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domingo, 21 de fevereiro de 2016

Enredo 920 - Contos do Caiçara



FICHA TÉCNICA
Enredo
 




Enredo
5 Contos do Caiçara – PARANAGUÁ, Lendas, Mistério e Fantasias
Carnavalesco
Rênio Ramos
Autor do Enredo
Rênio Ramos
O autor da Sinopse do Enredo
Rênio Ramos
Elaborador do Roteiro do Desfile
Rênio Ramos

LOGO DO ENREDO
5 Contos do Caiçara - Paranaguá, Lendas,Mistérios  e Fantasia



O Acadêmicos do Encantado apresenta em 2016 o enredo “5 contos do Caiçara – Paranaguá, lendas, mistérios e fantasia”, uma viagem pelas lendas do litoral da baía do Paraná. A partir das lendas, historias e causos, cotaremos um pouco da história da cidade, sua cultura e suas tradições.

O PRIMEIRO CONTO refere-se às lendas relacionadas à criação do litoral do Paraná, da baía de Paranaguá. - a Itacunhatã e Juracê, narra a historia de amor indígena da criação das  rochas que formam o conjunto do morro do Cristo que contorna e dá forma a baía de Paranaguá. Falaremos ainda utópica  terra de Prata  e da desenfreada  ganância pelo o ouro, além das histórias dos lendários Jesuítas que deixaram aqui, seus tesouros e sua marca na formação desta terra.

O SEGUNDO CONTO refere-se à lenda dos Piratas na região. São muitas as lendas que narram as peripécias e peculiaridades destes aventureiros na região, para isso contaremos três belas histórias que povoam o imaginário dos parnanguaras
.   A primeira delas, conta a história do marinheiro Pepe que de tanto ser castigado pelo seu capitão Carrasco e decidiu se vingar, e a oportunidade surgiu e tramou sua vingança. A segunda história a dos Piratas Bruxos na Ilha das Cobras, onde reside uma Mulher-Cobra guardiã do tesouro dos piratas bruxos. A terceira e última e talvez a mais popular a história famoso pirata inglês Zumiro, que de tão feio se escondia de todos, reza a lenda que este em noites de lua cheia aparece guardando o seu tesouro escondido nos labirintos subterrâneos dos túneis que cortam o Estado.


O TERCEIRO CONTO lembra a famosa história do Barba Ruiva, que ainda hoje causa espanto nas mulheres que vivem próximo da margem litorânea baía de Paranaguá. Onde viveu uma viúva e suas três filhas, a mais nova delas, estando grávida e espera do seu amado que não volta, se angústia e abandona o seu filho no lago de Paranaguá, esta recebe  da grande Mãe d’ água toda a sua irá.  E conta-se que até hoje ouve-se o choro de um bebê sair do interior das águas. Mais o mistério maior desta lagoa é o seu guardiã, um homem de barba ruiva durante o dia e branca durante a noite que aterroriza o imaginário.


O QUARTO CONTO fala da religiosidade, da fé, das lendas voltadas para este aspecto. Lembramos neste conto as histórias como: a “do Brejo que Canta” e das “Rosas Loucas” ligada diretamente a lenda da Mudança.  A lenda do Brejo que Canta, narra uma história de desobediência ao uma ordem Santa, de respeito as coisas sagradas. A lenda das Rosas Loucas conta a história do surgimento da Santa devota da Cidade de Paranaguá, a Santa do Rocio.


Por fim, o QUINTO CONTO lembra a lenda Ilha do Mel, a lenda das Encantadas. Conta a lenda que reside num interior de uma gruta localizada na famosa Ilha do Mel belas mulheres sereias que tem o poder no seu canto de encantar os homens leva-los para morar com elas nas profundezas das águas do litoral do Paraná.


  SINOPSE



E eis que voa a Águia encantada pela a imensidão azul do céu e mar, e avista ao longe um lindo paraíso litorâneo de terras do Paraná, que os índios deram o nome de Paranaguá, primeiro lugar do Brasil a ser descoberto ouro.  Ao pousar suavemente no porto, eis que encontra um sábio Caiçara,  que sobre o porto da Baia de Paranaguá debruçava o corpo cansado sobre sua canoa corroída pelo tempo. Murmurando a todo o tempo e de olhos fitos no horizonte   dizia: “ Se o diabo sabe muito é porque é velho, foi aqui neste Porto de Paranaguá que o capeta se graduou na arte de criar apelidos e inventar historias” e pôs-se a fazer o mesmo, a contar historias, e o Pássaro Encantado, se aninha para poder ouvir calado e conhecer os causos e lendas deste lugar sagrado observando ao longe as correntes marítimas da baía em fantasia.



Conto I

Lugar de noites de mar pacífico  que tem na  lua cheia o cenário perfeito para o caiçara jogar a tarrafa no imaginário e com ela puxar histórias do arco da velha. 
E assim o velho Caiçara pôs-se contar os causos, historias e lendas daquela baia de horizonte em fantasia mistérios se escondia, de nome PARANAGUÁ.

Oh! Grande Pedra Redonda
Haverá história de amor tão bela assim?
Itacunhatã, guerreiro famoso dos Tingis
Perdido de amores por Juracê, da família dos Carijós.
Num passeio no alto do Brejatuba,
Itacunhatã  traído pelos seus sentimentos
Agarra a índia indomada que se assusta
Fugindo de seus braços caí do alto do morro e é engolida pelas ondas.

Itacunhatã no súbito do amor perdido
Atira-se para salvar a amada
Mais as ondas o recusam e foi de encontro das pedras
A morte se deu como certa,
Arrependido-se o mar trouxe a jovem Juracê de volta
Para ser salva por Itacunhatã, que nada mais poderia fazer.
E assim, o mar tem feito todos os dias trazendo  Juracê em suas ondas
Para um dia ser pega e salva por Itacunhatã.

Itacunhatã, hoje é a rocha que forma
O conjunto do morro do Cristo que contorna a baía,
Diziam que aqui era a terra da Prata, doce engano,
O mito caiu por terra, era terra do Ouro e
Logo o Litoral  foi palco do processo de investigação e buscas auríferas
Começou aí, a louca e intensa saga pelo ouro
Eram corsários,piratas e aventureiros ..."faiscadores"
Em buscas das jazidas de Ouros.

Os” valorosos” Jesuítas aqui aportaram também
Em sua missão no sertão de Iguape
Estes temorosos por invasões de tropas inimigas , ou por piratas
Fizeram túneis que serviram de rotas de fuga
Na famosa “Fontinha”
Portal de grandes segredos
Como os dos tesouros jesuítas, ouro, prata e pedras preciosas
Escondidos nos muros destes túneis subterrâneos.



 Canto II

Voltando-se agora para o interior da baia, o velho Caiçara  reverência as pedras que forma o Morro do Cristo. E é indagado pela curiosidade da Águia Encantada por saber mais sobre as historias de Piratas em sua terra, grasna então, com ansiedade.  O Velho então contínuo a falar, agora com um tom apreensivo e até melancólico. Assim ele conta:


Essa história ocorreu em 1985
Pelas bandas da Baía dos Pinheiros
Aportaram em Paranaguá navios espanhóis e portugueses
Trazendo consigo iguarias mil, pimenta-do-reino, bacalhau
Azeite, azeitonas entre outras
Em troca levavam aguardante, açúcar mascavo, cana e artesa.
No navio do Espanhol Don Casmurro
O marinheiro Pepe, caolho

Pepe só pensava em vigar-se de seu capitão “Carrasco”
De quem sofrerá maltrato
Ate que um dia a oportunidade aconteceu
Atracada à embarcação Pepe adentrou no camarote de seu comandante
E surrupiou um baú abarrotado de moedas de ouro, castiçais,
Correntes e uma estatueta de um diabo toda em ouro.
Após o roubo, tomou uma canoa e se embrenhou no Canal do Varadouro
Encontra no caminho uma ilha comprida

Desembarcando na ilha enterra o baú entre pedras
Com formatos de tetas
Até hoje famílias sonham com o Pirata fornecendo pistas de seu tesouro.
Noutra ilha, na ilha das Cobras reza a lenda que,
Há muitos anos atrás
Uma Embarcação de piratas bruxos aqui chegou
Estes homens faziam estranhos rituais
Em reverência a uma deusa com corpo de cobra e cabeça de mulher

Os piratas enterraram baús com objetos valiosos
Conta-se até hoje que neste local
Surgi uma mulher – cobra que serve como guardiã deste tesouro
E toda vez que um homem tenta se aproximar da ilha
Esta entidade se transforma numa bela mulher
E atrai a todos para o fundo do mar
Onde vira-se numa cobra e os devora.
Conta-se ainda, que para tornar o tesouro ainda mais protegido.

A criatura chamou várias espécies de cobras
Mais se um dia alguém achar o tesouro, todas as cobras
Da ilha desaparecerão.
Mais a mais conhecida história de Pirata é do Zumiro
Em 1840, um misterioso inglês soturno e nada cortês...
Veio morar num lugar, de um modo estranho para danar,
Chamado Sítio do Mato, hoje Bairro das Mercês
Ele tinha perna de pau e dentes de vapiro!

Maldoso pirata inglês
Porém, tinha o mapa do tesouro
Que levava ao caminho do Ouro!
Mais dizem que escondeu este tesouro de um jeito
Cortês, bem num misterioso em um túnel subterrâneo,
Ou em túneis quem sabe ?
Fala-se que em toda sexta-feira
Em noite de lua cheia...

Na calada da madrugada
O fantasma do pirata aparece do nada, nem porquê...
Aparecem também espíritos de escravos mortos rondando os túneis.
Escravos que foram mortos e suas cabeças expostas em lanças
Na Fonte da Gamboa, para servi de exemplo
E que voltam diariamente para buscar suas cabeças.
Com toda a insensatez que possamos imaginar
Bem no bairro das Mercês.
CANTO III



Contínua o Caiçara a narrar:


Nessa baia de Paranaguá
Conta-se que há muito tempo atrás
Vivia no litoral uma Viúva e suas três filhas
A mais moça delas um certo dia ficou doente,
E esperava um filho, desfalecia de tristeza,
Pela espera do regresso de seu amado
Este morrera sem voltar e cumprir seu voto de casamento.
Com vergonha descansou nos matos e pôs se filho num tancho
De cobre e sacudiu-o dentro da fonte de água e o abandonou.

Trazido pela Mãe-d'Água, o tacho desceu e subiu logo,
Com raiva amaldiçoou a moça que chorava na beira da lagoa.
As águas foram subindo e correndo,
Numa enchente sem fim, dia e noite,
A baia se tornou encantada
Quem mora na beira desta baia
Pode ouvir em noites de lua cheia o subido vindo
Do fundo d'Água o choro de uma criança

O choro para quando aparecia um homem moço
Com barbas ruivas ao meio dia
E com barba branca ao anoitecer
Este homem encantado que vive na Baia de Paranaguá
Quem viu, dizem ser alvo como a neve,
Estatura regular e de cabelos avermelhados como o fogo
E quando saí das águas mostra as barbas
Com as unhas e os peitos cobertos de lodo e limo das profundezas da baia...

Dizem que este ser foge dos homens e procura as mulheres
Agarra-as só para abraçar e beijar
Depois desaparece nas águas.
Nenhuma mulher bate roupa ou toma banho sozinha na beira do rio
Com medo Barba ruiva.
Mais se uma valente mulher atirar na cabeça dele água benta
E um rosário sacramentado ele será desencantado,
O filho de Iara, o Duende do bem , virá Cristão.

E o choro das águas se fez ouvir, águas da fonte de onde brotou uma cidade encantada, fruto das lágrimas de um coração partido. O Caiçara amigo volta o olhar para o cais, de onde brotam as histórias do litoral, guardada pela fantasia das “gentes”.CANTO IV

E o caiçara tirou do bolso uma pequena escultura de uma santa e colocou na beira de um costeiro de madeira. Olhando para ela começou a murmurar:  fé é coisa sagrada como esta Santa, Santa do Rocio...Fechando os olhos e com as mãos fechadas sobre o peito, como se estivesse rezando, ele cantou:

Este causo aconteceu ainda no século XIX
Paranaguá ainda era Vila e o Rocio de Arraial
Recebendo a visita do vigário e de um mensageiro
Do “Arraial do Rocio” comunicando que estava em Semana Santa
E nenhuma atividade profana seria de agrado
À Santa Igreja, proibindo então toda festa naquele dia
Fecharam-se os bordéis, ninguém bebia, nem faria fandangagem
Mais um homem desobedeceu à ordem divina.

O cidadão Robert Inglês, que organizava o fandango
Ruivo e Herege como o Diabo,
Recusou-se a cancelar o baile naquele dia
E o Fandango ocorreria normalmente naquela Quinta-feira Santa.
Os amantes do baile também não cumpriram as ordens divinas
E foram Fandangar
Numa noite quente, de dança, musicas e muita bebida
Gritava o Inglês: “Dancem,bebam e divirtam-se! Dancem até Morrer!”

O relógio bateu meia-noite, e a casa tremeu e afundou.
Ouvia-se um riso, o riso do Diabo.
Pela manhã o vigário foi visitar a casa, mais nada encontrou
O chão que era firme se tornou um pântano medonho e triste
Um cenário grotesco do castigo divino
Assim a lenda do “Brejo que Canta” surgiu, e é difundida
Dizem que quem passa pelo brejo, durante a meia-noite
De quinta para sexta-feira Santa ouvi-se os sons da festa.

Outro caso de fé na cidade é a da Santa do Rocio
Ocorrida em 1680
Na Vila de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá
Era habitada por humildes pescadores
Que viviam do que o mar lhes dava, em noites calma.
Numa noite de calmaria de verão
Estavam eles em suas canoas ao largo da baía,Com suas redes.
À espera de uma boa pescaria.

Por um acaso, olhando para o céu
Vendo as estrelas cintilarem
Um dos pescadores viu que de uma das estrelas
Descia um facho luminoso
Que iria até a grande moita das “Rosas loucas”
As luzes apareciam e sumiam rapidamente sobre a moita
Este fato se repetia todo dia
Decidiram então corta a moita das “Rosas loucas”.

Ao fazerem tal ato, encontraram uma bela imagem
Da Virgem mãe de Jesus, bem no lugar onde,
Todas as noites descia o facho luminoso.
Levaram a Santinha para a Matriz,
Mais algo curioso ocorreu, no outro dia não estava mais no Altar
Sendo encontrada no altar do Rocio,e sempre que teimavam
Em troca-la de lugar ela retornava ao Altar do Rocio.
O fato é que era onde a Santa queria ficar.

E o vento balança os cabelos do Caiçara, como que os céus estivessem abençoando aquele ancião a contar sobre a fé, sobre a santa que protege aquele povo, naquele lugar sagrado e cheio de fantasias.

CANTO V

O Caiçara agora aponta para uma ilha mais afrente, chamada Ilha do Mel. Lugar misterioso de lindas sereias de canto encantador. Seu olhar brilhava como fogo e sua voz agora era mais grave parecia saudosista:



A Gruta das Encantas está repleta de fantasia
Lenda sobre lindas mulheres sereias
Que atraem os homens em noite de luar,
A Ilha é pródiga que conduzem a todos os lugares do imaginário.
Contam que há muito tempo atrás,
Na praia das Conchas, ao sul da Ilha do Mel
Na gruta das encantadas, viviam lindas mulheres que,
Bailavam e cantavam ao nascer do Sol e ao Crepúsculo.
De canto inebriante, dormente e perigoso para qual quer mortal.

Mais um índio corajoso e destemido
Aventurou-se a se aproximar delas, à espreita no alto do rochedo.
Ao despontarem os primeiros raios multicoloridos de luz
O jovem começou a ouvir o suave e doce melodia
Vindo do interior da gruta
Viu sobre de belas mulheres nuas no interior da gruta
E à medida que elas iam se aproximando
Da boca da gruta seu corpo ia se revelando.

O Canto entorpecente dizia:
“Passe com cuidado a ponte.
Viva bem com os outros; assim como eles vivem bem,
você também pode viver. Lá você há de ver
Muita coisa que já viu aqui em minha terra,
Assim como o gavião. Teus parentes hão de vir
Te encontrar na ponte e te levarão com eles para tua morada.”
Mais o índio não adormeceu, não desgrudou o olhar do ritual.

As misteriosas moças eram dotadas de uma rara beleza,
Nuas e com longos cabelos de algas,
Que o intruso acabou fascinado por uma das dançarinas,
A que tinha os olhos cor de esmeralda.
Tal era o seu fascínio, que despencou do rochedo,
Despencando ao passo de sua escolhida
Declarou-se apaixonado por ela,
E o seu desejo de permanecer a seu lado pra toda eternidade.

Mais para os dois ficarem juntos ele teria que morrer
E assim quis. Mãos entrelaçadas,
Coou-se o canto fúnebre das dançarinas
Entraram na água, e quando desapareceram
O Sol apareceu vitórioso.
As Encantadas sumiram nas águas profundas,
Mais não para sempre volta e meia ouvimos casos
De sumiços na misteriosa Ilha


Conta-se também que um marinheiro ancorou
Sua embarcação em frente à Ilha do Mel
Descendo para conhecer a gruta.
Sendo logo, atraído pela magia das ninfas,
Que cantavam em dialeto indígena
O destemido navegante ficou maravilhado com o cântico.
Mais ainda maravilhado, ao percorrer com os olhos
Nas misteriosas mulheres nuas, de longos cabelos e curvas

Generosas, que bailavam na praia.
Extasiado, fixou o olhar em uma delas
E deu a mão à escolhida.
A ninfa respondeu na língua nativa:
“Tens de partir, homem estranho.
Gostei de ti, mas tens de partir”.
Mais ele não a obedeceu, apaixonado ficou.
E disse que queria eternamente ficar ao seu lado,
A ninfa então chamou para a sua morada.

Voltando o olhar para fundo da baía, o Caiçara contempla o morro do Itacunhatã, onde ficou gravado a marca da primeira história de amor que fez surgir o Litoral do Paraná, ao passo do Porto que abriga as lindas histórias, lendas e causos de um paraíso segredo, de misteriosos seres a serem desvendados. 


 EPÍLOGO


Fascinado pelos contos, a Águia encantada percebe que é hora de levantar voo e seguir viagem. Antes de partir, pergunta ao amigo caiçara:

Prezado amigo Caiçara, qual é o nome deste lugar sem igual de histórias mil, que arrebata que as ouve?

Responde o Velho Caiçara:

“Grande Mar Redondo, na língua tupi-guarani. Era assim que os índios denominavam a formosa Baía - Pernaguá, Parnaguá, Paranaguá. O povoamento do litoral do Paraná começou por volta de 1550, na ilha da Cotinga, servindo mais de ponto referencial no processo de investigação e buscas auríferas.”






Criador das Alegorias (Cenógrafo)
RÊNIO RAMOS
NOME DA ALEGORIA
O QUE REPRESENTA
01




1º CARRO – ABRE-ALAS

PARANAGUÁ - “GRANDE MAR REDONDO” , BAÍA DE TODOS OS CONTOS
( A lenda do Brejatuba e da Terra da Prata)


1º SETOR  - LENDÁRIA BAÍA, TERRA E MAR DE FANTASIA
“Um conjunto de belas ilhas. Situadas no meio da baía cercada por montanhas cobertas, para onde se olhe, pela floresta; nenhuma rocha despida nem escarpas. Semeando uma paz maravilhosa (...) Na luz matinal, apareciam montanhas lateralmente batidas de sol. O marulhar das ondas, o sibilar do vento na copa das palmeiras, o chilrear dos grilos, o canto nunca ouvido de pássaros e outros ruídos ainda desconhecidos soavam nos meus ouvidos”.
Esta foi a impressão deixada pelo o botânico alemão Julius Platzmann ao partir da Baía de Paranaguá.
Foi no Porto de Paranaguá que o CAPETA se graduou na arte de criar apelidos e inventar historia, e estas histórias hoje contadas nas varandas das casas, causos transmitidos entre gerações, lendas que se perpetuaram na tradição do Paraná  de suas cidades, hoje povoam o imaginário popular dos parnaguaras. É rico e cheio de histórias dos mais diversos gêneros: para assustar, para impressionar, com fundo romântico ou sobrenatural, nascidas no campo ou entre os indígenas.
É começaremos contando histórias, lendas de como surgiu esse paraíso paraense, suas influências e seus costumes.

O primeira Carro da Escola tratará este momento onde o Capeta “ dana-se “ a inventar história e a povoar o imaginário dos povos do Paraná. Assim, foram com os primeiros habitantes desta baía. 
O Abre Alas remeterá claramente a lenda da formação das grandes que adorna este paraíso, além de fazer mesão as primeiras histórias inventas da busca pela prata utópica e o farto solo dourado.

DESTAQUE CENTRAL: Lucas Vercilo
FANTASIA: Velho Caiçara
COMPOSIÇÕES: Mar de Lendas




*





02

TRIPE I -  Mulher-Cobra, a guardiã do Tesouro da Ilha

2º CARRO


HISTÓRIA DE PIRATA-
NA BAÍA, UM LABIRINTO  DE TESOUROS
(A lenda do Pirata Zumiro)


2º SETOR – HISTÓRIA DE PIRATAS - EM BUSCA DE TESOUROS, NESTA BAÍA TAMBÉM SOU UM PIRATA

Há! Os oceanos se tornaram uma grande ajuda para o comércio e sua expação, pois o comércio marítimo, era rápido e fácil e por este motivo os comerciantes preferiam as vias marítimas. Como a mercadoria passou a ser entregue por via marítima, por comerciantes que seguiam junto à costa e sem bússolas, os primeiros piratas começaram a atacar embarcações.
E estes chegaram no Brasil, e em Paranaguá foi invadida por muitos deles, vinham atraídos pela terra banhada de Ouro, pelos grandes invasões que chegaram.
Eram piratas bruxos que viam nesta terra o lugar ideal para praticar sua magia, eram piratas que via como lugar para se esconder de suas maldades feita além mar, ou apenas aqueles que se apaixonaram pela bela do lugar e enterram os seus tesouros sobre o solo Paranaense.

A segunda Alegoria, mostrará uma das lendas mais conhecidas e contadas em solo Paranaense – a lenda do Pirata Zumiro, ou como muitos conhecem como a Lenda do Tesouro das Mercês.  A alegoria será uma grande embarcação Pirata, rustica e com suas naus trabalhadas no acabamento de envelhecimento, a borda do carro serão grandes ondas.

DESTAQUE CENTRAL: Waldir messias
FANTASIA: A lenda do Pirata Zumiro
DESTAQUE FRENTE: musa Cristina César
FANTASIA: O tesouro encantado
COMPOSIÇÕES: Fantasmas guardiãs do tesouro



03


3º CARRO








A MORADA DO BARBA RUIVA
( A lenda do Barba Ruiva)

3º SETOR – O CHÔRORO NAS ÁGUAS, A PROTEÇÃO DO MOSTRO DO BEM
Urué, Barba Nova ou Cabeça Vermelha. Essa lenda é muito popular no estado do Paraná, principalmente na região da lagoa de Paranaguá. Trata-se de uma história de como essa lagoa, que era apenas uma pequena fonte, cresceu por encanto.
História essa que até hoje aterroriza as mulheres que vivem a beira da baía. Diz ela:
“ Vivia uma viúva com tês filhas. Um dia, a mais moça das filhas dela adoeceu, ficando triste e pensativa. Estava esperando menino e o namorado morrera sem ter tempo de casar com ela. Com vergonha, descansou a moça nos matos e, deitou o filhinho num tacho de cobre e sacudiu-o dentro da pequna fonte de água. O tacho desceu e subiu logo, trazido por uma Mãe-d'agua, que com raiva, Amaldiçoou a moça que chorava na beira.
As águas foram subindo e correndo, numa enchente sem fim, dia e noite, alagando tudo, cumprindo uma ordem misteriosa. Ficou a lagoa encantada, cheia de luzes e de vozes. Ninguém podia morar na beira porque, a noite inteira, subia do fundo dágua um choro de criança. O choro parou e, vez por outra, aparecia um homem moço, muito claro, com barbas ruivas ao meio dia e com a barba branca ao anoitecer.
Muita gente o viu e tem visto. Foge dos homens e procura as mulheres que vão bater roupa. Agarra-as só para abraçar e beijar. Depois, corre e pula na lagoa, desaparecendo. Nenhuma mulher bate roupa ou toma banho sozinha, com medo do barba ruiva. Se um Homem o encontra, fica desorientado. Mas o Barba Ruiva não ofende ninguém.”
Esta é a lenda que compõe o nosso terceiro setor.
Logo, o terceiro carro da escola trará a representação desta lenda tão importante e viva no imaginário local. Será uma grande Lagoa submersa, com uma grande escultura do barba ruiva saindo das profundezas com um seu corpo coberto de algas e suas longas barbas ruivas. Na parte de trás da alegoria a Iara, Mãe d’água com expressão de irá por causa do descanso da Moça desenludida.


DESTAQUE CENTRAL: Roberto Souza
FANTASIA: O Barba Ruiva
DESTAQUE FRENTE: Lidia Telles
FANTASIA: Iara 
COMPOSIÇÕES: O choro das Águas Profudas





04





4º CARRO
A -





B-
ENTRE O SANTO E O PROFANO
( Lenda do Brejo que Canta e das Rosas Loucas)


4º SETOR –  RELIGIÃO, CANTO E FÉ
O quarto setor da escola é dedicado à religiosidade e suas histórias. De um povo regado pela fé, quem tem nas lendas a perpetuação de sua cresça e ensinamentos de conduta.
A Santa do Rocio, tem grande simbolismo na região e, é por isso que iniciaremos contanto a sua história e importância para o povo Parnaguara, através de duas belas lendas- A lenda das Rosas Loucas e a lenda da Mudança. Num segundo momento falaremos da Semana Santa, a lenda do Brejo que Canta, trata-se de um causo de desobediências as coisas “SANTAS”.

A quarta alegoria da escola se dividira em duas partes. O carro será acoplado, no Carro I – a parte santa da história, a Santa Padroeira da Região, a Santa do Rocio, um vilarejo em oração no Oratório das graças da Santa do Rocio, será assim representada. No Carro II – a parte Profana a desobediência e o castigo divino, um grande salão de baile num casarão onde reina a FANDAGAGEM.

DESTAQUE CENTRAL I (CARRO I): Marli Candi
FANTASIA: Santa do Rocio
COMPOSIÇÕES I Romeiros do Arraiá do Rocio

COMPOSIÇÕES II Fandangos
DESTAQUE CENTRAL II (CARRO II): Luiz Berg
FANTASIA: Robert Inglês


05

                     


5º CARRO






  O CANTO DAS ENCANTADAS – A ILHA DO MEL
     ( A lenda das Encantadas)



5º SETOR –  ENCANTOS E MISTÉRIOS DA ILHA DO MEL

“A ilha do litoral paranaense, habitada por índios carijós até a colonização portuguesa, teve em sua localização privilegiada o reconhecimento na defesa do atual Porto de Paranaguá por D. José I, responsável pela construção da Fortaleza da Ilha do Mel.”
Lendas e histórias fantásticas cercam de mistérios esta ilha com praias paradisíaca, areia branca , natureza exuberante, onde o tempo parece parar.
A gruta das encantadas está envolta em lendas e histórias fantásticas. É uma cavidade natural, ao sul desta ilha. Guarda segredos ainda envoltos em mistérios, diz a lenda que lindas mulheres, em noite de luar, apareciam e com toda a sua beleza e cheia de cânticos  sedutores, encantavam os visitantes que, andando distraidamente pela praia, aproximavam-se da gruta e desapareciam misteriosamente para sempre.

O G.R.E.S.V Acadêmicos do Encantado Encerra o seu carnaval contando e cantando a Lenda das Encantadas, faz da Sapucaí um mar de sereia havidas pelo campeonato. Em sua Quinta Alegoria – a gruta das Encantadas será representada, com belas esculturas de Sereias Encantadas e sedutoras num grande rochedo...uma verdadeira Ilha Encantada.
DESTAQUE CENTRAL Debocci Ruth
FANTASIA: A misteriosa Ilha do Mel
Semi-Destaque I – Sereia Ruiva
Semi-Destaque II – Sereia Morena
Semi-Destaque III – Sereia Loira
COMPOSIÇÕES O canto das Sereias



FICHA TÉCNICA
Alegorias
 



Criador das Fantasias
RÊNIO RAMOS
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
NOME DA FANTASIA
O QUE REPRESENTA
NOME DA ALA
1
MÃE D’OURO

Fonte: Google
“Em sua representação antropomórfica, ela torna-se uma linda mulher que reside em uma gruta no rio, rodeada pelos peixes e de onde se estende nos ares como raios luminosos, ou então surge na forma de uma serpente de fogo, punindo os destruidores das pradarias. Em sua versão original, ela era considerada a guardiã das minas de ouro, que seduzia os homens com seu brilho luminoso, afastando-os das jazidas. Seu mito confunde-se com o do Boitatá, uma serpente de contornos fluídicos, plasmada em luz com dois imensos olhos, guardando tesouros escondidos, reminiscência dos aspectos punitivos da Mãe Natureza, defendendo e protegendo suas riquezas.”
BAIANAS
2
INVASORES EUROPEUS


Fonte: Google

A notícia do aparecimento de ouro correu logo, além das barras. E logo chegaram os Invasores Europeus chegaram ao litoral do Paraná. Portugal e suas colônias passam para o domínio espanhol e Pernaguá aparece nos mapas como Baya de la Corona de Castilha - um lugar meio perdido entre o Rio de Janeiro e o Rio da Prata.
COMUNIDADE
3
PIRATA PEPE
Fonte: Google
O pirata que veio de além mar abordo do navio Dom Casmurro e sonhava em se vingar de seu capital Carrasco.
SEDUÇÃO
4
TESOURO DE PIRATA-VARADOURO
Fonte: Google
E assim o fez, chegou o dia da vingança, numa noite aportando em Paranaguá rouba todo o tesouro recolhido e escondido na embarcação pelo seu Capital Carrasco e parte para uma ilha e esconde no Canal do Varadouro.
COMUNIDADE
5
PIRATAS BRUXOS
Fonte: Google
No porto de Paranaguá também aportaram por lá uns Piratas diferentes, gostavam de cultuar deuses estranhos, fazer rituais e encontraram na ilha das Cobras em mata nativa o lugar ideal para a realização de sua práticas.
COMUNIDADE
6
ILHA DAS COBRAS
Fonte: Google
Ilha tomada de cobras, das mais variadas e perigosa possíveis, um dos lugares no mundo com mais variedades de espécies . Conta a lenda que é para proteger o tesouro dos Piratas Bruxos escondido na mata.
CREPÚSCULO
7
PIRATA ZUMIRO

Fonte: Google
O Pirata Zulmiro é um cidadão britânico que viveu em Curitiba em meados do século XIX e que teria escondido um baú carregado de jóias e ouro em um túnel descoberto num velho cemitério no bairro das Mercês.

NOVA ERA
8
A VIÚVA DA LAGOA
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Reza a lenda que morava na beira da lagoa do Paranaguá na época que ainda era uma pequenina fonte, uma viúva com suas três filhas.
COMUNIDADE
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MÃE DESNATURADA

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A mais nova das filhas da Viúva estando grávida e a espera do amado, este que morreu e não voltaria, triste abandona o seu filho na lagoa.
COMUNIDADE
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A IRÁ DA MÃE D'ÁGUA-IARA
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A irá da Mãe d’água com tal ato, foi tão forte que fez as águas um grande reboliço, um verdadeiro tsunami.
COMUNIDADE
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O ENCANTO DAS ÁGUAS
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A expansão das águas foi tamanha que a lagoa de Paranaguá se transformou numa grande baía, banhando um litoral inteiro do Paraná.
FLOR DE LINS
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CHORO DAS ÁGUAS
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Reza a lenda que toda noite, por volta das 24 hrs ouve-se o choro de uma criança sair das profundezas das águas.
PASSISTAS
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“BARBA RUIVA” - O MOSTRO DA LAGOA


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A lenda do Barba Ruiva, é um homem encantado, que vive na lagoa de Paranaguá, ao sul do Paraná. É alvo, de estatura regular, cabelos avermelhados.
BATERIA
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ÁGUA BENTA PARA DESENCANTAR
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Dizem que para quebrar o encanto sobre o Barba Ruiva uma mulher terá que atirar na cabeça dele água benta e um rosário sacramentado. Barba Ruiva é pagão, e deixa de ser encantado sendo cristão. Como ainda não nasceu essa mulher valente para desencantar o Barba Ruiva, ele cumpre sua sina nas águas da lagoa
COMUNIDADE
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ARRAIA DO ROCIO
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Trata-se da comunidadede Nossa Senhora do Rocio, lugar onde foi encontrada a imagem da Padroeira sobre as Rosas Loucas na região.
ALEGRIA ZOOM
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É SEMANA SANTA!



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O cidadezinha Arraiá do Rocio recebe a visita do Vigário e seu mensageiro, o qual informa que a Semana Santa será respeitada por todos e nenhuma atividade deverá ser realizada.
COMUNIDADE
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ROBERT INGLÊS
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Mais um Inglês de nome Robert , o qual realizava sempre em sua mansão bailes de fandango. Ele se recusou a desmarcar o evento desobedecendo assim, as ordens superiores da igreja.
BOEMIA
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A FANDANGAGEM PROFANA
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Danças, bebeira e belas pessoas compunha a grande festa dentro do salão-a fandangagem.
COMUNIDADE
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A SANTA EM SEU LUGAR
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O murmurinho na cidade toda a Santa do Rocio não estava no local onde foi colocada na Sacristia....e sim no Altar do Rocio, e isso se repeti dia após dia.
COMUNIDADE
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O ENCANTO DA LUA
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A noite e sua magia, o encanto da lua que faz os seres encantados saírem de suas tocas e aparecem sem medo aos humanos.
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GRUTA MISTERIOSA
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A gruta monumento natural que a natureza sabia fez para ser morada das Encantadas, de seres míticos. Guarda os mistérios da Ilha do Mel.
PIXOTE
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O ÍNDIO APAIXONADO
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Ao chegar em terra o Índio selvagem, ouve o canto saindo da Gruta e sua curiosidade fez apaixona-se pelo canto da Sereia.
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O INEBRIANTE CANTO
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Era um canto de melodia única inebriante como um vinho e doce como o mel.
COMUNIDADE
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O MARINHEIRO DESAVISADO
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Outro desavisado  dos perigos que a Ilha do Mel trás aos homens de coração aberto ao amor, foi um anônimo Marinheiro que embarcará nas áreas da Ilha.
COMUNIDADE
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A SEDUTORA BELEZA DAS SEREIAS

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Este Marinheiro como o Índio se encantaram com a beleza das sereias.  Era tão belas que cegava a visão de qualquer homem que as visse. Só restava então, juntar-se a sua eterna morada e viver para sempre no seu leito nas profundezas das águas.
COMUNIDADE
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O FASCÍNIO DA ÁGUIA ENCANTADAS
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Águia Encantada ouvirá toda a história bem atento e fascinado como se estivesse vendo tudo passar diante de seus olhos inerte ficou até perceber que já era hora de alçar voo de volta a sua casa.
VELHA GUARDA
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PERNAGUÁ, PARNAGUÁ... PARANAGUÁ

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Salve! A natureza;
Salve! O Paraná
Salve! As lendas, nossa história
Assim, Paranaguá fica gravada no Carnaval, como um paraíso encantado repleto de belas e eternas histórias.
COMPOSITORES




 
FICHA TÉCNICA
Comissão de Frente
 



Responsável pela Comissão de Frente
Pedro Gaytoto
Coreografo(a) e Diretor (a)
Lucas Tenebral
Total de Componentes
15
(Quinze)
Componentes Masculinos  I Componentes Femininos
                   8                                                      7
              (Oito)                                                (Sete)

Outras Informações Necessárias
Serão 4 componentes reservas ( dois Masculinos e dois Femininos)
O que Representará:
FANTASIA: URBENAUTAS

Representará seres Viajantes da (própria) cidade.
Serão 15 Parnaguaras que em vez de procurar lugares distantes, viajará para dentro da sua própria cidade . Assim como os astronautas vai para a Lua, o urbenauta (urbe, de cidade, nauta, de viajante) vai para a rua, pois, quem não conhece seu próprio território jamais saberá cuidar dele e conheci a sua própria história e é estas histórias que serão conhecidas e reveladas pelo Capeta contador.




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