Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!

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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

JURADO 3 - Justificativas Marcelo PTavares

Justificativas Marcelo PTavares
A cada batida o fim se aproxima
Titulo: 10
OK!
Introdução: 10
Ok!
Impressão Visual: 10
Ok!
Argumento: 9,7
No geral é um argumento confuso, não conta o enredo de maneira sequencial, ele vai e volta algumas vezes, mas sem a clareza necessária para isso ser identificado com compreensão fácil. Isso pode ser um problema, até imaginando como fazer um samba partindo dessa sinopse que vai e vem. Pode ser uma boa armadilha para os compositores que podem se perder na ordem sequencial dos pontos que serão abordados.
A partir do trecho Na esperança de fazer um desfile campeão” nós temos claramente um momento introdutório no meio da sinopse, como no paragrafo que conta a proposta geral do enredo: “Para desenvolver esse enredo...”, “Ao final do desfile...” contando como seria o final do desfile. Depois disso, volta para o começo do enredo “Para concretizar a promessa do fim do mundo...”. Até poderíamos considerar que a sua sinopse como começa de fato aí, na página 5.
No geral, apresenta 3 textos, que poderiam ser identificados claramente como 3 sinopses distintas. Isso pode ser feito e é aceito, mas neste caso não visualizei uma liga, faltou clareza. Além disso, o segundo trecho de texto é claramente uma introdução, já que não está desenvolvimento o histórico do enredo, está contando como vai fazer, o que propõe... Isso é uma introdução/justificativa do enredo e não sinopse, ou talvez, parágrafo inicial de uma sinopse... Ficou tudo muito junto e misturado, talvez na ambição de querer contar o enredo da melhor maneira possível, acabou se apegando as 3 versões de texto e trazendo as 3... Virou bagunça, prejudicou a clareza.
Roteiro: 10
Tema e exploração temática 9,8
Faltou uma das principais profecias a que o mundo acabaria no ano 2000. Falou do bug do milênio dos computadores, mas não falou das profecias de 2000 aguardadas muito antes da invenção do computador. Considero falha grande pela importância disso. Talvez pelo autor seja muito jovem não tenha vivido isto, mas saiba o grande fantasma do fim do mundo foi a virada do 1999 para o 2000.
No geral, a setorização foi bem feita, apesar de apenas 3 setores, a divisão foi bem resolvida, não vejo falta grave de abordagem. Dentro da proposta de exploração do tema foi cumprida. Porém dentro do que se espera de um enredo com uma temática de tanto potencial como essa, ficou faltando algo mais arrebatador. A sensação é que foi feito um bom enredo, correto, mas sem força para ir para as cabeças. Faltou explosão!
Também surpreende positivamente o fator de ser na verdade dois temas importantes neste enredo, o fim do mundo e o tempo. Não é bem um enredo puro, é um enredo hibrido.
Conjunto Artístico 9,7
No geral é um bom enredo. Apesar de 3 setores a divisão foi inteligente, como falei no quesito anterior, faltou foi uma explosão, embora tenha uma boa mensagem que faz dele ser um dos melhores desta edição.
A minha nota é mais por comparação, falta daquele a mais em relação a outras propostas que me seduziram bem mais como Aracy e Cereja.

O BRASIL QUE NEM CABRAL VIU
Titulo: 10
OK!
Introdução: 10
Ok!
Impressão Visual: 10
Ok!

Argumento: 9,6
No geral, carece de contextualização ao lidar com essa proposta ousada de reconstrução da história. Sempre é bom explicar alguns pequenos detalhes para o leitor entender, já que você lida com informações que contradizem a história oficial, então precisa ter cuidado em explicar esses apontamentos, mais sobre isso eu apontarei no decorrer das justificativas.
Este enredo possui algumas informações com base em teorias incompletas, como a que as tribos foram dizimadas por doenças. Teria sido melhor destacar isso com uma das causas e não a única.
“Os estúdios ainda apontaram que a Amazônia pode ser obra do homem e não da natureza, devido a distribuição de frutas e de um solo específico.” É uma teoria de aceitação muito fraca academicamente falando, deveria se cercar mais de fontes, para o leitor aceitar, mesmo que não concorde. Não dá para largar algo assim e passar para frente.
Também deixa vulnerável o roteiro
“Comissão de frente: “Cerâmica – fonte de renda das tribos”  deveria uma maior explicação disso. Fonte de renda? Que época isso?  A noção de valores de renda dos índios é diferente da civilização tradicional. Parece que está meio misturando, as noções do autor. Começa já falando em renda, em um enredo se coloca dentro do universo indígena. Renda é uma coisa de homem branco cara pálida!

Qual era o papel do homem e da mulher indígena?
Ninguém compreendia direito.
Eles caçavam, mas não gostavam de lavorar, as índias cuidavam da casa, mas não tinham espiritualidade, padrão europeu que não eram encontrados nesses nativos.
O que o autor do enredo quis dizer com isso? Carece de melhor explicação. Ninguém quem? O Padrão europeu citado, falta melhor contextualização disso para ganhar sentido mais claro.
No geral é um argumento não muito claro. Faltou mais tempo para escrever um texto com mais calma e melhor encadeamento. Quem não tem uma base histórica pode não compreender esse enredo. Que é sim muito bom! Mas falta contextualização contar a história com mais calma, introduzir pontos importantes de maneira mais explicada.

Roteiro: 7,5
Infelizmente o roteiro está bastante incompleto, não apresenta divisão dos setores no roteiro, apenas apresenta uma listagem de alas e carros. Falha gravíssima por isso penalidade bem alta.
Tem coisas estranhas
Ala 5: Epidemias, vírus e bactérias;
Mas os europeus estão chegando lá pelo
CARRO 5: Grandes navegações  e Ala 21: navegadores espanhóis;
É estranho uma proposta de leitura em que no começo você já está contando o fim, mas antes dos europeus chegar. A leitura do enredo fica prejudicada. Faltou encadear melhor os fatos e ordenar de maneira mais harmônica a história que você pretende contar.

Ala 2: Amazônia;
Como assim? Um nome tão vago.


CARRO 2: Império Inca
 Ala 6: índios litorâneos;
 Ala 7: índios sertanejos;
 Ala 8: Conchas ornamentais
 Ala 9(BAIANAS): Milharal;
 Ala 10: Metais Inca
 2ºCasal: Riqueza Inca

Vem o carro Inca, depois vamos para outros índios e lá pela ala 10 voltamos a falar dos incas. Bem abstrata uma ala denominada “Riqueza Inca”.  Perde por duas falhas, por carro antes de ala e pelas abstrações.

Como é uma listagem de alas, você não vê claramente a divisão dos setores, deduz isso com ajuda da sinopse. Mas não é um trabalho muito fácil de fazer já que o nome das alas sãobem simples, o que não ajuda muito. Já que ficam umas alas também vagas, você só tem o texto para apresentar, aí vem com “agricultura”, “milharal”. Substantivos soltos, no carnaval real até pode rolar, pois eles tem uns figurinos para apresentar. Aqui você tem o texto, fica soando simples demais.

Tema e exploração temática 8,9
É um tema tradicional, mas com proposta de reconstrução, trás no geral boas questões. Embora caia no vício grande de ficar falando demais ainda no Cabral e tenha aquela visão de questionar que ele descobriu o Brasil, dando crédito a outros europeus. Decepciona, porque não traz ainda visão que quem descobriu o Brasil foi o Índio, afinal ele também é humano e ele foi quem de fato primeiro chegou nestas terras. Mas questionar a chegada de Cabral como primeiro já é um ponto interessante de abordagem e desconstrução. Portanto só faço a observação, não estou penalizando por este aspecto.
A penalidade neste quesito é pelo fator do enredo estar incompleto e tecnicamente ser bastante problemático.
A linha cronológica do enredo é bastante comprometida como citei dando exemplo (tem mais casos) da sua ala 5,  já tratar de “Epidemias, vírus e bactérias”, por essa sua narrativa, você está dizimando as tribos no começo do enredo.... E não com a chegada dos europeus que irão aparecer mais para trás do seu enredo... Comissão de Frente também, vem falando de cerâmica como fonte de renda indígena que pode ser renda para os índios do século XXI, não para os do tempo de Cabral. Faltou se organizar melhor no que estava contando, encadear a história para ela ter uma linha. Apresentar como eram os índios e no decorrer mostrar a chegada dos europeus e depois a transformação.
No mais, teria muita coisa ainda pra pesquisar e trazer. Seu tema é muito rico, teria muita coisa, mas sensação que faltou mais “acabamento” para contar essa história com uma abordagem mais satisfatória.
A nota do quesito também é afetada pelos problemas de roteiro, já que a exploração do tema também fica duramente prejudicada com um roteiro inacabado.
Conjunto artístico 8,2
Você acertou mais uma vez no tema enredo, mas infelizmente ele está incompleto para disputar em igualdade de condições com os demais. Também é falho tecnicamente, bastante falho, daria um bom desfile, mas aquele se segura para ficar no grupo.
Falha bastante em:
- Cronologia
- Setorização
- Roteiro extremamente cru com falhas gravíssimas
O tema enredo é bom, é uma proposta de releitura, falar de um Brasil antes de Cabral, falar dos índios antes de Cabral. Mas precisa de pesquisa, tempo, contextualização. Noções de valor, beber até em fonte da filosófica, para compreender melhor os “valores da sociedade indígena” que se chocam com os “valores da sociedade portuguesa/europeia do século XVI”.
Está de parabéns por trazer uma ideia interessante! Acredito que mais importante que ser campeão é trazer algo, acrescentar algo, dar o seu recado. Neste aspecto você foi bem sucedido.
Indícios, vestígios, memórias: resquícios da nossa história
Titulo: 10
OK!
Impressão Visual: 9,9
Formatação estranha, despropositada na sinopse. Passa a ideia para mim que você está esticando o texto por falta de conteúdo.
Não sei se quis fazer um poema, mas poderia ter optado por uma simetria melhor. Não se percebe um padrão claro.
Essa formatação você já usou no Grito, mas ali vimos um contexto, era um estilo de enredo que combinava com essa proposta de apresentação. Não vejo combinação agora com uma proposta de temática mais densa, cientifica.
Introdução: 9,9
O que há por trás desses ossos, objetos e monumentos que a natureza preservou? Será que foi tudo obra do homem?
Como assim? Ossos obra do homem? Perigoso esse parágrafo. Também já começa cometendo a limitação sobre fósseis que vamos ver na sinopse e roteiro. Fosseis não são apenas ossos (nos próximos quesitos eu falo mais sobre isso...)
Argumento: 9,3
Difícil entender essa formatação:
Como saber?

A natureza deixou os vestígios.

Por debaixo da terra há inúmeros ossos escondidos.

Fósseis:
Parte de uma história que não vivemos e que não presenciamos.



O Argumento induz o pensamento que fósseis são unicamente ossos. Um fóssil pode ser restos de ossos, ovos, carapaças, fezes, pegadas, moldes de pedra (o animal todo que existia ali dentro foi destruído pelo tempo, mas ficou o seu molde). Alguns animais nem tinham ossos, já que osso é algo dos vertebrados. Um verme, um inseto, uma aranha não tem ossos, mas encontramos fósseis desses animais também!

Em um enredo que fala de “vestígios”, até pegadas que a “terra preservou” não poderiam ser subestimadas e ignoradas.

Mas vamos seguir:


Dos símios viemos?
É o que os ossos dizem.

Repete o mesmo texto, consagrando que fósseis são ossos. Confirma o erro. Procurou escrever sem repetir demais uma palavra, mas encontrou um sinônimo perigoso.

Logo depois outro problema:

Passamos então por várias etapas de transformação.
Homo erectus,
Homo habilis,
Homem de Neanderthal.
Enfim,
Homo sapiens.


O Neanderthal é um outro ramo, não foi “Habilis”, depois “Neanderthal” e depois “Sapiens”. O Neanderthal coexistiu com o sapiens, está longe de ser uma etapa da transformação.

Outro erro, ESTE SIM IMPERDOÁVEL!!! O habilis é mais antigo que o erectus. O erectus é descendente do habilis e não o contrário.  O seu texto passa essa informação errada. E se pesquisar a fundo, também é bem controverso que o Erectus seja ancestral do homem moderno, teria sido melhor optar pelo Ergaster.

Junta tudo que foi apontado e temos de fato um grave problema, você não pode passar informações erradas. Ainda mais que este não é um enredo irreverente, brincalhão, descontraído, você pegou um tema científico, com base em ciência. O nível de exigência, correção com um enredo como esse deve ser grande e não se pode tolerar informações erradas.

Engraçado que o seu roteiro está na ordem mais aceitável
 Habilis
 Erectus
3º Neandertal
4º Sapiens
Mas de qualquer maneira, o erro é você ao estabelecer uma ordem entre essas espécies comete o pecado de inverter citando Erectus antes de Habilis. Uma coisa que poderia amenizar é as referências. Eu até fui atrás de referências que posicionassem e defendessem esse ponto de vista abordado.
Talvez esse aí:
Informo que seria uma fonte de confiança bem fraca, é texto de nível de ensino fundamental, muito simplificado e consequentemente com equívocos.

Esta fonte, por exemplo, era mais quente:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2000000100030

A sua sinopse é bem pequena e mesmo assim tem erros graves de informação ou afirmações de pouco crédito, complica muito, a minha nota só não é um “8, 8,5, pra baixo...” porque pensando na “simplificação de conteúdos de ensino fundamental”, infelizmente esse tipos de “erros” são comuns. Então não acho que seja sua culpa, apenas repete equívocos comuns na formação. Mas fica o cuidado que muitas vezes livros didáticos, “textinhos” para crianças, cometem equívocos graves que não são aceitos em um nível cientifico mais elaborado. O próprio carnaval às vezes pode repetir esses erros... Que alguém com formação na área fica com vontade de ir lá e matar o carnavalesco. Então seria covardia minha exigir um rigor de você.

Por isso, falei, falei, mas até aqui tiro apenas 0,2 pelos Fosseis sendo apenas ossos e 0,2 somente pela inversão de Habilis e Erectus. O resto deixo apenas como observações e apontamentos de um jurado “chato”.


Outro ponto de desconto, os 0,3, é que quando eu vou chegar no Roteiro vou ver uma série de criações:
Exemplo:
Homo erectus
Vestidos de couro com um ombro à mostra, e um adereço lembrando uma tocha com uma pintura representando o fogo na extremidade.

Seria o descobridor do fogo? Pq essa opção de trazer o fogo? Não tem local na sua sinopse que me fale isso, na explicação da ala também não tem.
E agora? Estamos aqui, e ainda estou brigando com essa sua sinopse.
Vou no google e confirmo, tem teorias que atribuem o Homo Erectus como descobridor do fogo.

Sua sinopse foi sucinta demais para um tema com densidade cultural grande. Informações científicas, teorias cientificas, não combina pegar esse enredo e dar uma tratamento raso como esse. É preciso quando escolhemos um tema enredo também olhar para ele e ver o que ele irá nos exigir. Poderia em algum lugar ter falado mais sobre o Homo Erectus, o Habilis, contando um pouquinho sobre eles.

Pode optar por uma sinopse com esta simplicidade, mas o roteiro deveria cobrir. Eu vejo os dois descobertos, nenhum cobre o outro, nenhum explica o enredo como se esperaria. (-0,3 por isso).


Roteiro: 9,7
Não trás grandes surpresas, previsível.
O primeiro setor fica nos Dinossauros bem previsível.
O segundo setor é bem claro isso, evolução do homem, cada ala é
Ala 4 Homo habilis/ Ala 5 Homo erectus /Ala 6 Homem de neanderthal, Ala 7 Homo sapiens e vamos para o carro do Baobá...
No próximo setor lá vamos nós para civilizações... Quantos enredos já se viu isso egípcios, assírios, persas, fenícios? Isso e pouco traz algo representativo para o seu enredo.
*Carro 3: soldados de terracota – “alegoria viva”**
É seu melhor momento do roteiro até então, com base em algo do enredo, sem cair no Déjà vu. Era mais disso que o seu enredo precisava, algo que foge do batido, uma visão diferente do que já foi mostrado de maneira exaustiva. E mais, algo que é do seu enredo, está ali, está coerente com o seu tema.

O setor 4 é melhor, cresce o enredo. Porém:
Ala 18
Ricos tesouros
Ala em tom dourado e prateado, representando os tesouros já encontrados.
Muito vago! Vejo como uma ala que simboliza um dos principais problemas desse enredo, ficou vago, viu os vestígios a olho nu, não colocou uma boa lente de aumento nessa temática. Ficou muito superficial e generalizador.  “Ricos tesouros”? Que tesouros?
Santo sudário
Eu nem vou complicar com o santo sudário, mas é uma opção complicada nessas alturas misturar um enredo cientifico, com um suposto artefato falso religioso. Você está trazendo é uma fraude.

Ala 20 – Ala coreografada
Linhas de nazca
Fantasias de extraterrestres e em alguns momentos um pano em tom pastel cobre a ala por cima com os desenhos da linha de nazca, localizadas no Peru.
Onde é explicado isso, onde fica entendido isso? Tem uma rápida passagem na sinopse. No roteiro não explica direito.
O que linhas de Nazca, qual a sua associação com ET. Pq seria com ET, qual o entendimento disso, pq, que sinais seriam? Informação nenhuma em lugar nenhum do texto do enredo. Lá vou eu... No google complementar a associação realizada.
O último setor não vejo coisa com coisa. Pega cada tipo de paisagem e trás um momento. Não entendo a mensagem deste setor e monumentos já poderiam passar e alguns até passaram com Egito e a turma do terceiro setor... Talvez tenha desejado considerar coisas como diferentes, começar com os Fósseis (dinossauros), depois relíquias e por fim os monumentos. Mas falhou no segundo quando deu o destaque para civilizações, aí quando chegamos nos momentos ficamos com a impressão que está se repetindo.

Tema e exploração temática: 9,4
O seu tema era muito rico, condições para arrasar você tinha todas! Mas isso não aconteceu. Faltou muito dar destaque para os fósseis, faltou exatamente trazer com força essas relíquias, trazer de fato variedades de fósseis, escavações, artefatos. Não senti isso, não vi esse fascínio que ele tanto tem e poderiam trazer para enriquecer a sua obra.
Como citei na justificativa do quesito Argumento, é estranho falar de “vestígios”, mas ignorar fósseis como pegadas, ovos, marcas, já começa destacando somente “ossos”.
Vejo um enredo com uma exploração bastante superficial e previsível. Como se não tivesse ido de fato à caça de relíquias e não nos trouxesse nenhum achado interessante.
Caiu no traçado batido de muitos outros temas, pegam um tema diferente, mas faz um caminho já percorrido infinitas vezes. Também tenho dificuldade para enxergar nas alegorias efantasias a presença desses vestígios, fósseis, monumentos a presença é discreta. Por exemplo:
“Uma nave espacial com efeitos de luzes, sons e fumaça, saindo de lá de dentro da nave E.T´s com fantasias de malandro. 
Estaria mais coerente com o tema enredo, um carro mais rústico, com presença de fosseis, pinturas, retratando ET”s fossilizados, ou Ets saindo dos fosseis, múmia ET... Ets ou símbolos estranhos presentes em pinturas... São os vestígios que estão contado a história . Nave espacial com Ets temos vários enredos aí, fósseis, vestígios que contam que podemos ter Ets, é o seu enredo. Entenda que estou apenas exemplificando, a sua criação poderia ser de várias maneiras... Mas que deveria prestigiar o seu tema enredo, seja o que você criasse.

Múmia ET

O setor 5 não é nada demais, mas está ok dentro de retratação de uma temática que era esperada. Queremos ver os vestígios, os restos, os fósseis. O setor traz isso! Aleluia, aleluia!!!
Uma observação: Depois repensando e analisando enxerguei um esforço em trazer o tema enredo em fantasias e alegorias como nos exemplos de
Ala 8
Babilônia
Túnica árabe de cores azul e dourado, uma coroa na cabeça e um estandarte representando cereais e um adereço de mão representando o código de Hamurabi - uma pedra de argila com escritas cuneiformes.
Vem com o código de Hamurabi que é um monólito. Só que aí tem um problema, você não dá o devido e merecido destaque para o leitor a referência aos detalhes utilizados nas suas alas. A falha é mais uma vez da sua sinopse! Ou então do Roteiro que não cobriu a proposta simplificadora da sua sinopse. Acaba que todos os seus detalhes passamdesapercebidos, até no nome da ala vemos que você dá destaque para as civilizações e não o que tinha com elas, os seus vestígios, ficam discretos...
Outro problema grave que revela problema de pesquisa e fragilidade de exploração temática. O que faz você trazer essas civilizações é a existência de vestígios que elas existiram. OK! Só que falar da Guerra de Tróia é cair em uma imensa contradição. Pois Cavalo de Tróia é uma lenda, não uma relíquia, não se tem prova da existência dele, apenas é uma lenda que pode ser verdade, mas não é contando por relíquias/vestígios. Mais uma prova que faltou pesquisar ir mais fundo no seu tema. Você pode até encontrar por aí um momento que faça referencia, mas sempre é algo contando a lenda e não um monumento ou relíquia que tenha participado efetivamente dessa “lenda”.
O cavalo é considerado em geral uma criação lendária, é possível que tenha realmente existido, mas carece que relíquias, fosseis, vestígios, artefatos para comprovar a sua existência. Pode, mais provavelmente, ter sido uma máquina de guerra verdadeira transfigurada pela fantasia dos cronistas. Os Gregos nos deixaram lindos monumentos, estatuas gravuras, pinturas, mas você preferiu trazer uma lenda ou uma criação com base em relatos, na oralidade e não nos “vestígios”. O seu tema enredo é muito concreto para ficar caindo em contos. Isso foi fatal!
Você não pode ser incoerente com o seu tema enredo. A sua criação é livre, mas ela precisa estar baseada no que o seu tema fornece como base. Você pode criar adaptar, carnavalizar, licenças poéticas, mas também você não pode exagerar na dose, virando-se de costas completamente para o seu tema enredo.
Está lá na sua introdução: Fósseis, relíquias e monumentos (final da primeira linha e começo da segunda).
Conjunto Artístico: 9,5
Você é bom! Só que nesse enredo sinto que faltou tempo, repensar o que iria colocar ou não. Repensar toda a proposta, checar informações. Ele tem muita falhas que não são pequenas. É disparado o seu pior enredo, não tem nem comparação.
O seu enredo tem problemas de criação e de pesquisa, fica complicado, difícil defender. E contraditório, é superficial, tem informações superficiais.
Esse tema que você pegou foi totalmente na contramão, deveria ter muita pesquisa. O julgamento é realizado com base no que o autor propôs. Você que me inventou um tema baseado em “Fósseis, relíquias e monumentos”, você propôs um enredo com base em ciência, história...  Cadê isso?
Eu pouco encontrei.
Este poderia ser um enredo riquíssimo, com artesanato, esculturas, formas, mas chama mais atenção que me senti no ensino fundamental com esse enredo, muitas abordagens de maneira simplória demais.

Nossa Escola é o seu OUTDOOR
Título:
Não me agrada coisas em inglês nos títulos, mas deixei passar.
Introdução: 10
Ok!
Impressão Visual: 10
Ok!

Argumento: 9,9
Vejo que este texto carece de embasamento em alguns pontos, se mete demais em vespeiros, mas não sai pela tangente, o que acaba caindo no abismo das informações “opinativas e de pouca base ou bases frágeis”. O mais seguro é trazer a polêmica, sem deixar ser envolvido dentro dela (foi o fulano que disse, foi ciclano que afirma, você se tira da confusão). É citado no final bibliografia, mas nesse caso em muitas oportunidades deveria optar por citação mais direta. O grau de polêmica é bem forte para ficar só na simples escrita. Você não pode confundir as simplificações que o concurso o oferece e misturar que tudo pode ser igual e vai ficar legal. Vespeiros exigem convencimento deles, basta um jurado discordar de uma coisa e ele vai canetar como informação errada/opinião de pouca base.
Por exemplo:
“limpar a barra de alguma celebridade que andou fazendo besteiras por aí” [...] “Falamos de casos como o do cantor mais falado do país, Roberto Carlos, apresentado pela dona de seus direitos como rei, exaltado pela Beija-Flor (2011) e pela Cabuçu (1987).”
O que aconteceu nessas oportunidades? Levantou a bola, mas não cortou. Não convenceu... Link? Até a Tartalla faz... Veja os enredos dela e veja como se deve fazer!
Minha nota não é tão baixa por considerar que esse argumento apenas herda os equívocos de roteiro e exploração temática. Reservei para os futuros descontos mais severos e maiores considerações.
Roteiro: 9,8
É legal essa proposta de brincar, debochar, esse era melhor caminho para o sucesso.
Porém não vejo profundidade em questão temática tão importante, fica na superfície. O humor não acerta em praticamente nenhum momento consegue questionar os problemas. Não consegue ser critico acertando em cheio.
Ex: Ala 7 (Bateria)
Águas sulforosas
Ironiza o cheiro das águas sulfurosas. O problema de enredos Ceps é que eles são fedidos?
Eu pergunto para você, nos enredos ceps quais seriam os problemas mais importantes que podemos apontar?
 Algumas coisas que eu posso citar aqui:
Roteiros repetitivos, alas de primeiros habitantes, exaltação de pontos turísticos já mostrados exaustivamente em vários carnavais, repetição de temas, várias cidades diferentes que contam a mesma história... Pensei rápido aqui, você poderia encontrar muito mais tópicos...
O que o roteiro trás? Nada sobre isso, critica diretamente os temas, não reflete sobre os problemas principais. O recado fica diretamente é que “Iogurte regula o intestino”, “as águas de tal lugar são fedidas”, “a Xuxa é uma ursa macia”... No máximo indiretamente se lê “As escolas em troca de dinheiro promovem qualquer coisa” e vamos debochar dos temas enredos. E fica repetindo isso que nem uma vitrola arranhada...
E de se comparar com o Enredo As Rainhas e as Nadinhas, cuja autora você odeia, é notável que aquele enredo não tinha grandes pretensões, mas atinge em cheio com críticas inteligentes e certeiras mais que este enredo que deveria ter isso como foco principal. As Rainhas criticam valorização das alegorias (Rainha da carros, Nadinhas da alas), modismos, como no caso das alas com led, tudo tem que ter led para ficar legal... Outdoor não supera, mesmo estando abertamente criticando as escolas, não dá tiros certeiros como esses.
  Também não entendo o que faz a pobre PB no primeiro setor depois do AA. Não está nem na cabeça com a C de Frente e nem junto com a bateria. O que se passou? É roteiro para o carnaval de São Paulo?
Outro ponto contra, esse roteiro é que não vejo ele de fácil leitura de mensagens, tão retalhado, com tantas coisas para distrair o foco principal. No final vai ser uma grande brincadeira, mas sem mensagens de conteúdo. Vai falar de CIEPES, águas fedidas, da vida particular de celebridades, exaltar um monte de coisa, mas o assunto mesmo do enredo vai ficar perdido. Era um assunto muito sério para se perder com tantas futilidades.
Assim resumidamente vejo este como um roteiro engraçado, mas sem rumo.

-
Tema e Exploração Temática: 9,7
Esse enredo é claramente uma leve brincadeira com um tema sério. As brincadeiras realizadas são legais, mas com profundidade pode ser encaradas como uma versão pálida de uma São Clemente. Não surpreende!
Cronologicamente é muito disperso, vai pra frente, vai pra trás, vai pra frente... Sinto que falta um melhor encadeamento das ideias, construção, desenvolvimento, olhar para as escolas, como que começou isso, se chegou nesse ponto atual...
O que acontece com as escolas? Pq esse caminho é percorrido? Pq vão atrás desse dinheiro?
Esse enredo no conjunto é uma reunião de tudo que já se sabe superficialmente, pouco trás novidades, pouco mete a faca na raiz da questão, pouco reflete de fato sobre os “porquês”, fica repetindo coisas, uma colagem de enredos patrocinados, mas vago nos “porquês”. Salva-se quando trás algumas coisas dos carnavais mais antigos. Não fica só no anti-beija como se tudo começasse em 74... Até por alguns momentos ele namora com cair na pequinês de torcedor com recalques, mas no geral tenta se segurar...
Outro ponto que reforça o problema desse enredo, você pega uma temática séria, não aprofunda e quando brinca (que é o melhor do enredo), mas comete uma linha bastante superficial. O humor não é aquele que acerta em cheio na crítica, é bobo, é crítica rasa (não vai no foco direto), como já falei no quesito anterior quando citei sobre os enredos ceps. Mas também cito outros exemplos
Ala 11
Ursinha macia
O que tem a ver a velha história que a Xuxa teria feito um suposto filme erótico com o enredo da Xuxa na Caprichosos 2004? Foi por causa do filme que ela patrocinou a Caprichosos? O fato já era velho, em nada influenciava na decisão da Xuxa eventualmente se promover. Argumento raso, falho, deixa controvérsias. E O PRINCIPAL!!! Não trás nenhuma relevância interessante para o debate sobre as escolas de samba e enredos homenagens.
Simples Rei
Fantasia em tom marrom ,  pq o Roberto Carlos não gosta da cor.
Isso é o completo tom do desfile, não aprofundando a questão, ainda se arrisca em trazer coisas que podem tirar o foco. Alguém pode facilmente defender os méritos que podem de fator ter em se homenagear o maior cantor brasileiro vivo. No final só vamos cair na polêmica de “por menores” e destonar e esquecer o grave problema que seria o recado que esse enredo deseja dar.
 Isso apresentado por esse enredo é diferente, por exemplo, se pegarmos um humor da São Clemente com duas rainhas de bateria em um ringue como se fosse uma luta de boxe. Brinca, debocha, tem humor, mas pega dá um soco direto na questão, aborda com um só golpe a mensagem que queria fazer: Não deixa de falar de mulheres bombadas e debochar, mas fala de coisas que acontecem no carnaval como: guerra de vaidades, disputa de egos, brigas de fato que já aconteceram em pleno desfile de uma musa querendo chamar mais atenção que a outra! E não unicamente ficar se preocupando com a vida pessoal das rainhas de bateria... Talvez se você fizesse a mesma coisa, iria ficar no foco do Belo, sua ex e atual, fazer uma fofoca que alguém traiu alguém, que isso e aquilo. Ou então ironizar que hoje o Belo está bombado...
O que essa imagem faz aqui? E bem isso, estou tirando o foco de algo mais importante...
São Clemente 90 é rico em críticas, e se notar você tem lá como destaque as escolas, “carnavalescos vaidosos”, “dirigentes poderosos”, Mestre Sala que foi parar em outra escola,rambositores... Foco está nas escolas e personagens diretos. Seu enredo ficou criticando os patrocinadores, deveria ao contrário atirar em cima das escolas e dos responsáveis pela situação, carnavalescos, cartolas, governantes...
Esse enredo não tem sacadas como essa, fica dando chute nas canelas o tempo inteiro, se preocupar que a Xuxa fez o filme com um menino ou ficar na cor marrom do Roberto Carlos, deixamos para o Leão Lobo, quem sabe se este enredo fosse sobre o Leão Lobo teria mais fundamento.

Conjunto Artístico: 9,7
É um enredo que poderá ser bem ame-o ou deixe-o. Pode até ir pras cabeças, quem se empolgar com as gracinhas do roteiro (que são legais!) ou se sensibilizar com a temática levantada que é importante e relevante. Mas poderá sérios problemas se for observado com uma visão que exija mais profundidade, já que levanta muito, mas corta muito pouco... Difícil brigar com a Araca.
Não vi trazendo nenhuma novidade, nenhum aprofundamento, também não me emocionou, não me empolgou. Esperava muito mais, vi muito pouco!

ARACY
Título: 10
Apenas destaco que é recomendado que em algum lugar você apresente o título inteiro por escrito. É grande risco deixar a arte encarregada disso e gerar alguma dúvida no jurado sobre o que é ou não seu título. Em algum momento do enredo, você deveria apresentar o seu título totalmente escrito.  Apenas faço o destaque, não faço penalização por isto.
Introdução:
Ok!
Impressão Visual:
Como já falei no quesito título, arrisca na apresentação do mesmo. Repete 20 vezes a imagem da Aracy, opção arriscada e perigosa!
Não encontro em nenhum lugar, em nenhum momento o título inteiro por escrito.

Argumento: 9,8
Precisa cuidar com sinopse, a opção com versos sempre é um risco. Aumenta a dificuldade para entendimento, complica na hora de explicar trechos. É sarna a mais para se coçar. Rimar e ter que explicar, encaixar o que tem que ser dito e usar a rima. Pode seguir fazendo esse caminho, mas deve ter cuidado redobrado.
E o que complica é esses “ia” cansativos e enjoativos, que deixaram o texto cansativo. Atrapalha o texto, perde o foco, uma pena, um grande enredo, mas que fica com o cartão de visitas borrado, prejudica com tantos “ia”. Começa bonitinho, mas chega um ponto que enjoa, distraí, tira o foco de um texto que deveria estar explicando, contado o enredo.
Roteiro: 10
Certo, tudo ok!

Exploração temática: 10
É um enredo muito forte, reúne uma porção de elementos interessantes. Envolve, simpatiza, sensibiliza. É um achado também, pegar uma cantora de samba hoje quase anônima e mostrar a grandiosidade dela é um grande acerto.
É um enredo com exploração interessante, trás coisas interessantes o tempo todo, está bem preenchido, tem bom gosto, deita e rola com ótimas soluções e significados atrelados ao tema central.
Conjunto Artístico: 10
Na minha passarela pode ter certeza, seu enredo passou e observo que será muito difícil aparecer outro enredo para lhe superar.
Na primeira noite está em um nível acima dos demais, bem acima!


Obá de Oyó, o humano Orixá. Xangô, Deus dos Raios e Trovões
Titulo: 10
OK!
Impressão visual: 9.1
É o seu primeiro enredo, isso acho que lhe atrapalhou. É recomendado escrever o seu enredo no word, formatar direitinho, podendo colocar imagens.
A maneira com que foi apresentado prejudica bastante a apresentação do seu enredo.
Introdução: 9,7
Embasamento frágil.
“curiosidades nos olhos cristãos” – Todos brasileiros são cristãos?
Fala muito sobre cristãos, não entendi muito bem a relação que quis fazer do olhar dos cristãos com o interesse por esse enredo. Não se encaixa muito essa defesa considerando que o carnaval/escola de samba já é naturalmente receptiva aos temas afros. Escola de samba é originalmente afro. Talvez para uma defesa em uma Escola de Samba Golpel, essa introdução apresentada faria mais sentido.
Argumento: 9,5
Sofre com os graves problemas de formatação, querendo ou não isso complica a leitura, divisão de parágrafos, dificulta a interpretação desse texto e consequentemente entendimento do enredo.
O texto poderia ser menos frio, não me sinto lendo uma sinopse de carnaval, me sinto lendo um texto comum, seco, pouco carnavalizado. Não envolve, não conquista, não atrai...
Conta o enredo de maneira poluída e confusa. O culto ao Obá de Oyó.parece ser um subtítulo da sinopse, mas a formatação não deixa isso meio claro.
Seu tema não é fácil de entendimento e peca demais na apresentação isto é fatal!
Eu começo a ler e fico com a sensação que está faltando alguma coisa. Não vejo o recado sendo bem passado. Talvez no resumir, cortou trechos importantes e acaba não colocando o leitor no seu texto. Começa tudo meio com o bonde andando. Para começar, segundo quem é essa história? Quem conta? Faltou estabelecer direitinho a base que está contando essa história, eu vou ver isso lá pelo sétimo/oitavo paragráfo... “De acordo com a Mitologia Iorubá o Obá de Oyó”.
Roteiro: 8,0
Eu queria entender depois de duas experiências na Sapucaí frustradas de misturar MS e PB como CdeFrente, pq fazer igual?
Abismos entre o tamanho dos setores:
O seu primeiro setor tem CdFrente, MsPB, um tripé e uma ala.
O seu segundo setor tem: 11 alas e dois carros!
O seu terceiro setor tem: 3 alas! E um carro!
E a bagunça na setorização vai até o final assim.
O espaçamento entre um carro e outro não pode variar tanto assim, se em um ponto é 4 alas e em outro é 8 alas, fica dando a impressão que quebrou um carro.
Outro problema, é o começo e o final de um setor. Geralmente para uma boa leitura se esperar começar o setor por ala e terminar por carro. Esse roteiro temos que pode começar por qualquer coisa, terminar a qualquer momento. Tem setor que começa com a Bateira, tem setor que começa com carro, tem setor que acaba bruscamente sem um porque claro...
Problemas de simetria entre Sinopse e Roteiro.
PRIMEIRO SETOR:
- A busca pelo poder.
Xangô para aumentar suas conquistas pede para Iansã buscar uma substância magica que o fez cuspir fogo.
Onde está isso na sinopse?
De acordo com a Mitologia Iorubá o Obá de Oyó pediu para Iansã uma de suas tres esposas, sendo Oxum e Obá as outras duas, ir buscar entre as distante montanhas do reino dos baribas uma substância que daria a ele mais poder, a curiosidade que falava mais alto que o cansaço da longa viajem fez com que a esposa do Alafim abrisse e tomasse a substância, assustou-se logo ao perceber que cuspira fogo.
É o seu SÉTIMO PARAGRÁFO DA SINOPSE. A sua sinopse tem cerca de 17 parágrafos, ou seja, o seu desfile começa quase que na METADE DA SUA SINOPSE!!!
Aí eu vou ver depois que o seu segundo setor é o:
- De Obá de Kossô á Obá de Oyó, Xangô Rei Justiceiro.
Xangô rei de Kossô passa ser o rei de Oyó após destronar Dadá-Ajacá. Começa a mudar aquela cidade e a conquistar novos territórios.
Com base na sua sinopse estamos aqui constatando uma inversão entre Primeiro e segundo setor. E tem várias coisas no seu roteiro que não estão bem claras na sinopse.
Enredo tecnicamente muito prejudicial. A ideia que passa é de uma escola que poderia fazer um desfile bonito, mas vem do grupo de baixo, faltou dinheiro e apresentou um carnaval caótico, teve problema em carro, alas que vinham atrás avançaram e desfilaram na frente.

Tema e Exploração temática: 8,5
Difícil avaliar um enredo tão mal apresentado, com tantos erros, este enredo apresenta uma soma de erros graves, ele não consegue desfazer a má impressão inicial da apresentação do texto. Ele termina com um desenvolvimento caótico, que dificulta a leitura e harmonia dos elementos que apresentou.
Tem uma péssima setorização, divisão dos tópicos centrais do enredo. Se espera que você desenvolva a sua história em capitulo. 1º capítulo = 1º setor, 2 capitulo = 2º setor. Setores de tamanho parecido, ainda se aceita um primeiro setor de tamanho diferente por ser o inicial, poderia ser CdFrente e AA por exemplo. E o segundo setor 6 alas e um carro, o terceiro 6 alas e um carro, o 4º com 5-6 alas e um carro. Variação pequena (note 6 alas, 5 alas em outro setor, não essa zona que apresentou de 8 alas e um carro em um setor, no outro 4 alas e um carro, se puder manter uma simetria de espaçamento igual 5 alas, 1 carro, 5 alas, 1 carro melhor ainda!).
Faltou essa noção de clareza, o primeiro setor vai falar disso, o segundo setor vai mostrar aquilo, o terceiro setor vou explorar esse tópico... No final ter um história encadeada e clara. Não foi o caso desse enredo.
PRIMEIRO SETOR:
- A busca pelo poder.
Xangô para aumentar suas conquistas pede para Iansã buscar uma substância magica que o fez cuspir fogo.

SEGUNDO SETOR:
- De Obá de Kossô á Obá de Oyó, Xangô Rei Justiceiro.
Xangô rei de Kossô passa ser o rei de Oyó após destronar Dadá-Ajacá. Começa a mudar aquela cidade e a conquistar novos territórios.

TERCEIRO SETOR:
- Volta ao passado de Xangô.

QUARTO SETOR:
- Xangô: De Humano á Orixá

QUINTO SETOR:
- Xangô Orixá, Cultura Afro-Brasileira.
Após Xangô tornar-se Orixá os moradores de Oyó e de outras terras Iorubanos foram escravizados e muitos delea vieram ao Brasil. Os Africanos agora no Brasil apesar de etinias e culturas diversas tinham algo em comum: O Culto a Xangô.
Eu leio os tópicos, mas não entendo, falta um texto adicional e melhor organizado para deixar claro a história de Xango é essa, vou falar disso, mostra aquilo. Me senti perdido, tendo que fazer muito esforço para compreender o que o autor quer mostrar. O panorama desse enredo não é mostrado como poderia se esperar. Dê uma olhada com calma em enredos que foramcampeões e bem colocados ADA, 13, terá uma noção melhor de fazer uma setorização. Todos enredos podem ter alguns erros, mas este enredo está com muitos problemas.
Conjunto Artístico: 8,8
Pelo que eu já comentei, é um enredo bastante caótico, não consegue dar o seu recado. Valeu a tentativa, o esforça agora é levantar a cabeça e evoluir. Não desanime, amanhã você poderá ser campeão. O maior derrotado é o que desiste.
Faça com mais calma, dê tempo ao tempo, analise, tente se colocar no lugar de um desconhecido lendo. Até se puder mostre para alguém.
Tem muito ainda o que trabalhar, lapidar. Mas com calma chega lá! Se tem disposição o céu é o limite!
No balanço pra lá e pra cá...
                           Essa história vou contar
Título: 9,8
Não é um bom título, ele gera confusão sobre o tema, induz pensar que este é um enredo sobre o “balanço”, já poderia ter pensando melhor na “rede de dormir”. Peca em focar algo que rouba a atenção do tema principal.
Seria recomendado constar “Rede de Dormir’ do título, ou se deseja ocultar evitar palavras que remetessem facilmente para outras coisas, como foi este caso do “balanço”.
São em pequenos vacilos como essa que alguém começa a ver seu título ficar longe.
Impressão Visual: 10
Titulo: 10
OK!

Argumento: 9,9
O povo negro jamais se acostumou a usa-la, preferiam dormir no chão que na rede, achavam que os amassam vão.
Não entendi.
Também não sei bem esse negócio de citação bíblica, foram os índios que inventaram também a Bíblia?
Roteiro: 9,7

Ala 14 – A moda da frança (Bateria)
Em uma ala tão importante, você escolhe uma ala tão anti-tema enredo. É a moda da França, deixa-se de usar a rede, não foi uma boa ideia. A bateria vai aparecer várias vezes no desfile, mas como momento que não destaca o tema.
Ala 20 – O negro não gostou (ala coreografada)
Ala abstrata, estranha, cai no Déjà vu. Ele não gostou e aí vai pro tronco? Isto tem no livro do Cascudo, mas não consigo entender essa representação “A fantasia apresenta roupas de escravos com correntes nos punhos, fazendo coreografias durante o desfile”. Mensagem confusa, negros coreografados para dar o recado que não gostaram da rede.


Ala 21 – Faz bem para saúde
Cientistas apontam que a rede de dormir faz bem para coluna e melhora a insonia. A ala apresenta duas fantasia, uma é branca com uma coluna na mão, outra é azul com unsZzZz na mão.
Não é feliz também nessa ala, branca com uma coluna na mão? Na mão? Pq? A fantasia é branca, mas é o que? A outra é azul com um ZZZ na mão, mas o que é azul? Como serão essas duas roupas azul e branca? Cientistas? Não bem claro isso...
Ala 25 – Tecido
Ala 26 – Punho
Ala 27 – Estampa 
Ala 28 – Nó de rede
Ala 29 – Suporte
Ala 30 – Acampando
Ala 31 – Dormindo
Não convence esse roteiro, em um enredo sobre que rede, ela não poderia faltar, é esperado ver ela não sumir no enredo. Mas ela precisava de alguma maneira se mostrar interessante, não vejo ela se mostrar interessante, faltou isso.
Tema e Exploração temática:9,8
Quando fazemos enredos temos duas coisas fundamentais para se preocupar: Deixar o tema enredo no foco (1) e ainda assim conseguir ser interessante (2) na abordagem de soluções e significados que irá agregar. No primeiro ponto este enredo está ok, no segundo nem tanto.
Tirando uma ala ou outra é um enredo com uma exploração muito fiel ao tema, não é um enredo que foge do tema e cai nas fantasias genéricas de português e índios. Porém ele nãoconquista, a rede não se sustentou como enredo pensando em campeonato.
Talvez seja até o melhor dos seus enredos, tecnicamente falando, mas no quesito “surpresa’, “encanto” dá um pouco de sono. Talvez tivesse que ler com mais profundidade o livro do Câmara Cascudo, não sei se você teve acesso ao livro inteiro ou o que trás parece ser um síntese. Me sinto lendo uma síntese, o livro me parece bem mais rico, com elementos bem interessantes que ficaram de fora.
Citações, poemas, canções, lendas... Parece que isso ficou muito deixado de lado.
A arte, renda, cores, ficaram muito subentendidos, faltou valorizar mais esses elementos potenciais desse enredo.
“É de rede que chamamos até hoje. Feitas de cipós e lianas a rede foi útil no desbravamento do imenso verde sem fim que era o Brasil.
Pq foi útil? Quais eram as vantagens da Rede de Dormir, você perde uma deixa importante para valorizar o seu tema e contar a sua história. Levanta a bola, mas não marca o gol. E isso acontecer durante o decorrer do enredo em uma série de apontamentos que deixou de trazer.
Outro problema, os já citados:
Ala 25 – Tecido
Ala 26 – Punho
Ala 27 – Estampa 
Ala 28 – Nó de rede
Ala 29 – Suporte
Ala 30 – Acampando
Ala 31 – Dormindo
É uma opção que daria certo se feita pelo Paulo Barros, brincar e de pouco conteúdo.

Enredo: 9,8
É um bom enredo, mas não envolve, não conquista pensando em título. A criação é previsível, ala de tecido da rede, ala de suporte, ala dormindo (como se isso já não tivesse sido mostrado em qualquer outra ala antes, com tanta gente em rede...).
É tecnicamente bom, mas envolvente não é, o tema se revelou com exploração frágil no decorrer do andamento. Poderá ficar muito bem colocado, está entre os melhores enredos desta safra, mas não vai pro caneco. Mas você está no caminho, faltou trazer um lado mais envolvente dessa rede.
Poesia, trazer o lado aconchegante de uma rede, fazer quem está lendo ficar com vontade de dormir em uma rede...
Coisas como isso:
Para Câmara Cascudo, não dá nem para comparar a rede com a cama. “O leito obriga-nos a tomar seu costume, ajeitando-se nele, procurando o repouso numa sucessão de posições. A rede não: ela toma o nosso feitio, contamina-se com os nossos hábitos e repete, dócil e macia, a forma do nosso corpo. Do jeito que a gente deita ela se molda.”
Encontrado em:
Depois encontrei uns trechos do próprio livro:


Talvez até se questione, não cairia no abstrato da capoeira? Não se souber lembrar de rendas, cores, tecidos, todas essas sensações poderiam ser passadas com uma descrição completa caprichada.


Sou a Cereja do Bolo
Titulo: 10
OK!
Introdução: 10
Ok!
Impressão Visual: 10
Ok!
Argumento: 10
Ok!
Roteiro: 10
Ok!
Tema e exploração temática 10
Ok!
Conjunto artístico 9,9
É belo enredo, divertido, bem feito, tem uma proposta e cumpre o que propôs. Vai pras cabeças.
Minha nota é comparativa, vejo como o segundo melhor enredo até aqui, atrás de Aracy.  

Medo
Título: 10
Considero arriscado esse negócio de uma única palavra em um título. Eu não vou tirar nota, mas prevejo que outros vão implicar...
Impressão Visual: 10
Ok!
Introdução: 10
Eu quase pensei em fazer um desconto grande de Introdução, por considerar que depois de lido todo o enredo, deveria ter feito alguma coisa pensando em preparar o leitor para o show de horrores que viria mais adiante. Acredito que faltou mais defesa dessa ousadia, em algum lugar neste enredo poderia ter feito algo. Mas optei por não penalizar, deixando os descontos mais para Roteiro, Exploração temática e Conjunto.
Argumento: 10
Certo, dentro do que se espera dele.
Roteiro: 8,8
É um roteiro dramaticamente desequilibrado, pesado demais, deixa claro o quanto este tema teria dificuldades.
Não é só um setor, uma ala, é uma grande parte do enredo em tom pesado.
Primeiro setor é leve.
Freddy x Jason e 1° Carro > Abre-Alas (Noite dos Deuses).
Até bem para brincar.
2° Setor – Neste setor mostraremos a carnificina nas arenas romanas.
Olha só: a carnificina. Guerra, sangue, batalhas...
3° Setor – O medo a o fascínio pela lenda do conde Drácula será contada neste setor.
Não seria tão pesado, mas depois de uma carnificina vamos para o sangue... Ou seja, o que poderia ser encarado com leveza em um enredo mais equilibrado, nessas alturas fica pesado.
No meio do salão, grandes estacas com vários inimigos espetados e sangrando, (Bonecos grandes) bem reais com expressões de dor.
O enredo está neste ponto macabro!
4° Setor – O “espetáculo “da forca e guilhotina na antiga Europa serão retratados neste setor
Vamos para a guilhotina, cabeças cortadas... Segue pesadíssimo o enredo. Estamos aqui no TERROR REALISTA, TERRORISMO

5° Setor – O medo e o horror causados pela Ku Klux Klan e o nazismo estarão neste momento
Nem dá para comentar... Se já estava pesado... Agora é pesado ao cubo. Não bastava os campos de concentração, ainda veio com KKK para deixar o negócio ainda mais forte.
6° Setor – No sexto setor mostraremos os medos que nossa curiosidade busca, como em filmes ou historias populares
E leve o setor, mas depois de tanto pesadelo, não alivia. Já horrorizou, já está um desfile horripilante, podia até se brincar nesse setor, mas não sei se teríamos clima. Já está todo mundo assustado, gente chorando, gente que foi embora com tanta cena chocante...
7° Setor – No ultimo setor do desfile mostraremos os medos de hoje, os medos e perigos da sociedade atual.
Homens bomba, guerra biológica... Complicado, chega onde esse desfile? Onde quer chegar?
Mas saindo desse ponto, agora eu vou olhar para outro ponto. Presença do tema enredo no enredo.
1° Ala: Velha Guarda (Reis e Rainhas)
2° Ala: (Povo em festa)
3° Ala: (Os nobres romanos)
4° Ala: (Pão e Circo)
É um setor inteiro somente para uma mensagem: Mostrar a carnificina das arenas romanas. Mas se pega separado, “Nobres Romanos”, “Povo em festa”, “Pão e Circo” pouco tem de medo e de carnificina. Está fazendo o que eu chamo de ilustrar demais, pega uma desculpa e dá um setor inteiro para um universo para retratar. Mas o tema central mesmo que era falar de medo está ficando de lado em alas como “Povo em Festa”.
Somente o carro bastava para falar de arena, você tem um tema amplo, poderia trazer muitas coisas sobre medo, mas fica enchendo linguiça.
O mesmo vai acontecer nos próximos setores. Um setor inteiro para o Drácula, Hittler e kkk dividindo um setor. Vai trazer algo mais diverso no 6° Setor. Isso será um fator que irá prejudicar a exploração temática, foca demais em algumas coisas, em um tema tão amplo com tantas coisas que poderia entrar, dar um setor inteiro para um coisa é desperdício de espaço.
Exploração temática 7,9
O primeiro ponto é o que acabei de comentar no quesito anterior, algumas coisas como Arena Romana é um setor inteiro, com um tema tão amplo para mostrar perde tempo com alas como “Povo em Festa”, “Turcos”, aqui já é um ponto ruim. Exagerar e extravasar a temática, pega uma coisa do seu enredo e dá um setor inteiro pouco convincente. Mas agora que vem realmente o problema:
Eu fiquei frustradíssimo, quando espiei o seu enredo pela primeira vez, achei que poderia ser um bom enredo. Depois naquela olhada rápida, vi um Hittler aqui, uma guilhotina ali... Pensei, ih que pena! Vai perder uns pontinhos de graça! Mas quando peguei e me debrucei de fato para olhar, vi que ficou difícil salvar.
Exploração temática muito pesada, guilhotinha, Hittler, KKK, ficou um enredo muito mórbido. Deveria ter se centrando mais nos personagens, evitando um realismo tão duro que esse enredo mostra.
Seu tema é amplo, escapatória dava, soluções não faltavam, caminhos não faltavam...
Talvez você deva pensar “lá vem ele impor criação”! Se você queria mostrar e pensava que tinha que mostrar o lado realista? É uma opção sua, de autor. Mas existem maneiras de mostrar isso sem pesar a mão tanto, ocorreu um exagero que não consegui ver limites. Foi indo pro terrível e passou na fila disso umas 50 vezes...
Muitas vezes o autor quer ser realista, deseja mostrar esses lados mais pesados, se deseja pode vir, a criação do autor e pode vir... Mas se deseja pensar exclusivamente em campeonato precisa ter o devido cuidado. O realismo pode ser mostrado, quantas escolas não mostram? Mas é recomendado não exagerar na dose, esse enredo tem vários elementos muito, mas muito pesados! Existe um exagero, nem a Comissão de Carnaval da Beija-flor nos momentos mais malucos do Laíla chega em nível próximo. É uns monstros aqui e ali, uns negros sendo açoitados em um carro, uma ala mais dramática e se catar dramaticamente tem outros momentos atenuantes. Pega, por exemplo, 2005 vai ver um jogo de escuro e claro, sangue e romance, dualidades, fala da guerra, mas também tem Sete Missões de Amor. É um bom exemplo de um jogo dramático, equilíbrio, dualidades... E mesmo assim tem uma galera reclamando e dizendo que é chocante. Veja bem como é isso!
Mas voltando a falar do seu enredo, não é essa setorização para pensar em bom resultado com alas de sangue, guilhotinha, Hitller, KKK, homens bomba... Não vejo respirar, quase não tem setor de desafogo, ao contrário, vejo até os setores mais leves, como falei no quesito anterior, não se atenuam, pois a temática não consegue se aliviar, ficou com momentos tão pesados que sinto é contaminação no resto.
Também quero entender onde quer chegar? Dar uma aula de terror psicológico? Iria brincar com essas coisas? Algumas são tão macabras que é difícil brincar.
Conjunto Artístico 8,4
Como mencionei em outros quesitos aponto desiquilíbrio dramático como ponto fraco e grave dessa obra apresentada. Eu fico me perguntando que escola apresentaria esse enredo e que apresentação que eu já tenha visto no carnaval real tenha chegado perto.
Vejo esse enredo bastante comprometido, com chance de sucesso muito pequena.
Você é muito bom! Mas não esteve em um dia muito bom! Faz parte errar a mão.
Bárbara não lhe adora
Titulo: 10
OK!
Impressão Visual: 10
Ok!
Introdução: 10
O que seria um enredo totalmente gossip? Mas optei por não penalizar.
Argumento: 9,7
Decepciona, faltou lapidar mais o texto. Não é tão ácido, deveria ter revisado e incorporado mais o vocabulário da Bárbara. O resultado seria melhor se trocasse Bárbara por Leão Lobo.
Mais sobre isso eu continuo em Tema e Exploração temática.
Roteiro: 9,5
1° Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Caem as máscaras
O casal vem representando todas as máscaras que irão cair ao longo do desfile. Plaquinhas com as palavras babado, confusão e gritaria serão levantadas pelo mestre-sala em determinados momentos da sua coreografia.
Pode até criar e brincar, mas ariscar colocar o Mestre Sala para levantar plaquinhas não é uma boa invenção.
Tem uns momentos engraçados, divertidos, mas não sinto força suficiente para se sustentar. Não chega nem aos pés do enredo do concurso anterior. Tem mais explicação no final do quesito seguinte que serve muito bem para esse, a falta de acidez da homenageada.
Sobre algumas alas:
Ala 1 - Baianas
Escudeiros
Todo mundo tem uma ala antes do abre-alas, até o acesso. Então traremos as simpáticas baianas (esquecidas no concurso passado) representando os fiéis escudeiros de Bárbara, fonte das suas fofocas, Fabíola Reipert e Leo Dias.
Escudeiros? Como seria essa ala? Representa duas pessoas, uma ala, subjetivo como seria essa ala de baianas. Além de ser uma representação masculina em uma ala feminina. Estranho!
O roteiro também termina meio sem sentido, termina no teste do sofá, que oportunidade estranha para um fechamento. Sem falar que é uma ala comum depois de carro, até pode fazer, mas não senti qual a importância dessa ala para fechar o desfile.

Tema e Exploração temática: 9,1
Vale a homenagem a Bárbara, eu não conhecia essa mulher e achei uma pessoa bem interessante. Já deveria ter ouvido falar dela, mas até por ser uma pessoa de um universo muito particular, não devo ter prestado muita atenção.
É inclusive um personagem interessante para ser lido, estudado, dentro do Concurso de Enredos. Achei muito útil trazer essa interessante pessoa para nós.
Mas não vejo como exploração temática e cumprimento da proposta:
Vamos nos apropriar da acidez das críticas de Bárbara para gongar muito. Por isso, nossa inspiração vem da peça teatral Bárbara não lhe adora, uma grande brincadeira com o pouco cuidado com as palavras que nossa musa ostentava.
Não sinto isso no enredo. Parece que é um enredo de fofocas, que tem um ponto de partida no começo de Bárbara. Mas não faz adaptação nem em sinopse, em roteiro do vocabulário da Bárbara, de uma acidez mais inteligente que ela fazia.
Você fica na fofoquinha de Leão Lobo, até na escolha dos escudeiros combinaria melhor com ele. Se trocasse a homenageada por ele teria mais sentido.
Frases da homenageada:
“Em casos como esses eu deveria receber uma taxa de insalubridade; o que me espanta é que eles não percebam o mal que fazem ao teatro apresentando um lixo desses”,
Lembra daquele fundo do poço que eu em outros momentos pensei atingir? Pois este é mais fundo!!!”, em novembro de 2009.
 “Se quiserem saber o que não é teatro, é só ver isso”, em setembro de 2012.

em 
http://oglobo.globo.com/cultura/teatro/o-estilo-de-barbara-heliodora-15832536#ixzz3j9DrsBMi 
Texto tirado da peça:
O Assassinato de Shakespeare! Livre adaptação de Romeu e Julieta é um espetáculo despropositado, na linha do pior teatro infantil de gritos e correrias. O que fica no ar é a indagação pela qual esse grupo mambembe resolveu encenar esse texto; por que fazê-lo se não há indício de compreensão do significado do que está acontecendo?
O diretor, se é que ele pode ser chamado assim – é um completo analfabeto teatral. A chave de sua encenação, que segundo ele, mistura elementos da cultura afro-brasileira com as tradições da Itália Medieval é simplesmente ridículo e patético. A cena do balcão é uma catástrofe! O cenário não existe, a iluminação é caótica e o figurino pavoroso. No elenco, JotaElle, desajeitado e canastrão, faz a pior interpretação de Romeu da história. Os demais atores vão do inexpressivo ao péssimo, ficando Rita Jennefer, a Julieta, como a menos ruim. Esta montagem de Romeu e Julieta, enfim, È um despropósito inadmissível.” Fecha aspas.
Falta no texto, no enredo, lidar melhor com essa acidez. Até no Roteiro, adaptando e dando soluções visuais poderia trazer essa acidez. Faltou dominar-se completamente pelo olhar de Bárbara. Deveria pensar nela em cada ala e não largar ela no começo e esquecer, me lembra Tijuca 2014, em que prometeu um olhar de Clovis Bornay, mas ficou só na citação dele, o tal olhar não apareceu, não influenciou, não contaminou, não transformou o desfile.
Também não vejo uma setorização bem amarrada e com sentido, encadeamento é sem rumo, mais perdido que figurante em suruba do Projac.
Conjunto Artístico: 9,3
Este enredo é um completo despropósito inadmissível! Na linha do pior enredo que poderia ser feito por um garoto de 12 anos. Por casos como esse que eu deveria receber uma taxa de insalubridade, quem quiser ler o que não deve ser feito em um enredo deve ver isso!
Se é que se pode chamar de enredo! Já que o que apresenta é um lixo completo! Seu tema principal mistura uma grande critica de teatro com fofocas de revistas, o que é simplesmente algo ridículo e patético! Dentre tantas ideias que vão de inexpressivas até as péssimas, a ideia de homenagear Bárbara nesse enredo pode ser a considerada menos ruim, mas como é mau relacionada, termina como uma completa catástrofe! Já que exploração do tema não existe, é um verdadeiro assassinato de Bárbara em plena avenida, tanto que este deve ser o pior enredo sobre teatro da história!
Sabe o fundo do poço?
Bárbara desfilando na sua escola, no meio de tanta coisa baixa, se sentiria ainda mais no fundo! Você deveria pagar uma indenização para a família dela com tamanha ofensa!
Percebeu o tom? Exagerado! Não se assuste, exagerei, simulei Bárbara analisando o seu enredo, só para exemplificar o tom que faltou no SEU ENREDO. Bárbara não iria adorar você. A ideia dos gongos da Bárbara poderia ser ótima, mas não acertou bem o foco e não foi feliz nas associações. Faltou e muito ter criatividade em cima do tema que você propôs, era para ter contaminado suas alas, alegorias, sinopse com a Bárbara. E não abraçar ela no começo e abandonar.
Sem falar que o caminho mais coerente não era o de fofocas, era o caminho da crítica e aí transformar o gongo em um deboche, brincar com as reações, as depressões de quem sofria nas mãos da velha (a velha era querida, mas também era um demônio, vamos combinar!). Seu enredo deveria era criticar usando o tom destruidor! Não fofocar. Poderia ter trazido peças de teatro, se quisesse aproximar do público comum poderia até trazer televisão, carnaval, mas sem deixar de lado o tom do seu enredo. O tom que deveria contaminar a sua obra.

E falando em destruição: Como na outra oportunidade você tinha uma ideia maravilhosa, mas que no final não conseguiu lapidar. E pior, neste caso ainda se embaralhou, arrumando sarna para se coçar, misturando alhos com bugalhos, e sem o mesmo brilho de outrora. Você tinha chance de vir aqui para destruir, mas acabou destruindo foi mais uma ideia. Mas eu ainda te amo! Ansioso para ver o seu próximo enredo! <3
Obs: Essa imagem já constava na minha justificativa antes da destruição da japonesa.

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