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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Enredo 20: Um conto de amor no coração da mata misteriosa

Associação Cultural e Social Escola de Samba Acadêmicos do Ouro Branco
Cores: Azul e Branco
Símbolo: Cavalo alado


Enredo: Um conto de amor no coração da mata misteriosa.
Autor: Fábio Cardomingo






Introdução

   Queridos Leitores e senhores jurados é com grande prazer que apresento um enredo fascinante que irá nos levar a viajar na imaginação, embarque nesta estória de encantos, mistérios e magias em pleno coração da mata, onde temos como personagens principais a Sereia Uiara e o guerreiro Anhanga, uma estória de amor quase impossível de acontecer, eu disse quase, porque dentro das regras da mata nada é impossível.

     As lendas e os mitos dos seres da mata tiveram um cunho impressionante na imaginação dada aos historiadores, tais estórias passadas de “boca em boca” por gerações em gerações, mas sem perder seu encanto, fazendo nossa mente viajar as mais delirantes estórias que só acontece em nosso Brasil,” quem conta um conto aumenta um ponto” nossas lendas sempre tem uma nova versão e essa estória toma um sentido especial interpretada em nosso desfile.
Sinopse

    O nosso enredo começa com a lenda sobre o olhar do Pajé na mata, entre mistérios, belezas e magias, o grande pajé narra que a bela sereia Uiara é expulsa das águas cristalinas do rio, pela sua eterna rival Boiuna a sereia feiticeira que se apossa de seu reino e seus pertences.

  Uiara a sereia encantada sem escolha vai morar no fundo do mar, é lá que ela constrói o seu castelo encantado de areia, e cria uma nova família, entre estrelas do mar, golfinhos, cavalos marinhos, peixes, tartarugas, polvos, ostras, arraias, moreias, águas vivas, baleias, tubarões, caranguejos e até os corais, Uiara consegue reconstruir sua vida.
 Anos se passam e certo dia o senhor Tubarão o fiel soldado de seu reino, lhe questiona o porquê Uiara nunca perdera aquele olhar triste, Uiara então revela ao soldado Tubarão que tinha deixado para trás nas matas misteriosas o grande amor de sua vida, o índio guerreiro Anhangá, como ela era uma sereia e ele um índio, esse amor entre os dois nunca foi possível.
 Em uma bela noite estrelada no céu em um de seus sonhos em seu castelo, Uiara se recorda da mata misteriosa onde vive seu amor Anhangá e de todos os encantos e fascínios que lá existem.
 No amanhecer de um novo dia o Uirapuru com seu canto e acordes encantados acorda todos os seres da mata em sua imensidão, é lá que mora o Curupira o guardião da mata, ele protege seu território contra humanos que insistem em desmatar a floresta e raptar os animais para vendê-los, o Curupira possui varias formas para inibir seus inimigos, mas na maioria das vezes se apresenta na figura de um menino de cabelos de fogo, peludo e com a particularidade de ter os pés virados para trás, é conhecido pelo demais habitante como o senhor das arvores.
 Aprontando as suas travessuras está o Saci, um moleque negro, baixinho, com cachimbo na boca e de uma perna só, esconde todos os pertences das tribos que moram na mata, somente para o seu divertimento, seu cachimbo tem o poder de curar os curumins adoentados das tribos, conhecido entre os índios como o duende da mata.
 Nas margens do rio mora o boto cor de rosa, que continua a desvirtuar e engravidar índias virgens que lá se banham em noite de lua cheia, na mata todos os seres falam e cantam, entre eles citamos também o Matintaperera o mensageiro da mata o pássaro alado, a mula sem cabeça que na madrugada corre pelos quatros cantos, o Boitatá a cobra de fogo, o Lobisomem, o corpo-seco que é uma espécie de espirito ruim que assombram as estradas em volta da mata, Mãe de Ouro a guardiã dos ouros e diamantes escondidos na mata.

O Pajé vai até as profundezas de o mar contar para a linda sereia Uiara, que Boiuna sua eterna rival, além de roubar o seu reino das águas e não satisfeita pelo amor puro entre Uiara e Anhangá, como forma de vingança enfeitiça o Anhangá seu eterno amor num sono profundo e somente Jurupari a índia guerreira da tribo tem o poder de o livrá-lo do feitiço de Boiuna.

    Sendo assim Uiara volta com o Pajé pra mata para ajudar seu grande amor contra o feitiço de Boiuna, num ritual em pleno coração da mata Jurupari invoca Tupã o Deus do sol, com ajuda da fada mandioca, as encantadas espíritos de luz da mata, Biguá, Catxerê e a fada mãe Cueci, para salvar Anhangá do feitiço de Boiuna, com a magia do amor que se espalha pelos quatro cantos da mata e desperta todos os seres em pleno amanhecer, Anhangá acorda do feitiço e Boiuna vira estátua de pedra que se desfaz com as luzes solares que atinge a mata.

    E assim Jurupari através das bênçãos de Deus Tupã se torna a guardiã da mata, protegendo todos os seres e bichos que ali vivem.
  Como forma de devoção e a pureza do amor entre Uiara e Anhanga, Deus Tupã concede a magia da bela sereia se transformar em índia, para que assim possa viver ao lado de seu grande amor em plena mata.

  Todos esses relatos fantásticos colocados nesse enredo tem o intuito de mostrar que podemos nos utilizar de todos esses contos como um veiculo dessa viagem que nos ajudará a reencontrar a vibração da espontaneidade, da pureza, da sinceridade que vem do coração e que permite nos reconciliarmos com a música da natureza. Uma natureza não só vista como um conjunto que nos rodeia, mas sim como uma corrente de energia da qual também fazemos parte.

                                                 Escola de Samba Acadêmicos do Ouro Branco

Desenvolvimento do Enredo

Primeiro Setor: representa todos os mistérios e encantos do fundo do mar, narrada pelo Pajé.

Comissão de Frente: “O grande Pajé"
  Explicação: Com um grande ritual de pajelança na avenida evocando as forças de Deus Tupã abriremos nossos trabalhos, é 15 bailarinos com uma vestimenta luxuosa e imponente, o costeiro grande que na parte de traz tem a cabeça de uma onça pintada rodeada de faisões alaranjados com as pontas pretas, a roupa imita a pele de uma cobra, o cocar em forma de cabeça de cobra, lentes de contato amarela, e na mão direita cada componente irá carregar um cajado que na ponta tem a cabeça de uma caveira, o cajado soltará fogos de artifícios na avenida.

1° ala: Rio de águas cristalinas: representa a primeira morada de Uiara

1° Casal de mestre sala e Porta bandeira: A estrela do mar e o Cavalo Marinho: representa os membros da nova família de Uiara no fundo do mar, e como nesta estória nada é impossível, um romance entre esses dois personagens queridos por Uiara.

2° Ala: Tartarugas Marinhas

Carro Abre Alas: O Reino encantado de Uiara no fundo do mar.
    Explicação: O nosso abre alas tem na parte da frente um grande polvo colorido em movimento nas duas pontas do carro tubarões representando os soldados de Uiara, na parte central uma grande escultura da sereia Uiara toda em movimento que em suas mãos carrega uma ostra que quando se abre apresenta o nome da escola, a saia e toda a lateral do carro imitam ondas do mar onde terá muitos peixes, golfinhos, moreias e corais, a segunda parte do carro já que ele é acoplado representa o castelo de Uiara no fundo do mar, este castelo vem todo em tons furta-cor e soltará bolinhas de sabão na avenida.


3° Ala: Água Viva
4° Ala: Caranguejos
5° Índio Guerreiro Anhanga (Bateria)
6° Ala: Sereias (Passistas)
7° Ala: Pássaro Uirapuru
8° Ala: Sequestradores de animais silvestres

  Segundo Setor: Representam a ambição do homem em devastar as matas e sequestrar os animais para vendê-los e também alguns dos personagens que representam o poder da mata.


2° Carro: Na imensidão das matas a proteção contra a devastação.
  Explicação: Este carro na parte de baixo é todo em tons de verde cítrico com muitas arvores mato, flores, pássaros, tamanduá, jacaré e cobras, na parte da frente do carro têm três fogueiras artificiais imitando a queimada da mata, dentro do carro muitos refletores laranja pra dar mais efeito da queimada, na parte de traz uma grande escultura do Curupira toda em amarelo com os cabelos vermelho e alaranjado imitando fogo com ventilador e tecido, o carro soltará fumaça.

9° Ala: Saci
10° Ala: Curumins (Crianças)
11° Ala: Boto cor de Rosa
12° Ala: Matintaperera
13° Ala: Mula sem cabeça
14° Ala: Lobisomem



Terceiro Setor: representa o feitiço de Boiuna contra Uiara para roubar
Seu reino e enfeitiçar o grande amor de sua rival, Neste setor têm também os seres encantados abrindo caminhos para Jurupari.

3° Carro: Feitiço de Boiuna.
  Explicação: O carro vem todo em tons de violeta e preto que na parte da frente terá a escultura de Anhanga em pedra, representando o feitiço que Boiuna jogou no grande amor de Uiara, as laterais do carro muitas cabeças de caveira e piranhas, na parte de traz uma grande escultura de Boiuna que de suas mãos soltará fumaça em cor violeta, representando seus feitiços.
 

15° Ala: Fada Mandioca
16° Ala: As Encantadas
17° Ala: Biguá
18° Ala: Catxerê
19° Ala: Cueci a fada mãe (Baianas)

Quarto Setor: representa a escolha de Deus Tupã pela índia guerreira Jurupari para vencer a feiticeira Boiuna, além dos seres que trazem a mensagem de paz e festa para a mata.
4° Carro: Sob as bênçãos de Tupã, Jurupari a guardiã das matas.
  Explicação: Este carro tem duas esculturas, na parte de traz Deus tupã todo em dourado que em suas mãos segura um cocar, na parte central na frente da escultura de Tupã, Jurupari sendo coroada por ele, em suas mãos ela segura arco e flecha, o carro será rodeado por muitas margaridas, trevo de quatro folhas e cogumelos.

20° Ala: Vitória regia
21° Ala: Onça pintada
22° Ala: Arara Azul
  2° Casal de mestre sala e porta bandeira: Borboletas Encantadas
23° Ala: Tribo da mata

Quinto Setor: Este setor é uma grande confraternização de todos os seres da mata contra o feitiço de Boiuna, um final feliz para o amor de Uiara e Anhangá que sob as bênçãos de Deus Tupã que tornou possível esta estória entre o amor de uma sereia e um índio.

5° Carro: A mata está em festa, ouça o canto que vem de lá.
  Explicação: Um carro bem colorido que na parte da frente terá garças, tuiuiú, gavião preto, na parte central uma oca com um ritual de índios na frente, as laterais terá veados, capivaras, lobo-guará e macacos, na parte de traz duas grandes esculturas de Uiara transformada em índia e de Anhanga se beijando e abraçados, atrás das esculturas um grande coração em lede que soltará fogos de artifícios coroando este grande amor, o carro também terá sons dos animais e o canto da tribo.
 
24° Velha Guarda
25° Compositores
26° Amigos do presidente


Observações sobre o enredo e o desenvolvimento

- Este enredo foi criado para um desfile do grupo especial de São Paulo, portanto é cinco alegorias a quantidade máxima.
- São 23 alas contando toda a proposta do enredo, sendo que as três ultima não influenciam no desenvolvimento do enredo.
- Em São Paulo é comum à bateria vir no primeiro setor.                                    



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