

Tome-se como exemplo um parágrafo da introdução, que diz:
Este enredo e tem como objetivo através da figura do pescador, do coletor e do benzedor. Homenagear todos os caboclos que vivem na Amazônia, caboclos esses que sobrevivem apenas com o que a natureza oferece”. Entre “benzedor” (parte do sujeito) e “homenagear” (predicado) não deveria haver um ponto.

Algumas expressões utilizadas só são esclarecidas nas Observações. Seria interessante utilizar algum sinal gráfico (asterisco, numeração, etc.) que identificasse a apresentação desses conceitos mais a frente, não demandando “pesquisa” do leitor para se localizar/entender o texto.

Introdução
9,8

A utilização de versos da Utopia Cabocla, do Boi Caprichoso, valoriza a apresentação da ideia, dando o tom da homenagem. Entretanto, deveria ter sido feito de forma destacada do texto (em itálico, centralizado, fonte de tamanho diferente, por exemplo), com ênfase à autoria (o que acaba hoje restrito a um dos tópicos das Observações). De qualquer forma, a introdução é bem objetiva e clara quanto ao que se pretende com o enredo.

Argumento (Sinopse)
9,8

Uma sinopse curta não deixa de ter seu valor pela clareza da informação. Não confunde, explica. Entretanto, há um pecado na defesa do argumento ao se optar por simplesmente citar os caboclos que compõem os “amazônidas” e suas atividades. Seria possível valorizar o enredo ao apresentar uma maior conexão entre os personagens e a ideia de “uma vida em comunhão com a floresta” além da mera explanação de suas atividades. Daria poesia e força ao tema.

Desenvolvimento (Roteiro)
9,1

Vale destacar que o enredista escolheu imagens muito significativas para a abertura (morada cabocla) e o encerramento (samaumeira), que compõem elementos fortes da mensagem pretendida de comunhão com a natureza. As alas também apresentam de forma direta personagens e conceitos da floresta. Entretanto, o roteiro poderia valorizar os personagens caboclos dedicando a cada um deles (Pescador, Coletor, Benzedor) um setor do desfile e uma alegoria, dada a riqueza potencial amazônica. Sempre rendem em termos de informação e visual. Um ajuste propício na forma e na dimensão na apresentação, visto que boa parte da informação já se encontra diluída nas alas que hoje compõem apenas um setor. Todo esse potencial poderia ser multiplicado e valorizado explorando em diferentes alas os temas condensados em algumas alas/fantasias. Por exemplo, a “fartura dos rios” (pirarucu, tucunaré, água) e os “mistérios dos rios” (Cobra Honorato, Yara, Boto).

Exploração Temática
9,4

Cumpre bem o papel de exploração do tema do caboclo amazonense. Todos os elementos mais significativos dos personagens estão representados e dão o tom da homenagem. Soa interessante deixar de focar na floresta para destacar aqueles que vivem em comunhão. O senão fica por conta de (1) os caboclos serem representados em um setor só e (2) algumas informações estarem “espremidas” em algumas alas apenas, como a fartura e os mistérios dos rios.

Conjunto Artístico
9,2

Embora a Amazônia tenha passado tantas vezes pela avenida, trata-se de uma mensagem de comunhão com a natureza muito oportuna. Imagens selecionadas para apresentação dos caboclos também muito felizes, com alas muito representativas das informações pretendidas. Uma expansão dos setores – e consequentemente de alas e alegorias – daria maior substância ao conjunto.



1134  Os pecados aos olhos dos anjos, num voo negro ao encontro da Goianos
Quesito
Nota
Justificativa
Título
10,0

Apresentação
9,7

Não contribuem para a leitura, ocasionando os descontos:

(1)    Escolha de um tipo de fonte mais rebuscado (Forte) e com um tamanho que soa exagerado (melhor seria tamanho 11 ou 12, no máximo);
(2)    Utilização de frases longas (com abuso de vírgulas e economia de pontos);
(3)    Formatação toda à esquerda (onde o texto deveria ser justificado).
(4)    Alguns erros de ortografia (“viajem”, “saímos a procura”, ...), demandando uma revisão.

Uma ressalva à utilização das ilustrações: embora tornem o documento pesado, apresentam e sintetizam muito bem os pecados abordados nos setores, o que acaba agregando ao formato escolhido.

Introdução
9,9

Uma introdução que não economiza em objetividade ao apresentar o tema, sem rodeios. Poderia valorizar a proposta da “viagem” e dar um pouco de clareza – seria ironia?! – à passagem que emenda a “ótima viagem” com a ressalva de “ou quase isso”. Seria algo a se considerar na leitura do enredo ou apenas força de expressão?
Argumento (Sinopse)
9,7

Sinopse bem completa ao apresentar o tema e todas as abordagens pretendidas. O senão fica por conta da opção por um texto de frases curtas e entrecortadas, como numa estrutura de versos – seria essa a intenção?! – e pela mera citação das passagens que serão abordadas em cada pecado. Poderia valorizar com uma apresentação mais condensada de cada pecado/virtude, até deixando claro por que em alguns casos os pecados são contrapostos a exemplos de virtudes e em outros, não.

Desenvolvimento (Roteiro)
9,7

Os setores são bem claros em suas associações a cada um dos pecados capitais, escolhendo anjos que os representem e apresentem personagens e passagens, conforme defendido em sinopse. O setor da “Preguiça”, entretanto, destoa dos demais, ao deixar de lado a apresentação de personagens preguiçosos para focar em passagens de combate à preguiça.

Algumas alas carecem de clareza de proposta. Por exemplo, as “Almas Perdidas”, em que o texto amarra cada pecado ao seu castigo. O resultado final da fantasia não parece carnavalizar tantas informações.

Exploração Temática
9,6

Dentre os senões de exploração do tema, pode-se destacar que o setor referente a cada pecado utiliza algumas referências para representar os pecados, mas não fica muito claro qual o critério (ora mitológico, ora histórico) para o “fio condutor” da apresentação. Acabam sendo “pontos fora da curva” a abordagem dos “antídotos” para a Preguiça e das “virtudes” que se contrapõem à Gula. Nesses dois casos, os personagens pecadores não são a mola-mestra da apresentação – o que quebra a narrativa do enredo.

Um outro ponto que não fica bem resolvido no tema é a exploração do Orgulho. Enquanto pecado, deveria ser interpretado como a soberba avessa à humildade, ao passo que se apresenta como a satisfação, o prazer e a honra defendida com paixão pelo componente da Goianos. Ou seja, aqui também temos uma quebra de narrativa, misturando os dois sentidos do orgulho. Acho válido o encerramento com louvor à escola e aos seus componentes, mas o setor precisa ser melhor resolvido em termos de concepção.

Conjunto Artístico

9,4


Embora Os Sete Pecados Capitais não sejam um tema inédito, o enredista buscou uma abordagem original com a apresentação dos Anjos e a associação a uma “viagem” dos componentes. A escolha de passagens/personagens representativos de cada pecado ajuda a contar a história, mas com o senão já destacado de não manter uma abordagem linear para os pecados (alguns utilizam personagens, outros citam virtudes, outros ainda tratam de “antídotos” aos pecados), o que demanda algumas mudanças de ponto de vista ao longo do desenvolvimento.



1135  Um Shakespeare bem brasileiro - Sonho de uma noite de verão no Rio de Janeiro
Quesito
Nota
Justificativa
Título
10,0

Apresentação
9,9

Uma proposta muito bem apresentada e formatada, com destaque às ilustrações e aos blocos de cores diferenciadas na delimitação dos setores. Resolvem bem as “quebras”.

Os pequenos senões são referentes ao tamanho da fonte (ideal que seja no máximo 11 ou 12) e à utilização de fonte mais rebuscada (Old English) que, embora seja feliz na referência à Inglaterra shakespeariana, dificulta um pouco a leitura.

Introdução
9,9

Texto pontua corretamente o paralelo entre a obra original e sua transposição ao Rio de Janeiro e ao Carnaval. Peca apenas por condensar as ideias todas em um único e extenso parágrafo, o que pesa a definição e interpretação das ideias. Uma pequena revisão de modo a dispor as mensagens em dois ou três parágrafos deve valorizar a proposta.

Argumento (Sinopse)
10,0

Embora “perigosa” pela estrutura de versos, que podem pesar na interpretação e na referência dos compositores, não deixa de ser um “achado” no que tange ao estilo “declamado” do teatro inglês que inspira a obra. Destaque para a completude da abrangência.

Desenvolvimento (Roteiro)
10,0

Setores bem divididos, desenvolvidos e defendidos pela proposta de transposição do Sonho de Uma Noite de Verão para o Carnaval Carioca.

Exploração Temática
10,0

Uma abordagem de transposição de uma das grandes obras da dramaturgia universal para o universo lúdico do Carnaval carioca executada de forma competente, respeitando os grandes símbolos dessa festa. Parabéns!

Conjunto Artístico
10,0

Destaque para a originalidade da proposta e pela competência da concepção à realização das ideias em alas e alegorias.



1136  A Lenda de Dido
Quesito
Nota
Justificativa
Título
10,0

Apresentação
10,0

Muito correta a escolha da fonte (tipo, cores e tamanhos) e muito feliz a diagramação do texto, todo justificado, e com a correta distribuição de imagens (sempre à esquerda) e textos (sempre à direita), sem quebras visuais. Parabéns!

Introdução
10,0

O enredo é deveras original e a introdução defende muito bem a proposta.

Argumento (Sinopse)
9,9

Uma sinopse muito bem contada e estruturada, apresentando a trajetória de Dido. Um pequeno “senão” pela extensão e pela opção de se ater ao encadeamento dos fatos, em que falta um pouco de lirismo ao argumento.

Desenvolvimento (Roteiro)
10,0

A opção pela apresentação de cenários e personagens delineados pela cronologia dos fatos funciona muito bem e adequada à proposta de narrativa da lenda.
Exploração Temática
10,0

Os ícones da mitologia, da geografia e da tradição sócio-histórica e econômica da região estão todos representados no enredo, feliz pela abordagem linear – aqui, necessária ao entendimento da lenda.

Conjunto Artístico
10,0

Que enredo original! Uma visita à mitologia por um viés (motivação) de apresentação de problema, contando, claro, com todos os bons ingredientes de uma lenda com toques de romance. Muito bom!



1137  O Rei das Aquarelas em Terras Soberanas
Quesito
Nota
Justificativa
Título
10,0

Apresentação
9,8

Alguns erros de ortografia (tais como “musica” e “publico” sem acentuação, “mangueira” sem inicial maiúscula) e de concordância (do tipo “”) mais a opção pela formatação do texto todo à esquerda (quando deveria ser justificado) demandam alguma revisão para adequação do documento. Merecem um check também as construções de frases extensas, com muitas vírgulas onde se poderiam criar pausas com pontuações.

Introdução
9,8

A introdução peca ao focar os temas “obra” e “música” de forma afetiva embora o desenvolvimento do enredo (primeiro setor, por exemplo, dedicado às suas origens e paixões, o setor das premiações, o setor da voz negra) aborde outros aspectos de sua vida e carreira. Demanda ajuste nas referências para adequação, coerência e completude.

Argumento (Sinopse)
9,4

Embora toque em todos os pontos que serão abordados no desenvolvimento do enredo e seja “coerente” com a obra do homenageado, a estrutura da sinopse em versos – e com alguns trechos de obras conhecidas - acaba por limitar a abordagem com alguns “recortes” dos assuntos que podem pesar e influenciar os compositores. A “coincidência” da estrutura de versos com as músicas do cantor nesse caso não colabora para enriquecer a sinopse. Um ponto a se observar.

Desenvolvimento (Roteiro)
9,7

Uma proposta interessante abordar a vida, as referências e a obra musical do homenageado sem se ater à cronologia dos fatos. Essa narrativa permite lançar um olhar diferenciado sobre seus valores e suas influências. Os sucessos e a participação em trilhas de novelas, bem como as gravações das Aquarelas, devem render fácil identificação do público. Há que se observar e adequar a coesão entre o que é apresentado na introdução do enredo, na sinopse e no desenvolvimento (roteiro).

Exploração Temática
9,7

Homenagem explorada de forma original ao não se apegar à cronologia dos acontecimentos e, sim, abordar aspectos de vida e obra do cantor. Um ponto a se observar diz respeito a “defender” por que algumas músicas merecem referência nos setores de sucessos, trilhas sonoras e aquarelas e outras não. Um roteiro com mais clareza nessa amarração tende a ter mais substância.

Conjunto Artístico
9,4

Um enredo de homenagem, justa, a um grande intérprete da música brasileira. Merece todo mérito por  não ser linear/cronológico, o que permite abordar tons diferenciados de seus sucessos e suas influências. Interessante o encerramento com a voz da negritude.




1138  Os Tons de Zé
Quesito
Nota
Justificativa
Título
10,0

Apresentação
9,9

A apresentação da proposta demanda alguns ajustes no que diz respeito à utilização de fontes em cores diferenciadas (podendo causar alguma limitação ou desconforto na leitura, por falta de contraste), alguns trechos com fonte em tamanho exagerado (15) e alguns erros de ortografia (tais como “sinópse”, “detrás”) e concordância (tais como “estará alguns jegues”).

Introdução
9,9

A introdução aborda corretamente os aspectos (tons) de Zé que serão enredo da escola, mas peca ao iniciar sua apresentação com uma extensa lista de referências à Bahia para só depois chegar ao homenageado. Num primeiro contato, tem-se a impressão de que será mais um enredo baiano, para logo depois se chegar à conclusão de que a abordagem será focada em Tom Zé.

Argumento (Sinopse)
10,0

Na tendência de uma sinopse “versada” e “cantada”, o enredo periga “pesar” na influência aos compositores pelas imagens sugeridas, mas escapa de ser penalizado pela abordagem completa e competente do que pretende expor na avenida.

Desenvolvimento (Roteiro)
9,7

Divisão correta e interessante dos setores, focados na produção, na irreverência, na capacidade e na inovação do artista. Traçam um belo painel de suas influências e de suas composições. As ilustrações ajudam a enriquecer o que está sendo apresentado.

Como ponto de melhoria, fica a sugestão de “enxugar” a apresentação das alas, de modo a focar e explicitar a abordagem e o que se pretende defender, sobretudo nas alas mais conceituais, relacionadas às propostas do artista. Algumas citações também “pesam” na leitura do roteiro. Vide apresentação de “Nave Maria”.

Exploração Temática
10,0

Original a abordagem das influências e das produções de um artista multifacetado. Bem abrangente e bem completa.

Conjunto Artístico
9,7

Homenagem a um artista diferenciado com uma abordagem interessante. No conjunto, basta resolver a defesa da escolha de algumas passagens para representação em alas e alegorias, com mais objetividade para destacar a relevância dos personagens e acontecimentos.




1139  A aventura tropical do português que se tornou um tupinambá
Quesito
Nota
Justificativa
Título
9,9

A referência à “aventura tropical” de Caramuru torna o título restrito e exclui passagens abordadas pelo enredo na França de Cartier, por exemplo.

Apresentação
9,8

Ponto de atenção para a utilização de cores que podem dificultar leitura (por falta de contraste) e a diagramação do texto, alinhado à esquerda (quando deveria ser justificado) e na construção de frases muito longas (com economia de pontuação), o que atrapalha a apresentação das ideias.

Introdução
9,8

A introdução acerta ao deixar claro o foco na aventura de seu personagem a partir da chegada ao Brasil. Entretanto, demanda algum ajuste a construção do primeiro parágrafo, em que todas as ideias são lançadas em uma única frase.

Argumento (Sinopse)
9,4

Focada em apresentar e encadear os fatos que compõem a “aventura tropical” do Caramuru, a sinopse abre mão de certo lirismo, o que esfria as intenções do autor.

Desenvolvimento (Roteiro)
9,4

Divisão clássica de setores, apresenta corretamente o enredo. Destaque para a abertura com a exuberância tropical”, a passagem pela França e o encerramento focado no regresso ao Brasil, amarrando as pontas dessa homenagem. Não há grandes momentos de criatividade na roteirização, optando-se pela estrutura linear das aventuras. Há que se resolver o conflito entre o título que se refere a uma aventura tropical e o roteiro que estende essa aventura também por terras europeias.

Exploração Temática
10,0

Uma abordagem correta para um enredo clássico / histórico.

Conjunto Artístico
9,4

Enredos que envolvem personagens históricos podem se valorizar ao render belos resgates de passagens pitorescas, como Caramuru e os tupinambás na França de Cartier. Um ponto de destaque numa abordagem correta, sem grandes riscos ou maiores apostas em soluções estéticas e de roteiro.




1140  Ecoa a alucinógena voz do Samba sob a guia de Iboga – O místico poder de um espírito africano
Quesito
Nota
Justificativa
Título
10,0

Apresentação
10,0

Alguns pequenos erros de ortografia (do tipo “trás” em vez de “traz”) demandam uma revisão do texto (acabamento), mas não comprometem sua qualidade. Destaque para a inserção de um glossário de termos africanos utilizados, que pode ser melhor aproveitado caso se utilizem alguns sinais gráficos (asterisco, numeração, etc.) que “amarrem” as referências aos respectivos significados.

Introdução
10,0

Uma bela apresentação da motivação, do recorte e do fio condutor do enredo. Claro, objetivo, sem rodeios.

Argumento (Sinopse)
10,0

Sinopse componente, ao apresentar de forma clara as passagens referentes a um tema desconhecido do leitor e/ou público-alvo da apresentação.

Desenvolvimento (Roteiro)
9,7

Em se tratando da apresentação de conceitos novos, a divisão dos setores se mostra adequada. Merece alguma revisão a apresentação das fantasias que identificam as alas. Mesmo em se tratando de uma abordagem psicodélica, é preciso trabalhar a clareza das informações. Purificação, coma, transe não são conceitos de fácil carnavalização e interpretação. Acaba pesando uma boa dose de subjetividade e isso pode dispersar a atenção dos mais leigos ou não afeitos a temas de africanidade.

Exploração Temática
10,0

A proposta alucinógena e psicodélica dessa viagem do Samba por situações místicas soa bem explorada em seu potencial criativo e de raízes africanas tão caras ao mundo do Carnaval.

Conjunto Artístico
9,7

Temas que exaltem as raízes ancestrais africanas são sempre muito bem-vindos. Fazem jus a um papel histórico de resgate da Escolas de Samba e apresentam temas/personagens até então desconhecidos do grande público (não especialista). O peso subjetivo da carnavalização de alguns temas afeta a interpretação e o entendimento do mesmo, mas não desmerece a originalidade da criação, da concepção à realização.




1141  Enawenê-Nawê, Homens Espíritos
Quesito
Nota
Justificativa
Título
10,0

Apresentação
10,0

Uma proposta muito bem concebida e estruturada em sua forma, facilitando a leitura.

Introdução
9,9

Uma introdução um tanto “econômica” para um grande enredo. Poderia estender a exposição dos temas que serão abordados, aqui resumidos a “toda sua estrutura de vida que está diretamente ligada a espiritualidade e cosmologia”.

Argumento (Sinopse)
10,0

Feliz a opção pela apresentação em primeira pessoa, o que incorpora o componente a vivenciar a homenagem e defender o samba.

Desenvolvimento (Roteiro)
10,0

Roteiro bem estruturado em termos de apresentação dos conceitos envolvidos em toda a mística indígena. Todo o desenvolvimento é defendido de forma muito robusta, com riqueza de detalhes e com imagens e metáforas muito significativas e muito bem realizadas.

A riqueza da mística Enawenê-Nawê rende momentos abordados com muita criatividade, como o mito da origem e a libertação por um pica-pau.

Exploração Temática
10,0

Conjunto Artístico
10,0
Um enredo muito bem concebido e realizado, à altura da cultura homenageada. Soluções muito criativas em todos os setores.




1142  O beijo – História, sentimentos e carnaval!
Quesito
Nota
Justificativa
Título
10,0

Apresentação
9,7

Uma boa diagramação da proposta, sobretudo na apresentação do roteiro. As ressalvas ficam por conta das variações na escolha dos tipos de fonte (Arial Black, Comic Sans, Arial) para os textos, a utilização do alinhamento à esquerda (deveria ser justificado), frases com pontuação inadequada e erros de ortografia e concordância (tipo “emoções envolvida”, “evidências mais antiga” e “citações mais antiga”).

Introdução
9,9

Correta a apresentação do enredo, ao explicitar a abordagem de “histórias”, “sentimentos” e “Carnaval”. Demanda ajuste na construção das frases, em relação à pontuação e repetição de termos (no terceiro parágrafo, por exemplo, “sentimentos” são citados na conclusão sem necessidade, gerando redundância nas colocações). Questão de adequar o ritmo e o encadeamento das ideias, para vender melhor a proposta.

Argumento (Sinopse)
9,7

Sinopse bem completa ao apresentar o tema e todas as abordagens pretendidas. O senão fica por conta da opção por um texto de frases curtas e entrecortadas, como numa estrutura de versos – seria essa a intenção?! Destaque para as intervenções “engraçadinhas” ao longo do texto, que tornam a abordagem irreverente como o tema pede.

Desenvolvimento (Roteiro)
10,0



Exploração Temática
9,8

As “histórias” e os “sentimentos” associados ao ato de beijar foram bem explorados no enredo. Não ficou bem resolvida a associação do beijo ao Carnaval, em que se destacaram os diversos carnavais do Brasil.

Conjunto Artístico
9,7

Um enredo irreverente, mesclando busca por origens históricas e místicas do beijo, mais as associações dos mais diversos significados. Uma proposta bem carnavalizada. Um ponto a ser melhor resolvido diz respeito ao setor do beijo no Carnaval, em que o Carnaval passou a ter maior representatividade que o beijo em si.



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