Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!

Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!
Gostou de uma ideia, Clique na lâmpada e leia a nossa recomendação!

sexta-feira, 10 de março de 2017

HC1125 - TEREZA DE BENGUELA - Viradouro 1994



Tereza de Benguela (Uma rainha negra no pantanal)
Enredo de Joãozinho Trinta - texto original - adaptado para apresentação e estudo no Concurso de Enredos. 

Toda a concepção e elaboração do enredo “TEREZA DE BENGUELA – UMA RAINHA NEGRA NO PANTANAL” foi realizada sob o enfoque da loucura que aconteceu com esta mulher ao ver a destruição do Quilombo Quariterê que ela fundou. Nesse plano de alucinação a realidade desaparece, os limites perdem suas dimensões, permitindo o mais amplo imaginário. Todas as gamas de criatividade acontecem, sons, formas e cores disparam fugindo de parâmetros reais, buscando recriar uma visão onírica desejada.
          O compromisso com o real fica livre, restando apenas algumas referências como pontos de lembranças ardentemente sublimadas.  E através destas infinitas dimensões esperamos embarcar, convidando a todos, principalmente aos juízes, para esta louca viagem de 80 minutos. Escutaremos uma viola na Pérsia  Milenar. 8.000 anos a.C. e, sem perceber, vamos passar pela Mongólia, Europa Medieval. Rápido estaremos entre jacarés prateados num pantanal de muitos espantos e êxtases. Vamos relaxar e aproveitar.




Histórico:
Pantanal!
          Fantástico espetáculo da natureza!
          Entre cantos de pássaros ressoam os acordes da folclórica VIOLA DE COCHO evocando, ela mesma, as suas origens, na letra do samba-enredo da Unidos da Viradouro:

“Amor, amor, amor...
 Sou a viola de cocho dolente
 Vim da Pérsia, no Oriente
 Para chegar ao Pantanal
 Pela Mongólia eu passei
 Atravessei a Europa medieval”.
          E a pesquisa relata a vinda de desta viola para a região de Mato Grosso, trazida por espanhóis e portugueses. É considerada o único “alaúde” brasileiro, dedilhada por caboclos ela continua cantando:
“Nos meus acordes vou contar
 A saga de Tereza de Benguela”
          Sim! Esta é a verdadeira saga de uma princesa africana nascida em Benguela – nação de Angola. Trazida para o Brasil, como escrava, foi levada para Vila-Bela de Santíssima Trindade, primeira capital do Estado de Mato Grosso. Mesmo humilhada e maltratada, todos os outros escravos respeitavam esta mulher de estirpe nobre que é então coroada como:
“Uma rainha africana
 Escravizada em Vila Bela”.
          Era o século XVIII – 1741. A busca do ouro e a demarcação de terras levaram portugueses e espanhóis até o Pantanal – região vizinha ao antigo Império Inca.
          Depois da sofrida travessia nos navios negreiros, os escravos ainda enfrentavam as longas caminhadas e os rigores da mineração.
“O ciclo do ouro iniciava
No cativeiro, sofrimento e agonia
A rebeldia, acendeu a chama da liberdade
No Quilombo, o sonho de felicidade”.
          Esta revolta aconteceu quando houve a mudança da capital de Vila-Bela para a atual Cuiabá. Tereza de Benguela lidera a fuga e mais ao norte funda o famoso “Quilombo do Quariterê”:
“Ilê Ayê, Ara Ayê Ilu Ayê
 Um grito forte ecoou
 A esperança, no quariterê
 O negro abraçou”.
          E, rainha – Tereza de Benguela governou através de um parlamento. Mulher de larga visão, ela protege, também, as etnias dos índios, dos mestiços chamados “caburés”, dos brancos revoltados e, até os descendentes dos antigos povos pré-colombianos fundadores do Império Inca. Na mistura das raças, a rainha traçava o perfil do verdadeiro brasileiro.
          Ela respeitava as culturas próprias de cada um, desenvolveu o artesanato e o folclore de cada etnia. E, sobretudo, trabalhou com a terra, somando a sabedoria africana com os conhecimentos dos índios e mestiços. Ela implantou uma agricultura com saberes milenares. E houve uma grande fartura trazendo alegria para todos. Os corpos alimentados podiam alimentar, agora, suas almas e espíritos com a dança, a música e todas as expressões de artes populares – sacras e profanas. O trabalho perfeito desta mulher serve para o Brasil atual. Ela é um exemplo de modernidade. Sua visão holística, intuitiva portanto, implantou no quilombo do Quariterê os mesmos alicerces que ergueram todas as civilizações, ou seja, as culturas. Cultura da alimentação e cultura das artes. Merda não é cultura mas o estrume é. Cultura é tudo aquilo que o homem pode desenvolver e aproveitar. Assim aconteceu e acontece com todos os povos civilizados. E a desgraça do Brasil é exatamente o abandono de culturas riquíssimas. Começando com o desprezo das fartas terras.
          A falta de uma política agrícola para fixar o homem em suas regiões provoca o êxodo para as grandes cidades na ilusão de um progresso industrial caótico e com péssimos exemplos como a compra de usinas atômicas obsoletas que nunca funcionaram e criaram uma dívida externa absurda, paga com o sacrifício do povo.
          O abandono do campo, além das mortes pela desnutrição e doenças, empurra os homens, famílias inteiras para as capitais onde são criados bolsões de misérias como as favelas, as baixadas, palafitas gerando um sub-mundo de violências. E é daí que surge a criança abandonada, prostituída e sacrificada diretamente pelo envolvimento com o tóxico manipulado por forças poderosas, incluindo as altas elites deste país. Estas forças malignas  são capazes de destruir qualquer projeto honesto e bem estruturado. E a arma principal é a difamação facilitada por uma imprensa sensacionalista. Mas, no seu devido tempo todas as coisas serão esclarecidas. Portanto, mesmo na brincadeira do carnaval é preciso fazer alguma coisa para dissipar o caos do Brasil atual.
          Fica difícil para nossas consciências fazer este carnaval – a maior festa do mundo – sabendo que tem gente morrendo de fome e crianças sendo mortas, neste momento. Invocar a figura de Tereza de Benguela é contribuir, um pouco, para a mudança na mentalidade brasileira. É nossa participação no ofício que escolhemos e para isto, a Viola de Cocho continua contando a história de Tereza:
“No seio de Mato Grosso, a festança começava
 Com o parlamento, a rainha negra governava
 Índios, caboclos e mestiços, numa civilização
 O sangue latino vem na miscigenação”.
          Mas, no apogeu da prosperidade e alegria do quilombo do Quariterê começa a escassear o ouro para a coroa portuguesa. Era a falta da mão escrava agora trabalhando no Quilombo, na agricultura, para seu próprio sustento. A necessidade de mais ouro era para sustentar a luxúria e a corrupção já instalada pela colonização E o exemplo é a descrição que Gilberto Freire faz, baseado em documentações, da construção de um palácio em Vila-Bela  em pleno Pantanal, onde foi realizado um grande baile de máscaras – um “bal masqué” para comemorar o aniversário da rainha de Portugal. Construtores, operários, material, móveis, espelhos, cortinas, riquíssimos ornamentos, lustres, caríssimas indumentárias e finas iguarias, tudo era trazido da Europa, principalmente da França. E, para sustentar todos estes gastos, era necessário mais ouro. É, então, ordenada pela coroa portuguesa a invasão e destruição do Quilombo do Quariterê para recapturar os ex-escravos negros. Esta invasão e destruição acontece.
          Horrorizada com a matança de seus irmãos de sangue e vendo a destruição do Quilombo a rainha Tereza de Benguela enlouquece e em seguida é sacrificada pelas armas dos brancos. E, temos certeza que nesse momento de terrível comoção, pairou sobre o destruído quilombo de Quariterê, aquela maldição lançada pelo réu Ataualpa ao ver sua civilização ser destruída pela ganância do ouro através dos espanhóis:
“As armas dos brancos destruíram o Império Inca.
Mas a nossa grande deusa Coca irá destruí-los
Com a força de sua sabedoria”.
          Neste mesmo instante, também, a outra famosa “maldição de Malinche” proferida por Montezuma – rei asteca sacrificado pelos espanhóis, deve ter pairado sobre o Quilombo do Quariterê – agora destruído, também, pela ganância do ouro. E canta a viola:
“A invasão gananciosa, um ideal aniquilava
 A rainha enlouqueceu, foi sacrificada
 Quando a maldição, a opressão exterminou
 No infinito uma estrela cintilou”.
          E, com este enredo, quando a Unidos do Viradouro entrar na Avenida nós iremos invocar a força de todos os deuses para que nos concedam uma graça. Faremos um pedido a uma deusa maior: A JUSTIÇA UNIVERSAL.
          E com a vibração de nosso samba que é, disse o poeta, numa força de oração, nós pediremos:
Tereza de Benguela!
          Esteja onde estiveres!
          Nos confins do Pantanal de Mato Grosso ou no infinito junto a Deus!
          Venha! Venha pairar sobre nós!
          Sobre todos os componentes da Unidos do Viradouro, nossos negros que formam a Comissão de Frente, representando a cultura negra no Pantanal!
          Nossas alas, baianas, bateria, compositores, mestre-sala e porta-bandeira, destaques, passistas, diretoria e velha guarda!
          Paira sobre nós para que possamos levar a este povo da Marquês de Sapucaí, aos juízes, ao Brasil e ao mundo, a imagem poderosa de tua inteligência e de teu trabalho.
          Que a grandeza de tua alma e de teu espírito possa encarnar o corpo de alguma mulher brasileira – desconhecida e sacrificada pela miséria deste país. E que a tua luz ilumine este ser feminino que sente as dores do parto e tem a sensibilidade da mãe natureza!
          Que esta mulher, com o exemplo de tua sabedoria e a garra de uma guerreira, possa salvar o Brasil para que, daqui a seis anos – no ano 2000, nossas crianças possam receber com alegria – o alvorecer do III milênio!
          E então, os acordes da Viola do Cocho irão finalizar esta mensagem de amor, alegria, beleza e emoção cantando:
“Vai clarear, oi vai clarear
 Um Sol dourado de Quimera
 A luz de Tereza não apagará
 E a Viradouro brilhará na nova era”.
Joãosinho Trinta
Roteiro do desfile:



          Toda a concepção e elaboração do enredo “TEREZA DE BENGUELA – UMA RAINHA NEGRA NO PANTANAL” foi realizada sob o enfoque da loucura que aconteceu com esta mulher ao ver a destruição do Quilombo Quariterê que ela fundou. Nesse plano de alucinação a realidade desaparece, os limites perdem suas dimensões, permitindo o mais amplo imaginário. Todas as gamas de criatividade acontecem, sons, formas e cores disparam fugindo de parâmetros reais, buscando recriar uma visão onírica desejada.
          O compromisso com o real fica livre, restando apenas algumas referências como pontos de lembranças ardentemente sublimadas.  E através destas infinitas dimensões esperamos embarcar, convidando a todos, principalmente aos juízes, para esta louca viagem de 80 minutos. Escutaremos uma viola na Pérsia  Milenar. 8.000 anos a.C. e, sem perceber, vamos passar pela Mongólia, Europa Medieval. Rápido estaremos entre jacarés prateados num pantanal de muitos espantos e êxtases. Vamos relaxar e aproveitar.
Comissão de Frente
          O desfile do G.R.E.S. Unidos do Viradouro começa com a apresentação da escola feita pela Comissão de Frente, composta de 15 homens negros representando a cultura africana no pantanal cujo símbolo é o pássaro tuiuiú.
Carro n° 1: Abre-Alas
          O Abre-Alas traz as origens da VIOLA DE COCHO que vai contar a história de “Tereza de Benguela – uma Rainha Negra no Pantanal”. Representações da Pérsia, Mongólia e Europa Medieval estão presentes ligadas ao peregrinar daquele instrumento musical. No centro do carro vem a efígie de Tereza rodeada de homens e mulheres negras como um colar vivo.
          O DESTAQUE PRINCIPAL desse carro é D. Talita representando a rainha da Pérsia ladeada de Suzi como Pássaro Real, Tatiane e Vivian como Espíritos do Pantanal, Mônica e Bia como princesas persas.
Setor N° 1
          Este setor representa imagens gravadas na memória de Tereza.
          O 1° grupo chamado FORÇA NEGRA traz uma simbologia africana.
          O 2° grupo IFÉ OMINIRÁ traz o gestual de danças sagradas.
          A ala das Baianas representa o relicário das tradições do Quilombo do Quariterê.
          O 3° grupo são os passistas e suas criatividades.
          Neste setor vem a bateria nas suas raízes afros.
          Este setor é encerrado com o CARRO N° 2 cujo nome é “DAS RAÇAS” e representa as etnias do branco, do índio e do negro. O grande sonho de Tereza foi a união das raças para criar, mais tarde, a raça síntese através da miscigenação.
          Os destaques deste carro são: Tony – Anjo Barroco; Paulo – Presença Negra; André – o Índio; Uma negra representa a visão de Tereza.
Setor N° 2 – Pérsia
          Neste setor todas as alas e alegorias ilustram a Pérsia – 8.000 anos a.C. País de origem da Viola de Cocho.
          São 3 alas:
          1ª - Ala da Comunidade da Pérsia
          2ª - Ala Amizade
          3ª – Ala Varandão do Gragoatá
          O carro alegórico n° 3 que encerra este setor é uma visão de monumentos persas destacando-se as águias com caracteres humanos, dedilhando uma viola ou alaúde.
          O DESTAQUE PRINCIPAL é Zacarias de Oxossi – com a fantasia “A Longa Viagem ao Infinito”.
Completa o carro entre outras figuras a beleza de Lilian Ramos.
Setor N° 3 – Mongólia
          O setor 3 ilustra a presença do alaúde na Mongólia como um instrumento sagrado tocado pelos deuses.
          São 3 alas que trazem símbolos  asiáticos.
          1ª – Ala da Gente
          2ª – Ala Região dos Lagos
          3ª – Ala Gostosos de Itapuca
          Este setor é encerrado pelo carro n° 4 – representando um ritual sagrado executado sob os acordes tangidos por uma divindade.
          O DESTAQUE PRINCIPAL é Paulo Robert com a fantasia – “Ritual Sagrado”, o 2° destaque é Dauro com “Divinos Sons”.
Setor N° 4 – Medieval
          O setor 4 localiza o momento em que o alaúde chega à Europa Medieval. Tocado pelos trovadores, ele ilustra as alegorias entre brazões, elmos e paquifes.
          3 alas relembram esta época:
          1ª – Ala da Miscigenação
          2ª – Ala Fla-Ponte
          3ª – Ala dos Fazendários
          O Carro n° 5 finaliza este setor. É um palácio medieval e seus personagens.
          O DESTAQUE PRINCIPAL é Jurema Miranda, como uma nobre rainha e sua corte.
Setor N° 5 – Pantanal
          Trazida por espanhóis e portugueses aquela viola ou alaúde chega finalmente na região de Mato Grosso, no Pantanal. É, agora, chamada de Viola de Cocho.
          Este instrumento folclórico é que vai contar, daqui por diante, a história de Tereza de Benguela.
          Este setor é o Pantanal.
          2 alas representam a natureza.
          2 alas representam a nobreza africana.
          N° 1 – Disse me disse
          N° 2 – Amores
          N° 3 – Rebú
          N° 4 – Comunidade Afro
          O carro alegórico n° 6 é o quilombo com sua fartura, sua riqueza cultural e a presença das etnias. No centro, o parlamento de onde Tereza governava com seus ministros.
          E, para representar a figura principal de Tereza de Benguela como rainha negra no Pantanal, trouxemos de Vila Bela de Santíssima Trindade um mulher negra de descendência direta da própria Tereza de Benguela.
          O sangue vivo de Tereza está presente neste carro que representa o apogeu do magnífico trabalho desta rainha do Pantanal.
Setor N° 6 – Índio
          É o setor dos índios – os senhores das terras de Mato Grosso. Índios Kadiwes e Bororos e outras tribos, todos protegidos por Tereza de Benguela – participando do seu trabalho de integração das etnias.
          2 alas representam estas nações indígenas e a 3ª ala é a Ala das Crianças.
          N° 1 – Ala do Brilho
          N° 2 – Ala do Agito
          A ala das Crianças vai contar a lenda da criação do arco-íris na tradição dos índios Kadiwes descrito por Darcy Ribeiro:
          Numa noite, na aldeia desceu do céu uma panela coberta de desenhos e cheia de flores. Só os meninos viram e correram para apanhá-la. Foram entrando na panela e de repente a panela levantou vôo carregando os pequenos índios. Uma das mães destas crianças ainda chegou a tempo de segurar a perna de seu filho, mas a força da panela arrebentou a perna do menino e o sangue jorrou criando o arco-íris e formando uma lagoa de sangue. E os pássaros que no começo eram todos brancos vieram tomar banho nesta lagoa e começaram a adquirir as cores que ostentam até hoje.
          O carro que encerra este setor é de n° 7 e seus destaques são as crianças e mulheres índias.
Setor N° 7 – Folclore de Mato Grosso
          O folclore de Mato Grosso está representado neste setor por 3 alas:
          1ª – Ala Trancos e Barrancos, representando a dança do “Boi à Serra”.
          2ª – Ala Grupo do Barracão – “Cavalhada” – a luta entre mouros e cristãos no Pantanal
          3ª – Ala da Paz – “A Dança do Congo”
          O carro n° 8 encerra este setor representando a “Arca de Noé no Pantanal” porque a Viola de Cocho e suas músicas e danças como o Siriri e o Cururú desenvolvem temas sagrados e profanos tirados da Bíblia e do imaginário popular.
          Os DESTAQUES são Edson Souza e Suzana como “O Rei e a Rainha do Congo”.
Setor N° 8 – Grand Bal Masqué
          Este “Grand Bal Masqué” foi realizado num palácio construído em pleno Pantanal para comemorar o aniversário da rainha de Portugal e foi descrito por Gilberto Freire com documentação da época.
          É o exemplo da luxúria e ostentação da coroa portuguesa. Tantos gastos necessitavam de muito ouro e era preciso o trabalho dos escravos. Esta foi a razão da destruição do Quilombo do Quariterê logo em seguida.
          Todas as alas deste setor participam deste “grand bal masque”
          1ª – Ala do Arranco
          2ª – Ala da Emoção
          3ª – Ala dos Lunáticos
          4ª – Ala do Kuchicho
          5ª – Ala Amigos do Samba
          O carro alegórico que encerra este setor é o n° 9 e representa o palácio que foi mandado construir em Vila Bela com a exuberância e suntuosidade do barroco e com muito ouro retirado com o sacrifício dos escravos. Os DESTAQUES são Marcos Souza como o “Rei-Sol”, Fátima Dantas “Rainha de Portugal”.
Setor N° 9 – Destruição
          Este setor é a descrição da invasão do Quilombo do Quariterê. Duas alas representam os invasores e duas os defensores.
          N° 1 – Ala do Balaco-Baco
          N° 2 – Ala Renascer
          N° 3 – Ala Família
          N° 4 – Ala Itauê
          Este setor é encerrado com o carro n° 10 no momento da destruição do Quilombo. Tanta crueldade levou Tereza à loucura. Uma negra representa a figura da rainha enlouquecida.
          O DESTAQUE PRINCIPAL é Gil Gouveia como o “Comandante da Destruição”, 3 destaques menores completam esta representação: Jhouse, Martinho e Daniel como “Prenúncios da Maldição”.
Setor N° 10 – Loucura e exaltação
          O setor n° 10 é a visão dos monstros trazidos pelas maldições do rei Ataualpa e do rei Montezuma. Estes  tiveram seus impérios destruídos e suas vidas sacrificadas como Tereza pela ganância do ouro.
          Os monstros saem das Diabladas da Bolívia. Aparecem demônios astecas, carrancas furiosas e fantasmagorias do Pantanal, engolindo a malignidade de opressores e gananciosos do ouro.
Todo este setor é constituído de componentes da comunidade.
          O carro final traz uma grande coroa símbolo da escola carregada pelos pássaros tuiuiús. Dentro desta coroa uma grande efígie de Tereza de Benguela envolvida de muita luz. As máscaras do rei Ataualpa e do rei Montezuma ladeiam a rainha. A representação dos 2 reis é feitas pelos DESTAQUES Corinto e Valter. Uma negra sobre a cabeça de Tereza representa a presença poderosa d'alma e do espírito de “Tereza de Benguela – Uma Rainha Negra no Pantanal” cuja luz não se apagará.
          Encerra o desfile a ala dos Compositores e ala da Velha Guarda.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Marcadores