Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!

Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!
Gostou de uma ideia, Clique na lâmpada e leia a nossa recomendação!

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Enredo 911: “O ultrarromance entre a Estrela e a Lua”

“O ultrarromance entre a
Estrela e a Lua”
Cleiton Almeida
cleiton_almeida04@hotmail.com



Apresentação
         Tendo como ponto de partida o poema “A Lua no cinema”, de Paulo Leminski, o enredo cria uma continuação fictícia para a história e o relacionamento entre a Estrela e a Lua. Encaixamos a história como um ultrarromance, pois se assemelha à segunda geração do romantismo no Brasil, que ficou conhecida como ultrarromantismo, devido ao seu lado trágico e obscuro.
         O enredo foi escrito para uma escola de samba de grupos menores, onde o número de alas e alegorias é reduzido. Assim, em poucos momentos, a história ganha forma e se encerra de uma maneira inesperada. A Estrela e a Lua é um retrato de muitos casos reais que acontecem por aí.
Sinopse
“A Lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma Estrela
que não tinha namorado.
Não tinha porque era apenas
uma Estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!
Era uma Estrela sozinha,
ninguém olhava pra ela,
e toda a luz que ela tinha
cabia numa janela.
A Lua ficou tão triste
com aquela história de amor
que até hoje a Lua insiste:
— Amanheça, por favor!”
Paulo Leminski
E amanheceu.
Seu brilho tímido saiu da tela do filme engraçado.
A Estrela e a Lua enfim se encontraram.
Não houve paixão, mas houve amor.
A Estrela iluminava as escuridões da Lua.
E a Lua incentiva a Estrela a brilhar cada vez mais.
Assim, num mutualismo colorido,
As duas escreveram uma história juntas.
Mas a Estrela cresceu, brilhou intensamente
E atraiu todas as atenções.
A Lua, aos poucos tristinha,
Teve que ir ao cinema sozinha.
A Estrela, em sua grandeza, virou luz.
E agora tinha vários namorados e namoradas.
E a Lua, por fim,
Tinha um último pedido,
Insistia num clamor:
Adormeça, por favor!

Desenvolvimento
Setor 1 – O amanhecer
         Em nosso primeiro setor, contamos o amanhecer da Estrela e suas consequências em um primeiro momento. Desde o chamado da Lua no cinema até os momentos de felicidade vividos pelos dois protagonistas do enredo.
Comissão de frente: A Lua no cinema
         A comissão de frente cumprimenta o público com um cenário de cinema. A Lua baila com lanterninhas, vendedores de pipoca e fitas de filme. Uma moldura de tela de cinema dá visão ao desfile da escola.
Ala 1 (Bateria): A Estrela sem brilho
         A primeira ala da escola é a bateria, que vem vestida da forma inicial da Estrela: pequena e de pouco brilho. Fantasias em tons de azul claro e prata.
Carro 1: O amanhecer da Estrela
         A primeira alegoria da escola é a Estrela rompendo a tela e saltando para a vida real. A Estrela amanhece em um novo mundo, e encontra a Lua, que a chamava do lado de cá.
Ala 2: Amor a primeira vista
         A segunda ala é o amor que surgiu entre a Estrela e a Lua. Não era simplesmente um desejo, mas sim um sentimento profundo de companheirismo. Corações envoltos de alianças compõe a fantasia em tons de rosa.
Ala 3: A escuridão da Lua
         A Lua tinha seus problemas, seu lado escuro e deprimido, que foram solucionados com a ajuda do brilho da Estrela. Fantasia em tons de bordô e preto.
Ala 4: As lições da Estrela
         E a Estrela também recebeu a ajuda da Lua, que a ajudou a brilhar cada vez mais. Com as lições recebidas, a Estrela foi ganhando força e coragem. Fantasia em vermelho.
Casal de mestre sala e porta bandeira: Mutualismo
         O casal de mestre sala e porta bandeira da escola representa a relação de mutualismo da Estrela e da Lua, onde as duas saíam beneficiadas. Uma aliança e um amor muito verdadeiro, digno de ser revelado pelo casal. Fantasia em vermelho.
Ala 5 (Baianas): Um amor colorido
         A ala das baianas vem vestida de muita cor e brilho, para representar a relação livre de rotulações e tabus. A Lua e a Estrela, unicamente seres que se amavam.
Tripé 1: Uma história a dois
         O tripé que encerra o primeiro setor também encerra o lado positivo do amanhecer. A Estrela e a Lua viveram seu romance como num conto de fadas... perfeito. Uma história que tinha tudo para ter um “felizes para sempre”, mas que ainda não estava na última página. Um pequeno castelo em cima de um livro, com esculturas da Lua e da Estrela.
Setor 2 – O adormecer
         O segundo e último setor da escola revela o desenrolar dos fatos. Aos poucos, a Estrela passou a ser notada e a Lua foi abandonada. Assim, a Lua clamou pelo adormecer da Estrela, para que ela fosse o único amor de sua vida.
Ala 6: Brilho intenso
         Ala que representa o brilho intenso que a Estrela adquiriu gradativamente. Agora ela já se destacava na constelação. Fantasia com tons de azul e dourado.
Ala 7: A tal da fama
         A fama chegou à vida da Estrela e ela passou a ser procurada e desejada. Ala cênica, onde um personagem representa a Estrela, envolta de paparazzi e fãs. Fantasias em tons de dourado.
Ala 8: A solidão da Lua
         Com o estrelato da Estrela, a Lua passou a ser deixada de lado. Assim, o sentimento de solidão logo tomou conta dela por inteiro. Fantasia em tons de dourado e lilás.
Ala 9: Sessões soturnas
         A Lua voltou a frequentar o cinema, para preencher suas noites vazias. Os filmes já não tinham a mesma graça de antes, as sessões eram soturnas. Fantasia em tons de lilás.
Ala 10 (Velha guarda): A luz da Estrela
         A velha guarda da escola vem vestida de dourado, representando a luz máxima da Estrela.
Tripé 2: Orgia estelar
         O segundo tripé representa as orgias que a Estrela passou a frequentar. Cheias de astros, elas eram longas e intensas.
Ala 11: A Lua abandonada
         Com a perdição da Estrela, a Lua considerou-se abandonada de vez. Fantasia com morcegos e fantasmas, em tons de roxo.
Ala 12: O clamor
         E o último pedido da Lua, antes de se apagar completamente, era um clamor para que a Estrela adormecesse junto com ela. Fantasia em tons de roxo.
Carro 2: O adormecer da Estrela
         O carro que encerra o desfile é a realização do pedido da Lua: o adormecer da Estrela. Assim como seus clamores para que ela amanhecesse funcionaram, este também foi ouvido. Portanto a Estrela e a Lua se apagaram, deixando em aberto a questão se o final foi ou não feliz. Se viveram ou não felizes para sempre. Carro em tons de roxo, com duas esculturas da Lua e da Estrela abraçadas e apagadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Marcadores